Chapter X

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Alissa Flashback

Eu tinha sete anos quando vi o primeiro comensal da morte. Eu estava lá, sentada no jardim na parte de trás da minha antiga casa. Meu pai viajará a trabalho, e eu estava com meus avós maternos, minha mãe tinha saído para ir ao mercado.

Eu brincava sozinha com os papéis e giz de cera mágicos que papai havia me trazido de sua última viagem. Aqueles que eu poderia ter a cor que quisesse só de pensar nela. Era o melhor presente que eu tinha ganhado na minha curta vida até esse momento.

– Alissa! Entre, já está ficando tarde. - minha avó gritava da porta dos fundos. – Já vou, vovó. - respondi sem a menor intenção de entrar, continuei rabiscando o castelo em minha folha.

Já estava quase anoitecendo, o dia ensolarado já tinha ido embora a algumas horas atrás. Mas a claridade ainda pairava brevemente pelo jardim, que em sua frente tinha uma vasta floresta com árvores imensas em um tom de verde escuro, verde musgo.

Eu planejava entrar quando as primeiras estrelas aparecessem, eram minhas favoritas.
De repente as coisas escureceram muito mais que o normal, e vi uma grande nuvem de fumaça preta descer rapidamente do céu ao chão a poucos metros de mim, dando vista para um ser alto, com uma máscara horripilante e uma capa preta que ia dos ombros até quase os pés. E uma bengala em sua mão esquerda, preta com detalhes prateados.

Eu fiquei hipnotizada, parada. Como se por algum tempo eu não soubesse como me mexer, e aquele ser se aproximava cada vez mais, até que tirou sua varinha de dentro de sua bengala, eu sabia que ele faria algo, e tudo que eu podia fazer era aceitar.

Me encolhi entre meus próprios braços esperando o que viria a seguir.

Expelliarmus!

Ouvi um feitiço em um latido e a varinha do homem de capa preta voou para longe. Olhei na direção oposta e vi meu pai, pronto para o ataque.

– Papai! - gritei chorando e corri para seus braços. Mas eu sabia que não acabaria aqui.

– Vá para dentro, Alissa! Corra! - Regulus gritava pra mim e eu o obedeci, antes de entrar pela porta dos fundos da casa vi o ser mascarado pegar sua varinha novamente e lançar outro feitiço, e vi meu pai revidar. Meus avós não estavam a minha vista então apenas corri para baixo da minha cama e esperei que meu pai aparecesse.

Após algum tempo, a porta do meu quarto foi bruscamente aberta, reconheci pelos sapatos que era meu pai, mas hesitei.

– Princesa? - ouvi sua voz suave e então ele se abaixou para me olhar por baixo da cama. Seus olhos fundos e seu nariz sangrando, suas roupas rasgadas. Sai com pressa de baixo da cama o abraçando.

– Quem era aquele? - perguntei entre soluços.

– Um comensal da morte, um leal do você sabe quem. Mas ele já foi embora, meu bem. - meu pai disse me segurando pelos ombros e olhando em meus olhos. – Está tudo bem agora. - ele disse por fim e me deu um beijo na testa.

E naquela mesma noite, minha mãe sofreu um acidente de carro que causou sua morte.

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Acordei em um susto com o pesadelo que acabará de ter, de quando eu tinha sete anos. Uma das minhas piores memórias, que eu guardava a sete chaves, nem mesmo Dafne sabia disso.

Last Secret | Draco Malfoy Onde histórias criam vida. Descubra agora