Capítulo 6 - Sexo Anal Ou A Agressão.

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(narrado por Regina)

Despertei com o canto dos pássaros, não tem coisa melhor... Ou, até tem: acordar com os beijinhos do amado, ou com ele lhe fazendo um cafuné, ou com ele ao seu lado, já bastava. Gostaria de conhecer melhor o chilrear dos pássaros. Distinguir que pássaro estaria cantando. Sempre tive essa vontade. Não tinha nenhum motivo relevante, só gostaria. Conseguia distinguir alguns, como o de um sabiá, o chamado do bem-te-vi (que não deixava de ser, para mim, um trinado), o canto brincalhão do assanhaço, o chamado inconfundível da araponga, o lindo canto do canário belga (que mais parecia uma sinfonia) e... Acho que só. Mas ainda terei tempo para conhecer outros. Terei sim.

Ontem, dormi enquanto meditava. Era essa a intenção. Fiquei deitada tentando esvaziar a mente, só pensava numa praia com ondas enormes. O sono acabou me dominando. Gostava de dormir assim, sem sentir. Isso acontecia quando estava lendo. Enfim, dormir suavemente é uma delícia.

Levantei, fiz uma ginástica rápida, de contrações musculares. Fiz uma corrida tipo pique no lugar. Depois, fiz minhas necessidades e tomei banho. Se estivesse em casa, teria ido para a faculdade, pois teria prova naquele dia, mais cedo. Àquela altura, já teriam dado falta de mim e deveriam ter achado o meu carro no estacionamento. Mas as câmeras do estacionamento, que são poucas, não deviam de registrado nada. Nunca tinha reparado se onde eu costumava botar o carro havia, pelo menos, uma câmera. Foi vacilo meu. Com certeza, não devia ter. Ele deve ter escolhido bem o local, para que pudesse agir sem perigo. Só se ele fosse muito burro. E não parecia ser. Só essas câmeras no quarto e no banheiro mostravam o quanto ele era esperto. Com elas, não podia fazer nada sem que ele visse.

Vou confessar uma coisa: às vezes, tinha vontade de chorar, ficava me controlando, tinha que agir assim. Não podia dar a ele o gostinho de me ver chorar. E para evitar isso, procurei me manter ocupada. Nunca vou saber quando ele estava atrás daquelas câmeras, me observando. Era constrangedor saber que podia estar sendo observada o tempo todo. Na hora que fiz as minhas necessidades fisiológicas, tampei a câmera e só a destampei na hora do banho. Pensei em colocar um bilhete embaixo da porta, explicado que não conseguia fazer as minhas necessidades com alguém olhando. Se ele não gostasse, eu iria morrer de inanição.

Preparei a minha janta: fiz o macarrão com carne moída. Não usei sal, não sou adepta de sal. No almoço, iria comer o resto da pizza que tinha sobrado. Já não comia pizza fazia alguns anos, tinha abolido do meu cardápio, mas naquele lugar não tinha escolha. Minha mãe iria gostar de me ver quebrando meus hábitos alimentares. Ela só vivia criticando os meus cuidados com a alimentação. O ato de pesar os alimentos, para ver as quantidades certas que estava comendo, era alvo das maiores críticas. Ela não entedia que eu estava seguindo orientações de uma nutricionista, para conseguir os feitos que queria no meu corpo, na minha saúde. E o pior, para a minha mãe, era que Maria Rita estava indo pelo mesmo caminho que eu. Minha irmã procurava fazer tudo como eu fazia, mesmo eu tendo explicado para ela que eu seguia as regras dadas para mim; que o certo seria ela consultar uma nutricionista, para ver como deveria proceder na sua alimentação. Propus-me até a pagar essa nutricionista. Porém, Maria Rita achava mais prático copiar a minha alimentação.

Os mantimentos que o Alemão deixou até que eram de qualidade. Tinha arroz, macarrão intergral; até o pão também era integral. Na geladeira também havia alimentos de qualidade, como frutas, ovos, carne moída e salmão, entre outros alimentos. Ele devia ter bons hábitos alimentareis, só não entendi a pizza.

Depois do jantar pronto, procurei meditar. Mesmo tentando me controlar, para ficar calma, de vez em quando, sentia, lá dentro do meu peito, um vazio, que me era enviado pela ansiedade de estar naquela situação.

MOMENTOS DE SUBMISSÃO - amor, hot, traição, suspense, terror, ação policial.Onde histórias criam vida. Descubra agora