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— Coe, chefia. Preciso falar contigo.— Tzuyu falava enquanto andava até Chaeyoung.

— Manda o papo.— Chaeyoung estava sentada encima de uma mesa na praça no alto do morro. Tinha uma visão muito bonita dali.

— Seguinte, eu queria tirar folga hoje. Quero comprar algumas coisas pra lobinha, ela tá muito pra baixo por causa da Soojin.— Tzuyu se sentou ao lado da mais velha.

— Tu sabe que já teve folga ontem né? —Chaeyoung arqueou uma sobrancelha pra garota.— Mas eu vou deixar tu ir, tá trabalhando namoral aqui.

— Valeu, Chae. Tu é a melhor.— Deu um beijo na bochecha da garota, Chaeyoung fez cara de nojo e Tzuyu riu.— Se liga, eu tava ouvindo por aí nos becos, os moradores falando que o babaca do morro lá de copa tá querendo entrar aqui. Não sei se isso é real, mas vamos ficar ligadas.

Chaeyoung suspirou e negou com a cabeça. Já era a segunda vez que o chefe do morro vizinho tentava entrar lá.

— Esse cara não cansa né? Ele nunca vai entrar aqui.— Passou o cigarro que estava fumando pra um dos seguranças.— Pode ir, yoda. Eu assumo daqui.— Tzuyu assentiu e saiu dali.

Ia no shopping comprar algo pra animar sua irmã, a menina estava abatida por conta de tudo que aconteceu, ela não queria admitir pra ninguém, se fazia de durona, mas Tzuyu a conhecia.

×

Tzuyu andava pelo shopping atrás de algo pra sua irmã, mas não conseguia pensar em nada. Shuhua tinha de tudo, e quando digo que ela tem de tudo é de tudo mesmo. Vai de roupas de marca à capinhas variadas de celular. Tzuyu olhava algumas vitrines, mas nada que a agradava. Viu um movimento esquisito próximo a uma loja de roupas femininas, tinha uns rapazes impedindo uma menina que tentava passar por ali. Tzuyu não pensou duas vezes e foi até lá. Nunca que ela ia deixar uma mulher passar por isso. Quando a menina foi se aproximando, conseguia ver a menina. Sana estava ali, cercada por 3 rapazes que mexiam no seu cabelo e falavam besteira pra ela. Tzuyu andou com mais pressa até a menina.

— Ei, seus panacas. Deixem ela em paz ou vão se ver comigo.— Tzuyu disse alto e os homens olharam pra ela.

Sana suspirou aliviada, finalmente alguém tinha ajudado ela, pra sua surpresa e alegria era Tzuyu.

— Mais uma pra brincadeira? O plano era só com a loirinha, mas você pode se juntar também, gatinha.— O homem ia se aproximar de Tzuyu, mas um dos garotos o segurou e sussurrou algo em seu ouvido. O homem arregalou os olhos e sorriu pra Tzuyu, a menina estranhou.— Oh...você é a Tzuyu? — Tzuyu não disse nada, seus olhos intercalava entre os homens e Sana que ainda estava ali, olhando a morena.

— Isso não interessa a você. Deixa ela sair e metam o pé daqui.— Os homens riram e um deles se aproximou da morena.

— Vou deixar ela ir, mas vou dar um aviso antes. Fala pra tua chefe tomar cuidado.— O homem disse e apenas saiu dali esbarrando no ombro de Tzuyu. A menina trincou a mandíbula e respirou fundo.

Quando os homens já tinham saído dali, ela foi apressada até Sana.

— Você tá bem? Eles fizeram alguma coisa séria com você? — Olívia estava realmente preocupada com a menina. Sana apenas se jogou nos braços de Tzuyu. A menor tinha ficado assustada.

— Eles queriam me levar daqui. Os funcionários dessa merda não fizeram nada.— A loira disse baixo, ela tinha seu rosto pousado nos ombros de Tzuyu, essa que abraçou a menor com cuidado.

— Tá tudo bem agora. Você tá sozinha aqui? — Sana assentiu sem se desgrudar da maior.

— Eu tô sim, tava comprando umas coisas.— A loirinha se afastou e olhou pra Tzuyu.— O que você tá fazendo aqui? Tá me seguindo por acaso.— Tzuyu olhou pra ela incrédula. Não era ela que estava quase chorando de medo quase agora?

— Óbvio que não. Eu vim comprar umas coisinhas pra Shuhua, ela não tá muito bem. Mas eu não sei o que comprar, já rodei tudo aqui.—Tzuyu bufou.

— Você quer ajuda? Eu posso ir com você, aí você pode me levar pra casa também.— Disse e a maior deu de ombros.— Vamos logo.— A loira disse e andou na frente, Tzuyu ficou olhando a menina por mais tempo sorriu e a acompanhou. Ela era linda, de costas então.

Sana e Tzuyu andavam pelo shopping, a loira olhava cada vitrine atrás do que comprar pra amiga, essa que não estava falando com Sana desde o dia da festa. A loira não tava ligando muito, isso já era o esperado.

— Aqui, Tzu. Vem.— Sana pegou na mão da menina e a puxou pra uma loja. Tzuyu revirou os olhos, não gostava dessas coisas de compras, mas já que se atreveu a fazer isso pela irmã.— Aqui vende o estilo de roupa favorita da Shu.

— Eu reparei.— Tzuyu disse olhando ao redor. A menina respirou fundo e andou junto com a loirinha a sua frente. Sana olhava todas as roupas, procurando uma que tinha certeza que sua amiga ia gostar.

— Desfaz essa cara de cu, foi sua ideia comprar coisas pra sua irmã. Só tô te ajudando.— Sana olhava pra Tzuyu pelo canto dos olhos e riu ao ver a maior revirar os olhos pela milésima vez. A loirinha olhava cada roupa com cuidado, e Tzuyu apenas a observava.— Achei! — Sana falou entusiasmada quando achou uma blusa que Shuhua vivia falando.— Vamos levar essa e mais algumas coisas.

— Finalmente.— Tzuyu segurou as roupas que Sana entregava pra ela.

As garotas cumprimentaram a atendente que lançou um sorriso para as meninas.

— Fazendo compras pra agradar a namorada? — A atendente falou diretamente pra Tzuyu que a olhou com os olhos arregalados.— Não, não. A gente não namora. Ela é amiga da minha irmã e só tá me ajudando.— Tzuyu falou tão rápido que até se espantou. Sana olhou pra ela com um sorriso debochado e negou com a cabeça. A atendente se desculpou. Tzuyu pagou e pegou as bolsas, saindo dali logo em seguida.

— Não precisava falar daquele jeito, Tzu. É uma ofensa pensarem que eu sou sua namorada? — Sana disse e sorriu debochando da maior.

— Não. Não é, loirinha. Só que a gente não namora ué.— Sana olhou pra ela rindo e deu de ombros. Tzuyu olhou pra ela e suspirou.— Quer tomar sorvete? — Sana olhou pra ela e sorriu sem mostrar os dentes.

— Você que paga.— Falou e andou com Tzuyu até a praça de alimentação.

— Falou e andou com Tzuyu até a praça de alimentação

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A Dona Do Morro | Michaeng adaptação Onde histórias criam vida. Descubra agora