Tocando agora: Eu estive aqui - Ludmilla.
"Eu vou sair com os amigos sem ter hora pra chegar
Passo tudo no cartão, mas nem sei como vou pagar
A minha morte, olha, eu não sei quando vai chegar
Tenho pressa de viver, eu tô aqui pra aproveitar!"
O grupo estava em volta de uma mesa enquanto o grupo do SIBC tocava samba, pagode e às vezes até um sertanejo. Agora eles estavam tocando alguns sucessos do Numanice, da cantora Ludmilla, um prato cheio para os amigos já que todos eles adoravam aqueles álbuns e sempre que podiam iam prestigiá-lo.
Alec: eu vou buscar mais um balde - ele gritou em direção as meninas, apontando para o balde vazio em cima da mesa - budweiser?
Rebeca: pode ser até brahma! - ela berrou de volta, olhando para o amigo. Parisa e Anahí estavam alheias, dançando animadamente ao som da música.
Como esperado, o SIBC estava lotado. As pessoas cantavam, dançavam e bebiam muito animadas. O clima estava ótimo, a música no tom ideal e o ar condicionado, por incrível que pareça, estava dando vazão para o calor de janeiro. Rebeca também estava igualmente animada, mas sempre atenta ao seu redor, o faro de caçadora procurando qual seria a vítima da noite.
"Meus pais,
meus amigos
e tudo que eu deixar
Eu vivi, eu amei, eu sorri, eu chorei
Eu estive aqui"
O público entoava com força a letra da música enquanto Rebeca encarava um grupo de rapazes a sua direita. Eles conversavam entre si com as long necks de cerveja na mão e ela avistou um loiro do tipo surfista do meio deles. O rapaz deu uma pausa na fala e seus olhares se encontraram, com Rebeca sustentando o olhar.
A loira sorriu e estendeu sua cerveja em sinal de brinde. O rapaz fez o mesmo e levantou as sobrancelhas, chamando-a levemente com os dedos. Ela sorriu de lado, dando um gole da sua bebida e se inclinando para falar com as amigas.
Rebeca: eu já volto - ela falou alto o suficiente para ser ouvida - vou... ao banheiro.
Anahí: TA BOM - a morena berrou de volta, começando a se alterar pela bebida. Rebeca já havia saído antes mesmo dela terminar a frase.
Parisa: Nossa, estou me sentindo inchada. Já devo ter bebido uns 4 litros de cerveja - ela fez uma careta enquanto depositava a garrafinha de vidro vazia na mesa. Já havia um balde cheio por ali e Alec estava à margem conversando com conhecidos.
Anahí: Nem me fale - ela respondeu, terminando a sua com um último gole, imitando o gesto de Parisa e pegando mais duas no balde. Abriu girando-as na saia do vestido e entregou outra para a amiga - Eu era feliz quando bebia só destilados.
Parisa: olhe só a Rebeca... - ela apontou para a amiga aos beijos com o loiro que havia trocado olhares. Anahí se virou para olhar e deu uma risada - ela não perdeu tempo!
Anahí: E está errada? - questionou - olhe só pra mim, há anos praticamente beijando a mesma boca e perdendo meu tempo com aquele traste - bufou, ainda encarando a amiga — mas agora eu vou virar o jogo, Paris!
Parisa: é isso aí, Any! - ela levantou a garrafinha, brindando com a amiga — A viradas de chave!
Anahí: E digo mais! - disse meio enrolada, ainda terminando de beber o líquido. Ela continuou falando com a amiga um pouco mais alto para sobrepor a música - Eu vou beijar todos que eu tiver afim... nem que seja o primeiro que apareça na minha frente! - a fala saiu alto demais pois a música havia acabado e a banda se preparava para começar a próxima, arrancando risadas de umas pessoas próximas.
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Samba de Verão
Romance"Foi num samba De gente bamba Que eu te conheci..." Bons amigos, empregos do sonhos, uma vida estável e a falta de um bom amor. Anahi e Alfonso tinham mais em comum do que poderiam imaginar. Ela não estava procurando, e ele também não. Mas se achar...