Triplo C

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Ao longe, o sinal tilinta

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Ao longe, o sinal tilinta. Fico esperando que o menino novo se junte às outras crianças na corrida para ver quem chega primeiro à sala da srta. Mildred, porém, ele permanece onde está.

— Posso te acompanhar até a classe? — a pergunta me pega de surpresa.

Concordo com a cabeça.

— Ei, espera! — Tobias chama, vindo atrás de nós.

Estou a um passo de me virar e mostrar a língua para ele, mas sei que fazê-lo apenas o instigaria a me atormentar ainda mais.

Sem diminuir o ritmo, o menino o encara por cima do ombro.

— Por que não procura outra pessoa para perturbar e deixa a... — Voltando-se novamente para mim, ele murmura: — Ainda não sei o seu nome.

— Claro que sabe, eu te falei — Tobias retruca.

O menino o ignora.

— Então, como você se chama?

— Frini. Frini Prunella Pirrip.

Ele inclina a cabeça para o lado, um sorriso lento se desenhando no rosto bonito.

— É um pouco diferente.

— É o nome de uma flor, a minha avó que escolheu.

— É nome de passarinho — Tobias assobia, imitando o canto de um pássaro.

Dou a ele um olhar irritado.

— Não é nada.

— É sim.

— Por que você precisa ser tão chato, hein? — o menino pergunta.

— Melhor ser chato do que ser um bobão.

— Acontece que você é os dois. ─ Para a minha surpresa, Tobias não retruca, embora na primeira oportunidade chute uma caixinha de suco vazia contra a panturrilha do menino, que respira fundo, tentando manter a calma. — A minha avó também tem nome de flor, ela se chama Poppy, o meu avô encheu o jardim de papoulas por causa dela.

Todos os Universos Possíveis - Opostos 4 Onde histórias criam vida. Descubra agora