Capitulo um

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Fui abandonada quando tinha três anos. Por coincidência, sorte ou azar, fui deixada na porta de um cientista. Minha mãe me abandonou por medo das coisas que eu podia fazer. Nasci com "poderes", se assim posso chamá-los. Aprendo tudo muito rápido, controlo fogo, água, terra e ar; é como se meu corpo tivesse resistência a tudo. O cientista, chamado Tom, estudou-me de todas as formas possíveis, sempre respeitando meu espaço. Eu diria que o considero um pai.

Quando fiz dez anos, ele me apresentou a um amigo envolvido em um projeto chamado Avatar, o Dr. Philip. Meu pai logo se interessou, e assim conheci Philip. Meu pai me fez mostrar tudo que eu sabia para ele, e vi em seus olhos o mesmo brilho que vi nos de meu pai quando cheguei em sua casa. Eu era o melhor rato de laboratório que qualquer cientista poderia querer. Eu era única, nasci com uma cor rara de cabelo, branca como papel, que, dependendo do dia, ficava mais loira. Papai disse que minha vida mudaria e que eu me tornaria genial.

Desde aquele dia, muita coisa mudou. Fui para um centro de ciências e tecnologia com meu pai e Philip. Eles eram meus pais e amigos, treinaram-me de todas as formas e me prepararam melhor que ninguém para o projeto Avatar. Aprendi fluentemente a língua dos Na'vis, e sua cultura era algo que me prendia. Papai tinha que me tirar da tela toda vez que eu começava a ver todas as espécies e coisas que tinham lá. Eu iria para o Projeto Avatar Três.

Papai me contou a história de pessoas gananciosas que queriam tirar tudo de Pandora sem empatia ou responsabilidade. Ele e Philip estão trabalhando duramente para tentar mudar a relação dos nativos conosco, o que anda bem difícil depois que o segundo projeto foi interrompido por pessoas gananciosas e um militar em específico, causando a segunda guerra dos humanos contra os Na'vis. Philip diz desde meus dez anos que eu tenho que me preparar para o dia que eu partir, e isso sempre foi algo que achei que seria fácil. Mas agora, vendo o quanto eu adoro ser a Nerd caçula de todos os cientistas, me dá um aperto. Eu teria que deixar essa vida para trás. Meu sonho sempre foi Pandora, e agora que falta apenas um dia para eu entrar na nave e ir para Pandora... ansiosa? Saí dos meus devaneios com a voz do meu pai.

"Você acha que vou me sair bem?" Vi um vislumbre de sorriso nascer em seu rosto. "Se alguém pode conseguir paz entre os nativos e os humanos, com toda certeza esse alguém é você." Eu odiava guerras e nunca apoiava a matança. Jamais usaria meu poder para algo ruim, e me alivia muito saber que caí nas mãos de Tom quando era apenas uma criança. "Obrigado, Tom." Ele sorriu e falou: "Para você, será apenas um piscar de olhos; para mim, seis anos."

Para chegar em Pandora, eu seria congelada de certa forma. Acordaria lá, depois de seis anos, com a mesma aparência, como se só tivesse tirado um cochilo. Meu coração se apertava só de pensar que nunca mais veria Tom, Philip e todos os cientistas que cuidaram de mim e de toda a minha evolução. "Vou sentir saudade, pai." Vi os olhos de Philip se encherem de lágrimas. "Minha garotinha vai voar." Eu dei uma risadinha com o trocadilho e o abracei. "Você precisa fazer o último teste." Pulei da cadeira na mesma hora e perguntei: "Estão chegando a uma resposta?" Ele negou, dando de ombros. "A gente vai ver se você é compatível com o ar de Pandora sem máscara." Eu o encarei curiosa, seria bem prático não precisar de máscara. "Então vamos logo, já estou com sono, e eu vou querer ajudar com os exames." Papai riu. "Você vai ter 6 anos de sono, relaxa." Eu dei uma gargalhada com sua piada horrível e bati em seu ombro. "Vem logo, velhote." Ele me encarou indignado e negou com a cabeça, me seguindo até a sala de testes.

Para variar, o oxigênio era compatível com o meu corpo; parecia que nem tinha mudado. Philip, como sempre, comemorou dizendo que nunca iria se acostumar com isso. Fui dormir depois de dar um abraço em todos que cuidaram de mim e me ajudaram. Demorei mais que o normal para dormir; só conseguia pensar que "amanhã" eu conheceria o lugar que eu literalmente vivi para conhecer.

