Capítulo 12

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Sam estava cansada de se sentir inútil. Ela queria sair e jogar bola, rir até não conseguir respirar, ou mesmo esticar as mãos acima da cabeça para dar algum alívio aos músculos, mas não conseguia. Isso tudo por causa da porra do Nop Grant e dessa maldita lesão na costela. A única coisa, bem, pessoa que tem iluminado seus humores sombrios é Mon.

Já se passaram quase três semanas desde que Mon concedeu perdão a Sam e, desde então, as duas meninas são inseparáveis. Mon gostava de passar tempo com Sam e Sam gostava de passar tempo com Mon. Era tão simples. Na verdade, a única razão pela qual Sam teve permissão para ver Mon, apesar de ela estar de castigo, foi porque a menor a mantinha atualizada com as aulas da escola. Mon ia à casa dela pelo menos três ou quatro vezes por semana e, quando ela não aparecia, ela e Sam conversavam ou mandavam mensagens ao telefone. Elas estariam no quarto de Sam, onde ela e a morena repassariam as tarefas escolares e os deveres de casa. Realisticamente, Sam poderia dar a mínima para o que ela perdeu na escola, mas se isso significasse mais tempo com Mon e fazendo Angela feliz, ela estava bem com isso.

Durante essas sessões de estudo, elas começaram a conversar e a se conhecer melhor. Com o passar das semanas, eles se aproximaram como amigos. Essa nova amizade foi uma coisa maravilhosa, é claro, no entanto, ambos sabiam que ainda havia uma conexão inexplicável entre eles. Muitas vezes elas compartilhavam esses pequenos momentos que, sem dúvida, revelavam sentimentos que iam além da amizade. Individualmente ou ao mesmo tempo, Sam e Mon se sentiram embriagadas pela atração que sentiam uma pela outra. Elas sentiriam aquela atração avassaladora, mas rapidamente colocariam esses sentimentos de lado pelo bem de sua nova amizade.

A ocorrência de um desses momentos aconteceu na semana passada, quando Sam removeu os pontos de sua bochecha.
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Sam estava na sala, sentada no sofá, quando ouviu a mãe cumprimentando Mon na porta da frente. Segundos depois, Mon entrou na sala, linda como sempre em um de seus vestidos de escola. San rapidamente afastou o pensamento e deu um sorriso amigável, escondendo seus verdadeiros pensamentos. — Oi, Mon.

"Oi, Sam. Por que você não está no seu quarto?" Ela perguntou intrigada, sentando-se ao lado da morena.

"Pura preguiça..." Sam resmungou, de sua posição ligeiramente curvada no sofá. "Depois que fui ao médico, não tive vontade de lutar contra a escada até que precisei."

"Ah, entendo," a menor assentiu. Ela sabia que até subir uma escada causava dor em Sam. "Então, seus pontos estão fora agora. Posso?" Ela perguntou, indicando que queria dar uma olhada mais de perto.

Sam sorriu levemente e sentou-se um pouco mais perto. Ela levantou a perna mais próxima de Mon no sofá e virou o corpo na direção da menor. "Você sabe que não posso negar isso a você," Sam ronronou.

Mon zombou e revirou os olhos. "Cale-se."

Sam soltou uma risada suave quando Mon segurou seu rosto. Enquanto a menor inspecionava seu ferimento, Sam não pôde deixar de olhar para a linda garota à sua frente. Aqueles olhos castanhos marcantes, aquelas maçãs do rosto bem esculpidas, aqueles lábios carnudos beijáveis. Parecia muito com a vez em que Mon cuidou do nariz durante o jogo de futebol no parque. Seu coração batia rápido e Sam sabia que ainda estava apaixonada por essa garota. Mas elas estavam se tornando amigas agora, e essa era uma linha que Sam tinha medo de cruzar. Sam tentou controlar a respiração enquanto Mon passava delicadamente o polegar sob o corte rosa claro em sua bochecha,

Bully In Love - MonsamOnde histórias criam vida. Descubra agora