Oh! cher français?

OCF, prologue

Ah, Coréia do Sul.
o país da minha família paterna, Je manque mon père...

Eu estou indo morar nesse país e sinceramente, eu nunca fui para lá!
Eu nasci e cresci na França, nunca sai de lá até porque, não tinha motivos, pelo menos até agora não...

Meu pai está com câncer.

Eu não tive reação quando soube disso, foi como se meu mundo tivesse parado e agora estou relembrando todas as memórias Avec mon père.

Eu nem me apresentei corretamente, perdão. Me chamo Park Founier Jimin, mas me chamem só de Jimin.
Eu tenho 27 anos e moro na França, em Paris ou.. pelo menos morava não é?
Tenho formação em Administração e Danças modernas, sou secretário de uma grande empresa francesa, mas tive que sair pois preciso cuidar de mon père.

O avião finalmente pousa e eu agradeço mentalmente, meus ouvidos não iam durar muito - vou junto com meu assistente pessoal até a esteira pegar minhas malas. - Antonie Piquet é meu assistente pessoal, ele é meus olhos e ouvidos para tudo, posso dizer que com o que ele me conhece, ele é meu melhor amigo.

Assim que pegamos nossas malas, vamos até a saída do aeroporto.

- Monsieur Park voudrait-il que je demande la limousine privée de la famille Founier? - Antonie pergunta.

("o senhor park gostaria que eu solicitasse a limosine particular da família Founier?")

- Pas besoin, je ne veux pas précipiter mes parents pour me recevoir, commandons car, ok?

("não se preocupe, não quero apressar meus pais para me receber, vamos pedir um carro de aplicativo, ok?")

- ok, je vais demander la voiture et je pense que ça ne prendra pas longtemps monsieur, excusez-moi.

("ok, vou pedir o carro e creio eu que não vai demorar muito a chegar senhor park, com licença.)

Antonie saí e me deixa sozinho, logo eu sento no banco e espero.
Pensar em tudo o que vem acontecendo desde que recebi a notícia que meu pai havia adoecido me deixa cansado.
Eu só queria que ele estivesse bem e que pudéssemos tomar um café juntos na padaria boulangerie patisserie na França.

Será que ele vai ficar bem?
E se ele não sobreviver?
E se ele quiser que eu assuma os negócios da família Founier?
E se ele não conseguir me reconhecer depois de um tempo?
Eram tantas perguntas e tão poucas respostas. As vezes eu daria de tudo para que eu pudesse saber o futuro que me aguarda.

Logo Antonie me avisa que o carro havia chegado, então acabo indo mesmo que pensativo.
É de perceber-se que minha família tem bastante dinheiro, e pra falar a verdade, somos podres de ricos.
A família Founier é muito conhecida na França por conta da empresa de design de meu pai, a Founier Design é uma grande empresa e focada principalmente na área de designs de roupa.

Meu pai esperava que eu assumisse a empresa, entretanto não quero ser um presidente que fica sentado o dia todo e não faz nada, queria ter um currículo impeccable! e foi isso o que eu fiz, adquiri experiência na área de administração e dança, mas meu pai insistiu tanto para que eu trabalhasse na empresa que eu aceitei, mas com a condição que eu trabalharia somente como secretário.

Não demora muito tempo para chegarmos na casa de minha família, logo que chego sou recebido com curvaturas e empregados me seguindo afim de agradar o filho do presidente Founier.
Assim que piso os pés em casa, vejo mamãe na sala e assim que seus lumes cansados pousam em mim, ela me olha com ternura e no fundo... com tristeza.

Posso dizer que o amor mais puro e belo que eu vi foi com o da mamãe e do papai, ela o ama tanto quanto ele a ama. Eles são lindos juntos.
Ver minha mãe tristonha e abatida é de deixar o coração partido, dói tanto ver mamãe desse jeito.

- mon fils, você veio mesmo! - diz tocando em meus ombros delicadamente

- É claro que eu vinha mamãe, o que acha que eu sou? - tento soar divertido para descontrair o clima triste daquela casa

Ela dá uma leve gargalhada, que me deixa feliz.

- Eu só não esperava que você viesse filho. Seu sotaque francês é uma graça! - diz dando um sorriso de leve

- ah mamãe, não se fala coreano na França não é? - digo soltando uma risada gostosa.