A realidade nua e crua.

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— Baekhyun volta hoje — Victoria disse atraindo a atenção dos outros investigadores. — Ele me mandou uma mensagem bem cedo, mas disse para eu não responder de volta e que assim que chegasse, viria direto para o departamento.

— Ele só disse isso? — Yixing perguntou e Victoria concordou com a cabeça, fazendo Junmyeon bufar.

— Esse foi o final de semana mais agoniante da minha vida — Junmyeon desabafou antes de dar um gole em seu café. — Não vejo a hora do Baekhyun chegar e falar tudo de uma vez. Espero de verdade que ele traga algo bom porque tenho certeza que Minseok vai começar a ficar enrugado de tanto ódio.

— Na reunião de sábado, o delegado Kim contou sobre Jongdae estar fuxicando a vida do Jihoon — Yixing falou atraindo a atenção de Jongdae, que até aquele momento, permanecia calado. — Por que não podemos saber mais sobre isso? Ele não é o braço direito do Chanyeol?

— Minseok quer que isso seja debatido quando Baekhyun chegar de viagem. Não sei por que vocês acharam que Jihoon não fosse cair junto, ele é o braço direito do Chanyeol, não é? Então não tem mistério. Só que Chanyeol é o maior de todos, pode vencer as eleições e será praticamente imbatível, por isso ele precisa ser o principal da nossa investigação — respondeu Jongdae, não querendo mais se aprofundar naquele assunto.

— Vocês dois são estranhos. — Foi a última coisa que Yixing disse antes de se levantar e ir até o bebedouro.

[...]

Em Incheon, o dia amanheceu bonito e estava muito mais fresco que os dias anteriores. Baekhyun estava com um humor razoável já que havia perdido o sono durante a madrugada, mas tentou não ser tão transparente para não receber uma sessão de perguntas vindas de Chanyeol, que até aquele momento, parecia bastante feliz.

Tomaram café da manhã juntos, um café da manhã especial que Chanyeol pediu na noite anterior sem que soubesse. Assim que acordou, deu de cara com ele arrumando a mesa na sacada para que se alimentassem com a bela visão do mar bem azulado. Jogaram conversa fora até que o relógio batesse às nove da manhã e pudessem tomar seus respectivos banhos.

— Jihoon já me mandou mensagem falando sobre os compromissos da semana. Quando falo que ele não perde uma oportunidade para encher a minha paciência, acabam achando que é implicância — Chanyeol disse enquanto bloqueava o aparelho em suas mãos e colocava-o dentro do bolso da calça. — Sohyun também disse que está preparando o almoço.

— Ah, não precisa... — Baekhyun respondeu meio sem graça.

— Baekhyun? Por favor, né... Nós vamos almoçar na minha casa e quando terminarmos, peço para Jeongho levá-lo até sua casa enquanto me preparo para encontrar Jihoon. E outra, nós precisamos conversar.

— Conversar sobre o quê? Achei que tudo já estivesse claro. — Chanyeol deu um sorriso ladino, ajeitando o relógio em seu pulso.

— Ainda estou feliz com a resposta que recebi, mas acho que deveríamos ter uma conversa mais séria sobre. Não quis me aprofundar no assunto porque você ainda parecia meio nervoso, não gosto de pressionar ninguém.

— Eu não estava nervoso, só não gosto de falar sobre o que sinto. — Chanyeol levantou as sobrancelhas e Baekhyun suspirou. — Já falei sobre como me sinto, não gosto de prolongar o mesmo assunto.

— Percebi — respondeu meio seco e Baekhyun mordeu o lábio inferior, tentando não parecer nervoso. — Mas ainda acho que ficar esse vácuo entre nós dois não será legal. Quero tê-lo comigo, Baekhyun — Chanyeol disse com as duas mãos apoiadas em cima da mesa e com o rosto próximo de Baekhyun. — E mesmo que eu vença a campanha, não vou querê-lo longe de mim, só se você mesmo quiser porque se depender de mim, tudo sairá perfeitamente bem.

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