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Duas semanas depois da morte de Ayla e Will.

— Eu não acredito nisso Gustavo.

Connor estava em pé diante dele sentado no sofá o olhou como se nada estivesse acontecido.

— Já é a terceira vez que você briga no colégio, eu entendo que esses últimos dias não estão sendo nada fácil pra você, não está sendo nada fácil pra mim também, mas não podemos sair por aí distribuindo socos. A Ayla morreu...

— Exato — Gustavo se levantou e falou alto. — A Ayla morreu, Connor e não vai mais voltar, será que você não percebeu?

— Percebeu o que Gustavo?

— Que não somos uma família — Gustavo disse ríspido. — Eu não sou o seu filho e você não é o meu pai e não manda em mim.

— A Ayla te amava Gustavo e ela me pediu para cuidar de você — Connor olhou para ele. — Esse foi o último desejo dela.

— Você não tem que fazer isso só porque a Ayla pediu a você para que cuidasse de mim cara você não tem responsabilidade nenhuma de cuidar de mim e eu não preciso de ninguém.

— Eu não fiz isso só pela Ayla não eu fiz isso porque você é o meu filho — Connor fez Gustavo olhar para ele. — Você pode não ter o meu sangue mas é sim o meu filho eu sei que não está sendo nada fácil viver aqui sem a Ayla e a Tayla mas eu ainda tenho você e você a mim.

— Me perdoa — Gustavo disse abraçando Connor. — Eu estou com raiva do mundo, entende? E eu preciso descontar a minha raiva em alguém e foi isso que eu fiz eu nunca quis machucar aquele cara.

— Tudo bem Gustavo eu te entendo — Connor se afastou dele. — Eu conversei com o Guilherme e acreditamos que o melhor pra você é ir passar um tempo com ele em San Francisco.

— Ir embora de Chicago? — Gustavo o olhou.

— Sim, mas isso é só se você quiser ninguém vai te obrigar a nada — Connor falou e Gustavo se sentou no sofá.

— E as aulas? Já estou quase me formando — Gustavo olhou e Connor se sentou do lado dele.

— Guilherme pode conversar com a diretora de um colégio e explicar a situação.

— O que você acha?

— Qualquer decisão que você tomar eu vou te apoiar — falou Connor. — Se você quiser ir morar com ele eu vou ficar do seu lado mas se decidir ficar aqui eu também vou te apoiar.

— Eu quero ir — falou Gustavo. — Ficar nessa casa sem a Tayla e a Ayla não está me fazendo bem.

— Vou falar com o Guilherme e eu irei até o colégio pegar sua transferência e você tem que prometer não quebrar a mandíbula de mais ninguém.

— Ele ficou tão mal assim?

— Digamos que os pais não gostaram nada de ver o filho com o rosto cheio de hematomas e com o maxilar fraturado — Connor o olhou com um olhar de reprovação.

— Desculpa Connor — Gustavo o olhou. — Eu peguei um pouco pesado com ele.

— Tudo bem eu vou pagar o tratamento do garoto e eles não vão prestar queixa contra você — Connor disse. — Eu sei que não devia dizer isso, mas você tem uma direita impressionante.

— Obrigado — Gustavo riu. — Aprendi com o Guilherme.

— Mas agora que você vai fazer dezoito anos em breve tem que se controlar para não ser preso por agressão, entende?

— Vou me comportar e acredito que esse tempo longe de Chicago vai me fazer bem.

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O Preço Da Felicidade - séries HAPPINESS - Concluída Onde histórias criam vida. Descubra agora