O Preço Da Felicidade - séries HAPPINESS - Concluída

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Ayla estava sentada na cadeira e a sua frente estava um médico.

— Sabe porque está aqui? — perguntou o médico.

— Sei — respondeu Ayla. — Prometi para meu marido e para meus amigos que faria uma sessão uma vez na semana.

— Só está aqui porque prometeu para eles? — perguntou o médico.

— Basicamente é isso sim.

— Então você não acredita que a terapia pode te ajudar de alguma forma?

— Sinceramente doutor Soutien eu não sei o senhor acha que eu preciso?

— Não sei me responda você, você acha que precisa?

— Isso é uma pergunta bem difícil de se fazer para uma pessoa que não sabe o que é ficção da realidade.

— Vamos por parte então porque seu marido te convenceu a marcar essa consulta comigo?

— Porque eles acreditam que eu estava vendo coisas mas eu sei que vi a Ava — Ayla olhou para o doutor. — Agora a irmã dela apareceu dizendo que chegou a uns dois, três dias, mas eu estava vendo ela há uma semana. Então eles acreditam que eu possa estar passando por um EPT.

— Estresse pós traumático?

— É eles acreditam fielmente nisso.

— E você Ayla no que acredita?

— Depois de tanto tempo um EPT?

— Você pode não estar conseguindo lidar com isso já conversou com seu marido sobre os últimos acontecimentos? Algum deles pode ter desencadeado isso? Ou alguma vez já conversou com alguém sobre tudo que aconteceu ao longo da sua vida?

— Não — disse Ayla olhando para a mesa. — Nunca conversei com as pessoas sobre o meu passado sobre coisas que aconteceram.

— Ninguém sabe nada sobre o seu passado?

— Tem o Will, ele sabe algo sobre mim que não contei a ninguém. Mas, ele só sabe isso porque eu bebi e falei demais.

— O que ele sabe?

— Ele sabe que eu tinha quinze anos quando comecei a usar drogas e a fumar.

— O que te fez chegar a esse ponto?

— Eu não me lembro — Ayla disse desviando o olhar.

— Para que a terapia funcione você precisa se abrir comigo e me contar tudo.

— Tudo bem — Ayla suspirou. — Foi quando a minha família morreu e eu voltei para o internato.

Ayla contou algumas coisas e o médico perguntou:

— Como é a relação com seus pais?

— Meus pais biológicos me rejeitaram quando perceberam que eu era diferente do que eles planejaram.

— Quando você entendeu que tinha sido deixada no internato qual foi a sua primeira reação? Quando descobriu a verdade?

— Eu tinha cinco anos as outras meninas iam para a casa delas no final de semana e eu sempre ficava lá e então uma hora ou outra eu acabaria sabendo a verdade.

— E como foi para você?

— O que uma criança de cinco anos faz com uma notícia dessas?

Ayla olhou para o médico e ele a olha de volta.

— Eu chorei muito deitada na minha cama, e à medida que fui crescendo fui me perguntando o que tinha feito de errado? Porque meus pais não gostavam de mim? Aí eu descobri que era o meu cabelo, a minha pele.