Acordei com o despertador e praticamente pulei da cama indo vestir a roupa que eu separei ontem, algo básico e legal, uma regata colada e meu coque do dia a dia. Saí para a área organizada para o voo, já sabendo que encontraria Tom e Philip lá. Depois de muitos abraços e palavras que ficariam carinhosamente guardadas em minha mente, eu me sentei na cadeira da nave e esperei as ordens. Já fizemos essa aula um milhão de vezes. Em umas cadeiras afastadas, observei meu amigo Norm, que parecia estar se cagando de medo. Não irei julgar, estou igual... tipo, caralho, OUTRO PLANETA, vamos manter a calma.

"Todos coloquem o cinto, a não ser que queiram morrer." Revirei os olhos com a grosseria desnecessária. Odeio gente grossa; meus pais sempre falaram que eu sou muito sensível e choro por pouca coisa, e eles não estão tão errados. Geralmente tento evitar ser na frente de alguém; humilhação desnecessária. _Iremos 'congelar' vocês agora, assim que acordarem em Pandora, não levantem de primeira,  vocês acordarão extremamente enjoados._ Eu concordei mentalmente, lembrando que o professor falou isso muitas vezes. _Quantos anos a mocinha tem?_ Vi a cientista que me levaria a ser congelada perguntando. _17, senhora._Ela sorriu simpática. "Que novinha, a senhorita deve ser muito inteligente." Eu sorri orgulhosa e concordei. "Agradeço." Ela assentiu, e poucos minutos depois, tudo virou uma tela preta.

Senti algo em meu nariz, e meu corpo esquentou na hora, colocando fogo no algodão com álcool. Meus olhos se arregalaram junto com os do moço que me acordou. "Meu Deus, me desculpa, moço." Ele me encarava em choque sem falar nada. Eu esperei alguma reação nos próximos 2 minutos. "Não levante ainda, senhorita Zaya." Eu assenti, mas me sentia completamente bem. Não queria assustá-lo, então esperei os outros levantarem e fui na direção de Norm. "Caralho, Zaya, faz 6 anos que eu não te vejo." Eu ri de nervoso e falei. "Eu tenho 23 anos, que diabos?" Ele riu e falou. "A gente continua igual, então irei fingir que nada mudou; eu continuo tendo 26, e você 17." Eu concordei, pensando que parece que eu só tirei um cochilo.

Fomos chamados para ir conhecer o centro de pesquisa de Pandora. Eu observava tudo, me sentindo uma criança em uma loja de brinquedos. Nos apresentaram os lugares essenciais, e agora eu estava prestes a entrar no meu quarto. Abri e vi um quarto todo branco com uma cama espaçosa, um guarda-roupa que tinha espelho nas portas e uma porta que levava para o banheiro. "Eu vou precisar decorar isso." Senti o famoso frio na barriga ao pensar que seria meu quarto pelos próximos anos. Desfiz minhas malas e coloquei algumas fotos e meu notebook em uma mesinha que tinha aqui. Depois de tomar um banho e deitar cansada, apaguei. Senti algo em meu nariz e meu corpo esquentou na hora colocando fogo no algodão de tinha álcool, meus olhos se arregalaram junto com o do moço que me acordou_meu deus, me desculpa moço_ele me encarava em choque sem falar nada, eu esperei alguma reação nos próximos 2 minutos_não levante ainda, senhorita Zaya_eu assenti, mas me sentia completamente bem, mas não queria o assustar então esperei os outros levantarem, e fui na direção de Norm_caralho Zaya, faz 6 anos que eu não te vejo_eu ri de nervoso e falei_eu tenho 23 anos, que diabos?_ele riu e falou_ a gente continua igual, então irei fingir que nada mudou, eu continuo tendo 26 e você 17_eu concordei pensando que parece que eu so tirei um cochilo. Fomos chamados para ir conhecer o centro de pesquisa de Pandora, eu observava tudo me sentindo uma criança em loja de brinquedo, nos apresentaram os lugares essenciais e agora eu estava preste a entrar no meu quarto, abri e vi um quarto inteiro branco com uma cama espaçosa, um guarda roupa que tinha espelho nas portas e uma porta que levava para o banheiro_eu vou precisar decorar isso_e senti o famoso frio na barriga de pensar que seria meu quarto pelos próximos anos, desfiz minhas malas e coloquei umas fotos e meu notebook em uma mesinha que tinha aqui. Depois de tomar um banho e deitar cansada, e apaguei.



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