- 𝐎𝟏

163 16 4
                                    

É como o sangue

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

É como o sangue...

Que se deslizava pelos seus dedos contornando o caminho da grama esverdeada se endurecendo com o vento que passava entre o seu corpo a fazendo relembrar os ferimentos abertos que demoravam a se curar enquanto estava jogava no meio daquela densa floresta.

A lua iluminava algumas áreas em que a escuridão permitia, enquanto os seus olhos visualizava a sua imensidão logo acima de si. Cada parte escura que ela possuía a fazia se lembrar do sangue no corpo de alguém quando enfiava uma espada em áreas diferentes formando buracos pela qual não podiam se curar e com isto vinha algo em que todo o mortal não poderia escapar.

O Fim...

Era algo a se pensar para a garota de olhos vermelhos, o que era mesmo o fim? Estava ali a muito tempo, estava ali se erguendo e retornando ao mesmo lugar sempre, todos os dias, todas as horas e toda vez que abria os seus olhos observava a lua logo acima de si como se estivesse a observando. A pequena garota de olhos vermelhos que sempre se encontrava na floresta a encarando como se esperasse algum milagre para ela.

O fim desta guerra...
O fim da sua vida....

Qualquer uma serviria, mas, por algum motivo estava inerte, não conseguia desviar a sua atenção da lua. O vento adentrava nas suas narinas e ia até os seus pulmões e por fim escapavam pela sua boca entre aberta. Seus dedos não acompanhavam o comando que ela lhe transmitia, seus pés continuavam no mesmo lugar tendo as pontas apontadas para cima e por fim perceberá que estava paralisada enquanto a lua em si estava no mesmo lugar como se estivesse em uma noite eterna.

Poderia sentir a saliva deslizar pela sua garganta seca enquanto sentia os seus nervos e os ossos da sua cabeça começarem a latejar. A lua em si começava a aumentar de tamanho quase cobrindo todo o céu noturno onde ela agora viraria o destaque entre milhares de estrelas e constelações. A dor aumentava cada vez que encarava o tamanho da lua, um ruído surgia na sua cabeça a fazendo de imediato na sua face, uma careta aparecer pela dor que estava a sentir.

Chegará o ponto em que a pequena garota não conseguia ver o céu noturno além da própria lua a sua frente. Sua respiração começou a ficar falha, algo crescia dentro do seu peito quando parecia que a própria lua estava ali para por o fim no seu sofrimento, mas, a voz que surgiu ecoando como trovões pelos quatro céus chegará ao seu ouvido rasgando qualquer barreira que possuía por ali, o silêncio ficou presente quando a voz pronúnciou. A voz calva, macia e que atraia ela para aquele satélite que era apenas presente na noite, tudo ao seu redor em reverência, ficou em silêncio como sinal de respeito para que a pequena garota pudesse escutar.

- Seu nome é Elissabeth.

E assim... No momento em que ela conseguiu abrir os seus labios... ela despertou.

Lady do Caos | O Carmesim da NoiteOnde histórias criam vida. Descubra agora