Capítulo Extra VII

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Os anos se passaram tão rápido que fiquei chocado. Já haviam se passado seis anos. Os dez anos que o Cálice tinha voltado, tudo estava normal.

Meu relacionamento com Jin-Hoo estava perfeito. Já tínhamos assumido para nossas famílias. Minha mãe sorriu, e disse o mesmo que na outra linha do tempo, para levar ele jantar conosco, meu pai apenas perguntou se eu estava feliz, e então sorriu, Jin-Ah me zuou bastante, dizendo que Jin-Hoo ou era burro ou cego de namorar com um “feioso e brutamonte" como eu.

Os pais de Jin-Hoo não deram muita bola, disseram que enquanto eu fizesse bem para o filho deles, eu seria bem-vindo.

E se dependesse de mim, Jin-Hoo nunca teria um momento ruim na vida, eu quero preservar muito a alegria e felicidade dele.

Eu já tinha vinte e quatro anos, se for falar na idade que eu deveria ter, considerando o ano em que estávamos, já que se for considerar minha idade por ano de vivência, eu teria uns quarenta. E bem, eu era tão rabugento quanto um velho.

Eu estava na casa dos Yoo. Eu tinha passado a noite ali, e hoje teríamos que ir para a casa da minha mãe, porque teria um jantar em família.

Eu tinha me mudado para um apartamento, mas ainda estava mobiliando, então, eu dormia mais aqui do que no meu próprio apartamento.

Jin-Ah queria apresentar formalmente o namorado dela. Spoiler. Eu não gosto do indivíduo.

—Amor, tire essa carranca da cara, uma hora ou outra Jin-Ah iria ter um namorado – Jin-Hoo terminou de fechar a camisa social preta que usava, eu revirei os olhos fazendo o menor rir

—Eu sei, mas ela podia ter arranjado um namorado um pouco mais… Adequado – pontuei indignado, fazendo ele rir mais uma vez – pare de rir! – bufei

—Jin-Woo, ela não é mais uma criança. Deixa ela ser feliz – andou até mim, abraçando meu pescoço

—Você não entende, aquele cara não é flor que se cheire – resmunguei contrariado

Aquele cara era um delinquente nato, minhas sombras já flagraram ele assaltando várias lojas pequenas, e ele já foi para a delegacia, por causa das mesmas sombras que viram ele roubando lojas, então eu sabia quem era.

—Mesmo assim. Olha, se ele magoar a Jin-Ah, eu juro que deixo você fazer o que quiser com ele. Fechado? – eu concordei, ainda contrariado pela situação – certo, tem certeza que eu deveria ir? Digo, é um jantar em família, e é algo mais íntimo entre vocês – ele voltou a encarar o espelho.

Penteando os fios castanhos com calma.

—Você sabe que faz parte da família, e minha mãe quer que você vá também. Sem contar que eu quero fazer outra coisa – deixei no ar, sorrindo pequeno – você está lindo, baby – ele corou levemente

—Idiota! – revirou os olhos.

Meu celular apitou, e como estava em cima da cômoda, nós dois pudemos ver no visor de quem era a mensagem.

Pelo reflexo do espelho, vi Jin-Hoo revirar os olhos, e crispar os lábios, ri fraco com a reação.

—Ainda com esses ciúmes, Jin-Hoo? – peguei o celular – ela é só minha amiga, eu já te expliquei.

—Amigo de cu é rola, Jin-Woo! – ele cruzou os braços, passando por mim e voltando para o closet.

Ele começou a mexer nos cabides até pegar outra camisa, dessa vez vinho, ele desabotoou a camisa preta que usava e vestiu a escolhida.

—Meu pau sabe disso – provoquei, recebendo um dedo do meio e um rosto corado do meu namorado

—Sinceramente, até mesmo a Joohee notou que essa maldita é afim de você, o único tapado que insiste em dizer que são só amigos é você! – arrumou a gola da blusa, irritado

❝𝐍𝐚̃𝐨 𝐅𝐢𝐪𝐮𝐞 𝐁𝐫𝐚𝐯𝐨❞, 𝗦𝗢𝗟𝗢 𝗟𝗘𝗩𝗘𝗟𝗜𝗡𝗚Onde histórias criam vida. Descubra agora