Bully In Love - Monsam

Capítulo 18 (pt3)

Sam imediatamente sentiu sua pele arrepiar quando ouviu a voz familiar. Ela se virou para ver ninguém menos que Nop. Sam franziu a testa, imaginando de onde ele veio. Ele esteve aqui o tempo todo? Com o chapéu e o terno que usava, ele poderia facilmente se misturar à multidão.

"Eu sei que você não está falando conosco." Sam atirou de volta.

"Não vejo nenhuma outra lezbos aqui Samsam."

A morena sentiu o sangue ferver, mas a mão calmante de Mon em seu braço a acalmou.

"Olha, estamos aqui apenas para nos divertir. Cai fora." Sam pegou a mão da menor na sua. - Vamos, Mo.

As duas se viraram e começaram a se afastar. "Hey? Onde você está indo?" disse ele, seguindo-os. - Achei que ainda estávamos nos recuperando.

Sam sentiu sua presença atrás delas e se virou. "Eu sugiro que você nos deixe em paz, a menos que você queira outra surra."

Nop sorriu levemente. Foi então que Sam viu uma pequena linha de cicatriz atravessando a ponte de seu nariz. Bom. Ele tinha algo para se lembrar dela e, se continuasse, teria mais.

"Você teve sorte da última vez. Estou pronto para uma segunda rodada."

"Oh sério?" Sam deu um passo ameaçador à frente e Mon agarrou o antebraço de Sam.

"Sam, não."

Nop olhou para Mon e olhou de soslaio para seu corpo, de cima a baixo. - Bela fantasia. Você com certeza escolheu uma boa, Sam. Ela parece bem justa e em forma. Provavelmente um animal na cama, não é?

"Já estou farta da porra da sua boca, Nop!" Sam investiu contra ele, mas Mon colocou todo o corpo na frente de Sam, empurrando-a contra o peito.

"Sam! Não! Por favor!" A menor chorou desesperadamente. Lágrimas estavam se formando em seus olhos.

De repente, Kirk e Anne apareceram ao lado deles. "Ela está certa, Sam Vamos. Ele não vale a pena." Kirk disse, colocando uma mão no ombro de Sam.

Nop sorriu para ela antes de ir embora. Os músculos da mandíbula de Sam se contraíram e ela precisou de toda a sua força de vontade para não derrubar aquele idiota no chão. Nop desapareceu na multidão e uma parte de Sam odiou que ela não tivesse feito nada.

Mon suspirou aliviada, feliz por nada ter acontecido, mas ainda estava desapontada com o comportamento de Sam.

"Acho que deveríamos encerrar a noite", sugeriu Kirk.

"Sim, Kirk, acho que seria sensato", Mon assentiu.

Depois de um rápido adeus a Giovanni, todos entraram no carro de Kirk e foram para casa. Durante toda a viagem de carro, Sam ficou em silêncio. Ela ainda estava pensando sobre seu encontro com Nop. Deus, ele era um idiota. Qual era o problema dele com ela? Sam ainda desejava ter batido na cara dele.

Kirk as deixou na casa de Sam e eles se dirigiram para a casa.

"Aquela noite não saiu do jeito que eu esperava."

"Não, não", brincou Mon. Ela caminhou um pouco mais rápido até a varanda, deixando o lado de Sam, para chegar à porta da frente. Sam franziu a testa.

"Ei, o que há de errado?"

"Nada", respondeu Mon, sem olhar para Sam.

"Você está mentindo."

"Sam, por favor, abra a porta?" Mon exasperou.

"Não. Você está com raiva de mim por causa de alguma coisa?"

"Sam..."

"Diga-me."

"Sim, estou chateada com você", disse Mon, levantando ligeiramente a voz. Ela olhou para Sam então e a morena viu uma expressão que ela nunca tinha visto. Era uma mistura de fogo, raiva e preocupação ao mesmo tempo.

O rosto de Sam se suavizou um pouco. Ela estava confusa. "Por que?"

"Você quase se meteu em uma briga, Sam!" Mon praticamente gritou. De repente, ela ficou ainda mais zangada pelo fato de Sam não saber por que ela estava chateada.

A morena automaticamente levantou suas paredes defensivas. "Quase ", enfatizou Sam. "Nada aconteceu", afirmou ela com finalidade.

"Esse não é o ponto! Apenas o fato de que você estava disposta a entrar em uma briga é o que está errado!"

"Mas eu não entrei!"

"Mas você teria se Kirk e eu não estivéssemos lá para detê-la. Estou certa?"

Sam desviou o olhar e esfregou a nuca. "Bem, e daí?"

"E daí?"

"Eu não gosto desse filho da puta falando sobre você desse jeito. Ele merece ter seus dentes arrancados. Eu deveria ter feito isso."

"Você está se ouvindo, Sam? Pelo amor de Deus, você não pode simplesmente entrar em brigas assim!"

"Por que não? Eu tenho o direito de defender minha namorada, não tenho?"

"Sim, mas não com os punhos. Não mais."

Sam deu um passo à frente e Mon viu a crueza naqueles olhos cor de chocolate escuro. "Olhe para mim. Esta sou eu, Mon. Eu sou a encrenqueira, lembra? É o que eu faço e quem eu sou. Você sabia muito bem sobre esse meu lado antes de ficarmos juntas."

Mon respirou fundo enquanto sustentava o olhar de Sam. "Você não entende, não é?" Ela perguntou, sua expressão tornou-se solene. "Eu sei que isso faz parte de você, Sam...mas agora...você me tem. Eu me preocupo tanto com você que eu..." Lágrimas se formaram nos olhos de Mon e a determinação de Sam estava quebrando. "Eu não ia ficar parada aí vendo você se machucar. A ideia de alguém te machucar me assusta, Sam. Você não vê isso?"

A menor então se afastou dela, para esconder as lágrimas que escorriam pelo rosto. Sam ficou parada por um momento enquanto permitia que as palavras de Mon fossem absorvidas. Ela estava sendo uma idiota. O coração da morena se apertou de culpa ao ouvir Mon fungar.

"Mon...Mo, vire-se, por favor."

A menor demorou um pouco, mas finalmente se virou. Ela não conseguia olhar nos olhos de Sam.

"Sinto muito. Você está certa. Eu não estava pensando, ok? Se alguém te machucasse, eu também não sei o que faria."

Mon ainda estava olhando para o chão.

"Vamos, ei." Sam sussurrou, levantando o queixo de Mon. Seus olhos se encontraram. "Eu não vou mais lutar, baby. Eu prometo a você."

O lábio inferior de Mon tremeu e Sam puxou-a para um abraço. "Obrigada", ela sussurrou. Mon segurou Sam para salvar sua vida, nunca querendo que o mal acontecesse com a morena. Isso a fez pensar no primeiro amor de sua mãe e as semelhanças entre Brad e Sam estavam definitivamente lá. Ela não saberia o que faria se perdesse Sam.

Sam era tudo para ela.