MINHA PRIMEIRA VEZ COM UM DESCONHECIDO

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Ninguém me disse que a vida seria fácil. Mas o que são os problemas do dia a dia na frente da enrascada que fui me enfiar. Eu tenho espírito aventureiro, amo viajar, visitar lugares exóticos, culturas diferentes. Sou bem mente aberta pra tudo, mas tem uma coisa que eu fico me perguntando se eu aceitaria.

Um sultão pode ter várias mulheres e elas aceitam de boa, não sei se eu dividiria um marido com outras mulheres. Definitivamente não. Não dividiria.

Em uma das minhas viagens eu fui parar numa ilha afastada de todas as ilhas próxima a Coreia. Nem no mapa está, apenas a lancha onde eu estava parou a poucos metros do local, e eu que achei que tinha combustível extra o suficiente para voltar. Lancei a âncora, peguei um bote inflável e fui até a ilha. Assim que pisei na areia puxei o bote até deixá-lo totalmente fora da água, não queria correr o risco de perder o bote, ainda mais no frio que estava fazendo. Olhei em volta e nada mais que mar, areia, mata fechada, vento e muito frio. Caminhando mais para perto das pedras, encontrei ossos de animais, espinhas de peixes, carcaça de um bicho que parecia um javali?

Subi as pedras e ao chegar no topo vi um animal imenso, ele estava dormindo tranquilamente, sua pelagem melanínica brilhava mesmo sob a sombra da árvore que incrivelmente nasceu entre as pedras. O felino de grande porte, era uma pantera, e meu Deus, ele tinha cinco vezes o meu tamanho. Uma bocada daquele ser e eu literalmente viraria papinha.

Sem fazer um ruído sequer, fui descendo as pedras bem devagar, não queria que o "gatinho" acordasse, não mesmo. Eu já estava na areia e tive a brilhante ideia de bater as mãos para tirar o sal e areia que grudou em minhas mãos ao me apoiar nas pedras para descer, quando ouvi um ronronar grave. Tremi da cabeça aos pés e me virei bem devagar vendo o felino em pé. Ele me encarava e lambia seu próprio focinho, provavelmente cheio de água na boca e cheio de vontade de saborear seu café da manhã. Eu.

Dei alguns passos devagar para trás e a fera descia as pedras lentamente, aquele andar elegante mas que com certeza só tinha um pensamento, me devorar. Num impulso desesperado corri em direção ao bote, eu tinha a certeza que aquele animal ia me pegar, mas eu tinha que tentar. Foi quando de repente, enquanto eu corria, olhando para trás, esbarro em alguém. O impacto foi forte e só não caí porque o homem me segurou apenas com um braço e o outro ele Gritou esticando para direção da fera.

??? - Pare! - a fera parou mas ficou em posição de ataque. Olhei para cima, afim de ver o rosto da pessoa que estava ali me segurando com tanta firmeza. - Volte pro seu lugar, agora! - falava firme, com semblante sério e desafiador, logo a fera deu as costas e saiu andando devagar voltando para as pedras. - Você está bem? - disse me olhando e eu continuava o olhando surpresa. - Ele te machucou? - se afastou de mim me olhando da cabeça aos pés.

S/N - Não, você apareceu na hora certa. - o vi respirar fundo e sorrir, pude notar as belas covinhas nas bochechas dele, ele era simplesmente lindo, usava uma calça e uma camisa manga longa preta. Não entendi muito bem, um homem, usando aquele tipo de roupa numa ilha. Será um turista? - Qual é seu nome?

??? - Kim Namjoon. - estendeu a mão e quando peguei na mão dele, a virou e beijou. - E o seu?

S/N - S/N. - eu estava encantada com ele.

Namjoon - Vamos sair daqui, estamos muito expostos. - caminhamos até uma casa feita de bambu e palha, muito bem feita por sinal. - É simples mas aconchegante.

S/N - É linda, e os móveis todos de bambu. - olhava e tocava em tudo admirada. - Você quem fez?

Namjoon - Tive ajuda. - sorriu.

S/N - Ah, mora mais gente com você?

Nesse momento vi um homem alto, ombros largos, cabelos até os ombros bagunçados, labios carnudos e rosados, parecia um boneco de porcelana.

AS SETE MARAVILHASOnde histórias criam vida. Descubra agora