- 𝐎𝟐

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   Havia uma massa de corpos a sua frente, queimando, gritando enquanto a fumaça subia aos céus vermelho

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   Havia uma massa de corpos a sua frente, queimando, gritando enquanto a fumaça subia aos céus vermelho. Sangue estava espalhado pela terra abaixo dos seus pés impregnando as suas narinas sentindo o cheiro de enxofre misturado ao desespero de muitos que corriam a procura de um abrigo.

     As chamas infernais ocupavam a sua visão na maior parte de onde ela encarava, o som de correntes chegavam aos seus ouvidos a fazendo olhar para baixo vendo os prisioneiros a encararem como se fosse um monstro. Aqueles que já ouviram falar das suas conquistas pelos anéis mas, que estando a frente a responsável pelos boatos os faziam sentir dores nos seus joelhos, latejando como se os obrigasse a se ajoelhar perante a presença daquela que segurava a cabeça que antes era o senhor do local.

    O sangue negro se deslizava pela sua face pálida até o limite onde pingava e ia em direção a sua mão a manchando. O vento seco lhe cortava fazendo a tonalidade tão negra do seu cabelo flutuar deixando a sua visão mais impotente para aqueles abaixo de si.

   Aquela visão, era a mais perversa que chegava a sua mente, todos aqueles que não a aceitavam estavam ajoelhados perante sua presença. Todos aqueles que a atrapalharam estavam caídos, ensaguentados e mortos sendo jogados no abismo das chamas do próprio inferno.

   Diria que ali era a visão do inferno se não estivesse nela naquele momento. Todos aqueles que estavam acorrentados estavam a encarando com pavor no olhar como se aqueles olhos carmesim os fizessem se lembrar de alguém muito tempo antes de ter desaparecido, a sua presença, o seu olhar, aquilo fazia eles retornarem as suas lembranças do pavor que era o desafiar, onde, até mesmo, os próprios overlords não levantavam um dedo.

   Ela estava com vontade de dar as costas, descansar e fingir que não estava banhada de sangue negro que escorria desde a sua face até os seus pés. Fingir que não estava no meio daquele confronto por um trono vazio. Ela encarava o último que a enfrentou de pé e com ódio no olhar se negando a se ajoelhar.

   Ele cuspiu mostrando o seu desprezo pela presença dela antes da mesma em si fazer algo uma lança fora fincada no joelho do demônio que urrou de dor. Da face da garota, ele apenas recebeu uma face apática mostrando que ela não se importava qual seria o destino daquele que se manteve em pé.

— Senhorita? O que irá fazer com ele? —  Perguntava aquele que possuía um sorriso de diversão ao seu lado enquanto perguntava. O divertimento de guerra e sangue era o que os alimentava, o prazer do sofrimento na espécie mais fraca era o que os fazia serem demônios e a garota sentia um forte desejo de vomitar por todo aquele cenário.

   Rapidamente olhava ao redor vendo que todos aguardavam a sua sentença contra o malfeitor. Lentamente, a saliva se deslizava pela sua garganta como navalhas a perfurando por dentro indicando o que era para ela fazer após todo sangue que ela derramou.

Ela deveria o matar.

    Aquilo a fez fechar os seus olhos por um momento para ouvir o bater do seu coração, ela contava calmamente os batimentos em si como se aquilo a acalmasse e a fizesse relaxar com as seguintes ações que ela faria. Ela desceu do seu cavalo que bateu a sua pata no chão acinzentado a espalhando balançando a sua cabeça no aguardo para ela montar no mesmo novamente.

Lady do Caos | O Carmesim da NoiteOnde histórias criam vida. Descubra agora