A VIDA DEPOIS: JENNA ORTEGA ENTREGA POTÊNCIA A RETRATO SINGELO DO TRAUMA
Longa de estreia de Megan Park trata a violência armada nos EUA como ciclo sem fim
Depois de alguns trabalhos com videoclipes e curta-metragem, a atriz e também cineasta Megan Park escolheu um tema delicado para explorar em seu debut como diretora e roteirista em um filme: os casos de tiroteios em escolas dos EUA. Pelo tópico, é ao menos esperado um cuidado na forma em que será abordado e Park optou por desenvolver na produção os efeitos através da ótica do coming of age. O resultado é um retrato sensível, emocionante e por vezes bem-humorado expresso em uma atuação carregada de Jenna Ortega e Maddie Ziegler.
Tiroteios escolares não são nenhuma novidade nos Estados Unidos, e A Vida Depois não tenta retratá-los deste modo. Na realidade, sua força está em enxergá-los de modo totalmente oposto. Focando no câncer na sociedade americana em seu infinito loop de ocorrências, Park não faz do tiroteio um acontecimento extraordinário. Ele acontece do lado de fora do banheiro, enquanto acompanhamos o sufoco de Vada e Mia (Maddie Ziegler) que se escondem em uma cabine do lado de dentro. É uma escolha perfeita para o propósito do longa - tratar o crime como algo que se tornou corriqueiro, mas não por isso menos traumático.
E essa ênfase surge inesperadamente na narrativa que coloca o telespectador a presenciar o terror no âmbito escolar por meio de Vada, que é introduzida com sua leveza contagiante e estilo desajeitado, é arrastada para seis minutos de pânico junto a outros colegas. A partir deste momento, a cinematografia de Kristen Correll se mostra excepcional por realizar planos mais fechados para evidenciar o pavor em uma sequência que arrebata pelo impacto e sensibilidade retratados. Sendo valorizada por enquadramentos fechados e plenos detalhes, Ortega se prova uma escolha certeira para o papel em cada estágio de emoções as quais sua personagem flutua, e obviamente, além da entrega para as notas cômicas que o filme atinge em meio ao seu foco dramático.
Apesar de grande parte do filme focar na relação entre Vada e Mia - a garota que também se escondeu no banheiro - A Vida Depois é um filme de Jenna Ortega e Maddie Ziegler. A relação das duas é muito bem construída, desenvolvida como inevitável, como parceiras em trauma. Mas é Ortega quem entrega o brilho completo para o trabalho de Park, não tanto pela sua performance muito bem trabalhada, mas porque a nova estrela de Hollywood tem uma força no olhar, um magnetismo em sua atuação, que transforma o singelo filme de Park em algo potente. É um deleite ver Ortega flutuar pelas emoções de Vada, tanto em seus momentos mais pesados quanto mais juvenis, e neste sentido o resultado vem não só da atriz, mas de uma personagem adolescente que fala a sua língua, e nunca cai em armadilhas clichês.
O desenvolvimento a partir do trauma, que caminha do luto ao autodescobrimento e à recuperação, não poderia ter outro fim senão o desfecho sufocante dado por Park. Embalado pela trilha sonora competente de Finneas O'Connell (que complementa a energia de hype adolescente que permeia toda A Vida Depois), a produção reflete um desejo irrealizável de seguir em frente, o mesmo anseio de gerações de adolescentes assombrados por um mesmo ciclo. O filme é uma mistura de emoções e retrata de forma dolorosa a realidade de algumas escolas dos EUA.
COMENTÁRIOS
user01
Pegar um tema tão delicado e tratar de forma sublime, é um trabalho dificil! Fiquei simplesmente impressionado como a diretora Megan Park em seu primeiro filme depois de vários curtas consegue atingir um nível de qualidade surpreendente. Nos primeiros 10 minutos de filme eu ri, chorei e me comovi de tal forma que me fez repensar como nossas vidas são efêmeras e ao mesmo tempo especiais por quem nos rodeia. Não sei se esta obra está na corrida ao Oscar, estando ou não entrou na minha lista de favoritos do ano.user02
Pelo o que sei, este é o primeiro filme da Jenna Ortega e tenho que dizer: que atuação brilhante! Minha irmã faz teatro com ela e já me disse que a atuação dela é impecável, mas fiquei na dúvida. E esse filme veio para me fazer mudar de ideia. Maddie Ziegler também está de parabéns, ambas as atrizes estão brilhantes em seus papéis.user03
Não imaginava que o primeiro filme da Jenna seria tão bom assim. Fiquei completamente em choque em algumas cenas, em outras eu chorei e em outras eu ri. A direção de Megan Park está magnífica e eu fiquei de boca aberta ao descobrir que esse é o primeiro filme dela.user04
SPOILER
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.Pra quem não entendeu o final eu explico. Ela achou que as feridas tinham cicatrizado até ver que houve outro tiroteio em outra escola, então essa ferida volta. Isso é trauma, um trauma não sai da gente, ela apenas diminui a intensidade de como lidamos, isso não é um filme apenas para se entreter, mas entender o quão perigoso o porte de arma pode ser. O trauma é real, ele existe e não deve ser comparado ou diminuído. Perfeito filme para ensinar, cativar e emocionar. Vale ressaltar como as drogas, álcool e sexo estão vinculados a nossa dor e nosso psicológico.
user05
Filme incrível. Emocionante. Foi tão vívido, que me senti dentro daquele mar de sentimentos conflituosos pela qual a personagem estava passando. Perfeito do início ao fim. O final me deixou reflexiva e um pouco confusa. Mesmo assim, é um filme espetacular.user06
O filme é bom, mas a cena em que a Vada e a Mia se beijam é completamente desnecessária. O filme é sobre tiroteios escolares e de repente colocam duas meninas para se beijar? Absolutamente inútil e nojento.⸼ ࣪ 🪐 . 𝗙𝗜𝗡𝗔𝗟 𝗖𝗥𝗘𝗗𝗜𝗧𝗦 𝅄 💬 ˳
★ " Eu gosto mais de mim quando estou com você " 빨 🛹꒰ 🥞 : Todos os créditos aos sites que eu peguei as críticas (até porque eu não tenho criatividade nenhuma para escrever uma crítica)
꒰ 🥞 : Alguns comentários eu peguei do Google, obrigada ao pessoal que comentou lá
꒰ 🥞 : Já deu a minha hora e se contentem com apenas um capítulo muahahahaha (talvez)
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DREAMS, jenna ortega
Fanficonde raven sonha com a mesma garota toda noite, sem sequer saber o seu nome ou onde jenna descobre que está invadindo os sonhos de uma garota desconhecida