Me perco em você

Capítulo 4

Jessica

Após o almoço os meninos vão para a sala jogar videogame a Duda foi guardando a louça que estava no escorredor enquanto eu tirava a mesa e lavava a louça

Eduarda: O jess - apenas olho para a mesma - a filha/neta da vizinha foi para o convento — Eduarda diz como se fosse a coisa mais normal do mundo

— Convento?como assim que história é essa?!

Eduarda: É menina acredite, a Dona Márcia descobriu que a filha/neta dela tava fugindo toda noite pra dormir com um traficante e ia até morar com ele

— Que babado, o mais legal é que você fala como se fosse algo normal

Escuto a risada alta da Eduarda, lembro que tem um pedaço de bolo de cenoura com a cobertura de chocolate no forno e decido levar pra dona Márcia, ela sempre cuidou muito bem da Duda e eu

Quando nós mudamos ela ajudou a lavar tudo, todo dia trazia bolo com café aqui pra casa e tomávamos café às três juntas, mas quando a Victoria veio morar com ela e eu e Duda já quase não parávamos em casa esse costume parou

Victoria é uma menina incrivel mas infelizmente está indo pro caminho errado, ela sempre vinha com a Márcia em casa quando dava, amávamos ser nós quatro mas muita coisa mudou

Eduarda: Oque se vai fazer com isso gata? — ela pergunta confusa

— Vou levar para a dona Márcia — terminei de arrumar tudo dentro de uma "cesta" — Já volto — depositei um selinho na testa de Duda e fui sair de casa

Passei pela sala e senti os olhos de Lucas queimando sobre meu corpo, continuo andando e quando abro a porta me esbarro em Marcelo.

Marcelo segura fortemente a minha cintura me impedindo de cair, seguro a cesta firmemente e com a mão desocupada coloco no braço dele

Marcelo: Desculpa princesa — Marcelo revela sua voz rouca perto da minha boca me fazendo arrepiar

— Tudo bem! Estou indo na Márcia quer ir comigo? — pergunto me perdendo naqueles olhos castanhos

Marcelo: Claro vamos sim — Sinto o Marcelo perceber que Lucas está olhando para gente com um certo incômodo — deixe que eu levo isso — ele pega a cesta da minha mão dando um sorriso sarcástico e eu percebi oque ele quis dizer

Eduarda: Ma!! Quanto tempo! - ela vem em nossa direção e abraça o Marcelo

Marcelo: Oi Du!! Verdade faz bastante tempo, como anda as coisas?

Eduarda: Está indo bem! Pedro esse é o Marcelo, que eu creio que ainda vai ser meu futuro cunhado — Pedro levanta e vem em direção a gente

Sinto meu rosto queimar de vergonha ao ouvir a última frase da Duda e sinto Marcelo apertar minha cintura e me puxar, pressionando minhas costas contra seu peito e abdômen

Pedro: Prazer,Pedro! Entra na família também — comprimenta Marcelo e os dois riem

— Vamos Marcelo? — pergunto tentando disfarçar minha tensão

Marcelo: Claro, tchau Du foi bom te ver e Tchau Pedro foi bom te conhecer

Eduarda e Pedro: Tchau!! — eles dizem em uníssono

Marcelo leva a cesta em uma mão e a outra entrelaça nossos dedos e sai na minha frente, fomos assim, de mãos dadas, brincando e rindo o caminho inteiro que não era longo, apenas do outro lado da rua

Chegamos e eu bato na porta mantendo minha mão e a do Marcelo juntas e derreteste a porta é aberta

Dona Márcia abre a porta com um semblante triste que logo muda quando vê eu e Marcelo, Marcelo também conhece a velhinha, quando começamos nossa amizade ele ia sempre lá em casa e acabou fazendo amizade com ela

Márcia: Garotos!! Qua saudade — ela abraça nós dois

Marcelo: Saudades também vó Marcia — ele desliza sua mão da minha e abraça a mesma

— Vó Márcia — após ela desfazer o abraço com Marcelo eu abraço a mesma

Márcia: Que bom ver vocês! Vocês cresceram tanto!

— A gente também estava com saudades, trouxemos bolo de cenoura com cobertura de chocolate para a senhora

Márcia: Ah que amor, entre! Vamos lá para o fundo

Seguimos Márcia para o fundo e Marcelo coloca a cesta em cima da mesa e eu começo a retirar as coisas da cesta

Márcia: Vou pegar os pratos e garfos, me esperem

Márcia sai e fica apenas eu e Marcelo, começo a olhar o mesmo arrumar a tijela de bolo sobre a mesma, não sei explicar quando estou na presença desse menino eu sinto uma paz inexplicável, quando saio do meu transe percebo o mesmo me olhando e com um sorriso no rosto

Meu corpo começa a se mover automaticamente na direção do mesmo e dou um abraço nele, o mesmo retribui o meu abraço e começa a fazer carinho na minha cabeça, fico ali me sentindo segurando em seus braços quando derrepente ele deposita um selinho demorado no topo da minha cabeça, oque está conhecendo?.....

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Que confusão!
Oque vocês acham que estão por vim?