Noite do pijama

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A sobrinha de Rose veio passar o fim de semana com ela. Então a mesma pediu a minha ajuda para organizar uma festa do pijama, vamos fazer uma noite de filmes.

- Rose você simplesmente não pode deixar que uma criança de dez anos saia por ai pegando oque quiser no mercado.

 - Qual o problema Léo? Olha só como ela está se divertindo!

Olho para o lado e vejo Luísa  pegando tudo que é guloseimas e salgadinhos de pacote.

- Amália nunca deixa essa menina comer coisas de criança. Ela fica com essas besteiras de que tem que ter uma alimentação saudável e que esses alimentos prejudicam até a saúde mental blá blá blá. Nossa mãe nunca se importou em nos dar doces. Sempre me esbanjei neles.

- Amália está mais que certa. Por isso você é meio maluca da cabeça. - Não aguentei e comecei a rir.

- Não vi nenhuma graça nisso não em... eu sou muito responsável. - Rose fala convencida.

- A você é? Então onde está a menina?

Rosemary olha para mim com uma cara de espanto. Visivelmente preocupada.

- Puta merda...

[...]

Depois de quase dez minutos procurando Luísa, avistamos ela conversando com um homem estranho.

Rosemary começa a correr em direção a eles.

- Saí de perto da criança seu pervertido! - Rose afasta Luísa para atrás dela.

- Calma moça! Eu só queria saber onde que fica a parte dos cereais.

- E por acaso ela tem cara de quem trabalha aqui?

- Não...

- Foi oque pensei! Vamos Luísa.

Acho ela meio louca porem é ótima com as crianças. Sinceramente não sei porque ela pediu a minha ajuda já que ela daria conta de tudo. Não estou colocando Rose em um pedestal nem nada, é que realmente essa mulher é incrível. Tenho certeza que outras mulheres morreriam para ser Rosemary. Já eu no caso morreria para ter ela sempre ao meu lado.

- Qual o seu problema?

- Tá me olhando com essa cara de bobo. - Rose fala brincalhona com um enorme sorriso no rosto.

- Estou apenas admirando a sua beleza.

Ela me olha e novamente fico perdido em seu olhar. Eu já citei como o olhar dela é hipnotizante?

Quando recuperei o meu ar depois de me afogar em seus olhos, percebo que ela está começando a ficar vermelha! Merda, merda, merda, merda.

- Bom, apenas tome cuidado para não se apaixonar então. - Ela me lança uma piscadela e sai de perto de mim empurrando o carrinho de compras, e claro, Luísa. 

Eu diria que isso foi apenas paranoia da minha cabeça mas amigos não olham para amigos desse jeito...

- Léo, você esta bem? Tá viajando no mundo da lua hoje é?

- Desculpa, eu só estou pensando muito.

- Então para de pensar e vamos pagar isso para irmos pra casa comer marshmallows! - Rose começa a me sacudir enquanto fala com sua voz de monstro. (uma voz grossa e arranhada)

[...]

- Vai tio Léo! É sua vez!

- É que eu não sei cantar muito bem Luísa...

- Você é meu amigo, pode me chamar de Lulu agora. Mas só se você cantar.

Luísa começa a sorrir com aquela sorriso sapeca.

As cartas que não enviei para RoseOnde histórias criam vida. Descubra agora