Uma última vez.

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O debate feito pelos políticos seria televisionado em poucos minutos pela KBS, uma das maiores emissoras de TV da Coreia do Sul. Enquanto estavam fora do ar, cada candidato ia se preparando e jogando um pouco de conversa fora, aproveitando que o clima ainda estivesse normal porque sabiam que logo começariam os estresses, mas era o que o público gostava de ver.

— Nós entraremos no ar em poucos minutos — Yoora, a jornalista, avisou aos candidatos.

A forma de debate na Coreia do Sul não era nem um pouco diferente da de outros países. Começando pela plateia composta por pelo menos quarenta pessoas, desde jornalistas até eleitores dos políticos que estavam concorrendo àquela eleição. Bem na frente, de costas para o povo, estava a jornalista, sentada em uma cadeira e com uma mesa à sua frente, onde tinha os papéis com as perguntas que faria. Já os concorrentes, ficavam no meio do palco com suas respectivas tribunas, em uma distância saudável para que não ocorresse nenhum problema.

Todas as câmeras estavam apontadas para os candidatos, que pareciam nervosos com o debate que se iniciaria em pouquíssimos segundos.

— Estão prontos? — um dos cameramans perguntou em direção a todos, que concordaram com a cabeça.

— Boa noite! — Yoora cumprimentou os telespectadores ao vivo. — Nessa noite de sexta-feira, estamos iniciando mais um debate entre os candidatos ao cargo de prefeito. Conosco temos Park Chanyeol, Choi Seunghoon e a nossa prefeita, Lee Yeongae, que estará concorrendo mais uma vez nessas eleições. — Deu um sorriso gentil em direção a câmera. — Nesse debate, os nossos candidatos irão debater sobre suas próprias propostas. Vamos começar com você, Park Chanyeol.

Chanyeol coçou a garganta e ajeitou a gravata, colocando as duas mãos sobre a tribuna e dando um sorriso gentil em direção a câmera que estava focada em seu rosto. Ele parecia confiante, tanto que não se deixou abalar com o comentário ácido de Seunghoon.

— Como podemos viver em uma cidade com medo da violência que está assolando Seul nos últimos anos? A desigualdade disparando nas pesquisas e nada sendo feito para melhorar isso. Quando deixamos Seul chegar até esse ponto? O dever de um prefeito não é cuidar da cidade para que todos se sintam seguros em qualquer tipo de situação? — Yeongae revirou os olhos. — Eu, Park Chanyeol, prometo ser um ótimo líder para Seul. Cuidar de tudo, até mesmo dos mínimos detalhes, dando o melhor conforto para todas as famílias.

Park Chanyeol colocou as duas mãos sobre à tribuna e deu um sorriso gentil em direção aos jornalistas.

— Cuidar dos cidadãos em situação emergente é uma obrigação de qualquer líder. E eu sou um líder que poderá colocar isso em prática — Seunghoon falou. — Violência não existirá mais no vocabulário da nossa cidade. Estarei fazendo de tudo para colocar Seul no topo mais uma vez, como uma cidade segura e com uma economia invejável.

— Eu, Lee Yeongae, sempre estive ao lado da minha cidade em todos os momentos. E estarei aqui para melhorar Seul em mais um mandato. E acho que deveríamos aprender com os nossos erros para melhorarmos no futuro, não há nada mais justo do que isso.

— Certo... — Yoora falou, vendo a tensão entre Chanyeol e Yeongae crescer ainda mais depois de sua fala para o começo do debate.

[...]

Victoria achou que seria bom chamar Baekhyun para passarem a noite de sexta-feira juntos. De longe, conseguia perceber o quão tenso o investigador estava, mesmo que ele tentasse esconder a qualquer custo. Desde a conversa que tiveram no departamento, Victoria estava tentando fazer de tudo para que Baekhyun esquecesse o peso que a semana seguinte carregaria e queria relaxá-lo para isso.

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