IX CAPÍTULO: "O REENCONTRO DE VERDADE JÁ"

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IX CAPÍTULO: "O REENCONTRO DE VERDADE JÁ"

《Michel Narrando》

Eu não era culpada, apenas não me recordava de nada.

Queria poder lembrar. Queria poder saber o que aconteceu.

Queria saber quem eu era. Queria saber quem também ele era.

Queria que tudo o que passou me viesse em tona e eu pudesse saber o que realmente aconteceu comigo.

Mas enquanto isso não acontecesse, eu não podia continuar naquele porão, tinha que me retirar o mais rápido possível, antes que o pior me acontecesse.

Subi em meu carro e fui de volta para casa, mas quando lá cheguei do nada senti uma dor de cabeça e as memórias de 8 anos atrás me vieram em como se fosse um flash que tivera me sido conectada.

Parei o carro de forma brusca, e notei o grande erro que acabara de cometer. As lágrimas caíram, pois a emoção era tanta.

Era difícil de lidar com tudo aquilo de uma só vez, foi como se um milagre tivesse acontecido e conectando-me ao meu passado.

Eu percebi que ele não era apenas o homem dos meus sonhos e nem o do capucho em meu casamento, mas ele era realmente o homem da minha vida.

A quem um dia fizemos juramento de juntos ficarmos independentemente das circunstâncias.

Eu não sabia se continuava a chorar de emoção, ou se voltava para o porão.

De coração no peito e o volante na mão, virei o carro e corri aos seus braços. Eu sabia que o devia uma explicação.

Era muita emoção para contemplar a minha alma. Era muita coisa para o dizer, mas primeiro eu precisava ficar calma.

Eu precisa organizar as palavras, pois tremula estava. Não sabia o que diria e nem se ele me ouviria.

Mas mesmo assim confiante de quê aquele acidente não tivera sido o fim do nosso namoro bandido.

Nem ao casamento podia-me deter naquele momento. Nem tempo, nem falta e nem ao arrependimento.

Uma prostituta carregada de desejo e vontade, nem mesmo a própria santidade podia deter.

A alta velocidade corria para os braços do meu homem, lá onde sempre me senti livre e segura.

Quando lá cheguei, não soube como entrar. Ele estava parado na porta e mesmo assim não temi.

Marlon: - O que veio fazer aqui?

Mil coisas se passaram pela minha cabeça, mas de todas elas nenhuma respondia a sua questão. E então, nem as próprias palavras podiam explicar aquela tensão.

O peguei fortemente! - E sim, o agredi com os meus beijos. Ele não resistiu e sedeu a mesma agressão. Até ao último homem não resistiria aos dotes de uma prostituta.

O empurei para dentro e ao sofá todo esburacado caímos.

Foi algo louco, louco como ele e perverso quanto eu.

Quando dizem que o amor trilhara os nossos caminhos, se referiam ao momento em que nada mais importa se não for o momento em que ambos estão entregues um para o outro.

As nossas bocas se uniram e os nossos corpos se grudaram. As suas mãos me tocaram, e os nossos olhos se cruzaram.

No momento ambos dissemos sim. E tudo se consumou. De tarde do dia anterior até ao amanhecer do novo dia.

"Quando O Amor E O Prazer Se Cruzam, Nem Ao Tempo Os Conseguem Deter."

MOTIVOS PERVERSOS 2Onde histórias criam vida. Descubra agora