𝟎𝟑

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A dor e o sofrimento se tornaram parte da vida de Helena desde muito jovem, e com o tempo ela aprendeu a lidar com isso, mas sempre dói. O peso de tudo o que passou sempre esteve com ela, principalmente agora, de volta à Beacon Hills.

Enquanto caminhava, algo chamou sua atenção. Olhando mais à frente, Helena viu um tronco de árvore imponente, com marcas antigas gravadas em sua casca.

— Gente, acho que achamos — diz Helena, fazendo todos olharem para a frente, focando no tronco.

— O que a gente devia fazer em relação ao Argent? — pergunta Malia, visivelmente tensa.

— Sem chance de ter sinal de celular aqui, mesmo se ele tiver respondido, não dá para saber — responde Scott, franzindo o cenho, preocupado.

— Temos que fazer isso agora, não podemos esperar — argumenta Lydia, determinada.

— Mas é a filha dele. Ele quer ver isso, ele quer estar aqui — diz Scott, tentando manter o controle da situação.

— Ele mesmo disse que precisava ser esta noite. Ele não ia querer que a gente esperasse — lembra Helena, olhando diretamente para Scott.

Malia suspira, cansada, e olha para Eli, que observava tudo atentamente.

— E você? Não tem nada para fazer? — pergunta Malia, tentando afastá-lo da situação.

— Tenho, tenho que jogar uma partida de lacrosse, na verdade tá mais para aparecer lá... já que eu nunca aprendi a jogar — Eli responde casualmente, mas todos o olham com surpresa.

Helena, impaciente, cruza os braços.

— Certo, Eli, agora volta para casa. Eu falo com seu pai sobre te ensinar a jogar lacrosse depois, mas agora, vai. Antes que eu mesma chame seu pai e conte sobre mais algumas aventuras suas. — A voz dela estava firme, deixando claro que não era hora de brincadeiras.

Eli hesita por um momento, mas antes de ir, lança um olhar provocador para o grupo.

— Tá, eu vou... Mas acho que vou contar pro meu pai que vi vocês aqui — Eli diz com um sorriso travesso, provocando Scott, Lydia e Malia.

Antes que alguém pudesse reagir, Helena dá um passo à frente, seu rosto sério, quase sombrio.

— Eli... Não conta nada para o seu pai — ela diz com uma calma que só aumenta a tensão ao redor, seus olhos fixos nos do garoto. — Isso é mais sério do que você imagina... e é pessoal. — A forma como Helena disse isso fez o ar parecer mais pesado, como se houvesse algo mais por trás de suas palavras.

Eli engoliu em seco, percebendo a seriedade do que estava acontecendo.

— Tá... Eu não conto. — Ele diz com um tom mais sério, sentindo o peso da situação. Ele deu meia-volta e começou a sair do bosque.

Assim que Eli desapareceu, Scott se aproximou do tronco de árvore e, sem dizer uma palavra, tirou um punhado da terra onde Allison havia morrido. O silêncio entre eles era quase ensurdecedor, uma mistura de ansiedade e medo tomava conta do grupo.

— Tá... E agora? — pergunta Malia, impaciente, observando Scott.

— Estão me olhando por quê? Eu não escrevi as instruções! — Lydia responde, exasperada.

— Escreveu sim. Você literalmente escreveu — Malia rebate, arqueando uma sobrancelha, e Helena dá uma risada baixa, completando:

— Nós entendemos o que você falou, Lydia. Relaxa.

Lydia suspira, levantando a espada que matou Allison e o punhado de areia. Assim que o ritual começa, um vento forte atravessa o bosque, balançando as árvores com violência. Eles se seguram uns aos outros, tentando resistir à força do vento.

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⏰ Última atualização: Oct 15 ⏰

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