03. O Sorriso

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Bakugou estava estranho, ele não conseguia pensar em ninguém para lhe mandar uma carta, principalmente se for da sua sala. Ele pensava constantemente na hora que viu a carta em sua bolsa.

Bakugou tinha acabado de chegar na sala, estava só ele. Aizawa estava chegando segundos depois com o resto da turma.

–Peguem seus livros -Aizawa falou, ele estava olhando para Bakugou que foi mexer em sua mochila.

–Mas o que? -Bakugou murmurou, olhou para os lados e Aizawa desviou o olhar.

Bakugou estranhou o modo como Aizawa estava o olhando, como se quisesse saber alguma coisa. O loiro pegou a carta e colocou de volta na mochila, olharia em casa.

E agora a caminho de casa, estava irritado. A menina dos olhos roxos estava atrás de si. Ok que são vizinhos, mas não precisa o seguir, era o que ele pensava.

A garota estava ansiosa, não sabia se ele tinha visto a carta, se tinha a lido, estava nervosa, mas confiante.

De repente se lembrou de que não tinha assinado a carta, então obviamente, Bakugou não saberia quem tinha lhe enviado. O que era bom na cabeça de Heather, ele não saber, significa que ela poderia ainda se aproximar sem que ele desconfie.

"Será que eu consigo puxar assunto?" Heather pensa olhando as costas de Bakugou.

–Então, Bakugou -Heather chegou ao seu lado tentando falar algo para conversarem- Você es- foi interrompida.

–Olha, eu sei que você está feliz por não ter morrido e agradecida por eu ter te salvado. Mas não significa que precisamos ser amigos, então me deixa em paz beleza? -Falou se afastando sa grata que antes tinha um sorriso para Bakugou, e quando ele menos esperava, já tinha chegado em casa.

"Sorriso bonitinho, mas essa garota é muito irritante" Pensou Bakugou abrindo o portão para entrar.

–Ok entendi -Falou cabisbaixa indo em direção a sua casa. Bakugou vendo como a garota ficou, se sentiu meio mal, mas seu ego sempre falava mais alto.

Heather não desistiria, era muito determinada para desistir só com um corte seco e grosso. Agora, tomada banho e pronta para terminar o seu projeto escolar, pensava em outras coisas para entregar a Bakugou, quem sabe um poema?

–MÃE, A SENHORA SABE FAZER POEMA? -Gritou a azulada para a mãe que estava no andar de baixo, que assim que escutou o grito, foi correndo para o quarto da filha.

–Poema? Você tá apaixonada por quem filha? -A mãe que tinha cabelos rosas perguntou com um sorriso malicioso, fazendo a azulada ficar corada com a pergunta.

–Ok eu conto, mas promete que não vai contar pras vizinhas -Heather falou encarando a mãe seriamente, ela se arrependeu da última vez que contará algo a ela.

–MÃE -Grita a azulada, a chamada corre até a filha.

–QUEM MORREU? -Pergunta ela desesperada.

–Eu menstruei -Falou a menina chorosa, a mãe sorri e pula comemorando.

–Minha filha virou mocinha -Falou sorrindo.

No dia seguinte todo o bairro ficou sabendo que ela tinha virado mocinha, recebendo um parabéns de pessoas que não conhecia.

Eu prometo que não vai ser como da última vez, eu juro não contar pra ninguém. -A mãe disse colocando a mão no local do coração.

–Ótimo,por que o menino que eu gosto é o nosso vizinho -Ela falou colocando as mãos no rosto escondendo a vermelhão.

–Quem seria? Os Bakugou? Ah, os Hashirawa? Não, será que os Midoriya? Que mal gosto ein -Falou pensando em quem seria- O único que presta é os Bakugou, apesar do filho ser um grosso -Falou com a mão no queixo de forma pensativa.

–É o Bakugou, Katsuki Bakugou -Falou ficando mais vermelha, a mãe sorri e abraça a filha.

–Ja falou para ele? -Perguntou olhando os papéis na escrivaninha da filha.

–Não mas eu escrevi uma carta e entreguei a ele, não diretamente, coloquei na mochila dele -Falou olhando para a mãe que concorda.

–Certo então, você quer escrever um poema né? Vamos ao trabalho. Eu já te contei como conquistei seu pai? -Perguntava a mãe enquanto ajeitava as coisas que usaria para fazer o tal poema.

–Não, nunca me contou.

–Então eu era perdidamente apaixonada nele, eu comprava chocolates e deixava na mesa dele, só com a minha inicial. Também escrevia poemas. Uma semana depois de eu ficar mandando poemas e chocolates, ele descobriu que fui eu e disse "Não precisava de tudo isso, eu sempre fui apaixonado por você" Ai começamos a namorar, depois ele me pediu em noivado, nos casamos e tivemos você. Aquela época era demais -Falou sorrindo como se estivesse sonhando.

–Caramba, que fofo -Falou rindo, o pai apareceu exatamente na hora que a mãe estava falando.

–Na verdade, eu achava que sua mãe era louca, depois de um tempo me apaixonei também -O pai falou rindo abraçando sua mãe, que bateu em seu ombro.- Mas então, quem é o cara que eu vou expulsar quando aparecer? -Falou rindo e sua filha o olhou feio.

–Muito engraçado, e o senhor não vai expulsar ninguém, ele é o vizinho da frente, Katsuki Bakugou -Falou sorrindo envergonhada.

–Tudo bem tudo bem, pode ir saindo que agora nós vamos trabalhar -Falou a mãe expulsando o pai do quarto sorrindo. -Vamos?

–Com toda certeza. -Falou sorrindo.

Demorou certa de uma hora para achar as palavras certas, as emoções certas e as expressões certas. Assim que terminou de escrever, o brilho no olhar tanto da rosada quanto da azulada quando olhou o poema certo, as duas se abraçaram orgulhosas de seu trabalho.

–Mãe muito obrigada pela ajuda -Falou sorrindo e olhando o papel.

–Não tem de quê filhote -Falou sorrindo, ambas riram da piada sobre a individualidade de gato de ambas- Mas agora você vai fazer o que? Comprar um chocolate? Um presente? Vai entregar só o poema? -Perguntou animada.

–Por enquanto vou deixar só o poema, amanhã, eu vou comprar um chocolate e entregar outro dia, vai ser mais legal ter mais opções para dar -Falou sorrindo e deixando o papel em um envelope azul com o nome Katsuki Bakugou em laranja.

–Muito bem filhote, aprendeu comigo, que orgulho -Falou sorrindo limpando as lágrimas imaginárias do canto de olho- Mas agora eu preciso fazer a comida, até daqui a pouco e termina a tarefa de casa se não fica sem sobremesa -Falou saindo do quarto e a menina já ficou com um rosto triste.

–Poxa mãe.

"Não tenho belos olhos
Ou o físico ideal
Não tenho uma carreira
Não sou poeta
Eu escolho as palavras erradas
Eu tropeço na hora de te alcançar
Frequentemente desisto das coisas
Tenho medo
Tenho um coração fraturado e imaginativo
Sei que não sou a melhor opção
Mas ofereço o imperfeito
O amor mais humano
E, sobretudo me ofereço inteira
Honestamente sua."*

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GENTE EU TO AMANDO ESCREVER ESSA FIC PQP SERIO.

*Esse poema não me pertence, créditos totalmente ao autor(acho que é) z.magiezi. Achei o poema no Google.

Espero que gostem♡

Desculpe qualquer erro♡♡

Admiradora SecretaOnde histórias criam vida. Descubra agora