Masmorras

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Masmorras









O salão comunal da Sonserina era um lugar frio, silencioso e obscuro, foi o que James pensou enquanto era carregado por Severus. O ambiente completamente vazio deixava aquela impressão ainda mais viva na mente agitada do grifinório, o som do crepitar da lareira quase se tornava ensurdecedor naquele lugar. Ele nunca desejou tanto estar em seu dormitório quanto naquele momento.













Um grunhido baixo saiu de seu focinho, enquanto era levantado por Severus que o olhava atentamente com as sobrancelhas franzidas e uma expressão séria no rosto.













— Não faça barulho pequeno, se me descobrirem fora da cama e ainda com um animalzinho que não é meu, eu estarei encrencado. - o sonserino sussurrou, antes de sorrir e acariciar a barriga do cervo com os polegares.













James estranhou o contato carinhoso, mas decidiu ficar calado para o seu próprio bem, não precisa se meter em mais uma confusão. Seu olhar manteve-se em Severus analisando o comportamento amigável do outro que era tão distinto de seu usual, ao menos o que normalmente ele presenciava.



Snape continuou o caminho com calma e cautela, passando pelos corredores que davam para os dormitórios masculinos. O rapaz parou em frente a uma porta de madeira, enquanto arrumava o pequeno cervo em seus braços e pegava sua varinha para lançar um feitiço silenciador na porta, assim os rangidos dela sendo aberta não poderiam ser ouvidos.



Ele a empurrou passando para dentro de seu quarto o qual dividia com outros três colegas, estes que já dormiam tranquilamente parecendo indiferentes à ausência de Snape.





— Fique quietinho pequeno não queremos acordar eles. - Severus sussurrou enquanto deixava o animalzinho sobre sua cama, ele se afastou indo até sua cômoda pegando uma muda de roupas limpas para poder se trocar, não ficando incomodado com a falta de iluminação.









James viu o rapaz começando a retirar lentamente suas peças de roupas sujas para poder trocá-las, dando tempo para ele, mesmo que não fosse sua intenção, analisar o corpo alheio, sua ótima visão noturna lhe permitia notar as diversas cicatrizes finas espalhadas pela pele pálida do rapaz assim como notou a magreza que beirava o extremo. O grifinório se mexeu incomodado por aquela visão, uma pontada de pena e empatia atingindo seu coração como havia acontecido no dia anterior na enfermaria.





— Prontinho - Snape sorriu, sentando-se na beirada da cama acariciando novamente os pelos do cervo antes de enrolá-lo em um dos lençóis para não sujar mais nada de terra com seus cascos sujos — Você é tão fofo, Bambi - o rapaz se deitou deixando a bolinha peluda sobre sua barriga. James franziu o, seu agora, focinho confuso pelo nome e por toda a situação. Céus, finalmente ele havia percebido o quão estranho estava sendo tudo aquilo — Você parece confuso, Bambi é o nome pelo qual eu vou te chamar porque você parece com esse personagem de um livro infantil dos trouxas - explicou antes de soltar uma risada — Eu realmente estou tentando explicar isso para você? - ele riu novamente antes de fechar os olhos, um sorriso leve aparecendo em seus lábios — Devo estar com muito sono - sussurrou acarinhando novamente o pequeno cervo — Boa noite Bambi... - murmurou deixando-se finalmente cair nos braços de Morfeu, sem a necessidade de poções dessa vez.













Obrigado por curar minhas feridas - SnamesOnde histórias criam vida. Descubra agora