Boston - 1999
Suzanna Collins anda lentamente, tentando aproveitar cada segundo com sua filha recém-nascida antes de ter que abandoná-la, ela sabe o que a espera, e não quer o mesmo para sua filha. A dor que ela sente é imensa mas ela sabe que é o certo a se fazer.
Lágrimas escorrem de seu rosto, lágrimas de pura tristeza e dor.
-O mundo é tão injusto! - Ela murmura.
Ela vê que está chegando ao seu destino e o seu choro aumenta, cada passo em direção àquela casa era como uma agulha perfurando seu coração.
Ela olha para a pequena bebê em seu colo, dormindo tranquilamente, e ganha forças para continuar.
-Tenho que pensar no bem de meu bebê, não posso levá-la comigo, vai ser o melhor para ela, ela vai ter uma vida feliz.
Ela chega na porta da casa e toca a campainha. Um garotinho de provavelmente 8 anos abre a porta. Então Suzana se lembra que é Thomas, filho de sua amiga.
-Quem é você? - Thomas pergunta.
-Sou amiga de Paola, ela está aí?
-A mamãe está no banho, mas já deve estar saindo. - Até que Thomas olha para o bebê em seu colo e pergunta: -É sua filha?
Suzana se apavora e não sabe o que responder, até que Paola aparece nas escadas de roupão e com uma toalha na cabeça.
-Thomas! Por quê não convidou minha amiga para entrar? Ande, vá guardar seus brinquedos. Suzana, entre por favor, está um frio congelante aí fora e não queremos que nosso bebê fique doente não é mesmo?
Suzana concorda, entra e acompanha Paola até a sala de estar.
-Bem, Paola, como já conversei com você, preciso partir, você sabe meus motivos. O combinado era de eu vir daqui uma semana mas precisei me apressar, você não deve estar preparada para acomodar o bebê então trouxe o essencial. Confio muito em você e sei que vai fazer de tudo para cuidar bem dela, sei o quanto queria ter mais uma criança.
-Já preparei tudo para a pequena, não faltará nada para ela, Suzana. Só quero te pedir mais uma coisa.
-O quê?
-Sei o quanto ama esta criança, mas, se vou criar ela como minha filha você nunca mais poderá vê-la novamente. Te garanto que ela será amada e terá uma vida feliz, mas ela só será realmente feliz se achar que sou a verdadeira mãe dela. Sou adotada, e por mais que tenha gostado de saber a verdade admito que teria sido bem mais feliz se não soubesse disso.
-Oh, bem, acho que já imaginava isso e não pretendo voltar, apenas proteja minha filha, quero que ela tenha uma vida boa, por favor, é só o que te peço.
Dito isso, Suzana entrega sua filha à Paola e vai embora, sabendo que deixou a coisa mais importante de sua vida para trás.
Seu bebê.
Seu sangue.
Sua filha.
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Vamos Ser Heróis
FantasyJulie nunca se sentiu parte de um grupo, nunca se apaixonou, nunca errou, nunca acertou, nunca se arriscou, nunca foi feliz. Até que um dia sua prima lhe propõe uma aventura e sua vida muda para sempre. Ela descobre que existem pessoas com super-pod...