Chapter XIII

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Alissa Flashback

Depois da minha discussão inútil com Draco eu só queria enfiar a cabeça no meu edredom e chorar, porque por mais que eu odiasse a forma dele agir e dizer as coisas, talvez ele estivesse certo. Eu ando completamente cega por Fred, a ponto de ter deixado no esquecimento meus dois melhores amigos que nunca abriram mão de mim. Que fracasso.

Sai andando pelo corredores ligando de minuto em minuto para Dafne, até que a loira atendeu.

– sim? - ouvi a voz rouca de sono do outro lado da linha.

– Pensei que tivesse morrido.

Falei com preocupação em minha voz.

– E eu pensei que estivesse ocupada demais para lembrar de mim. Pensei que era o Riddle me ligando essa hora.

Grengrass falou em um tom sarcástico.

– Me perdoa Daf. Será que podemos conversar? Eu sinto muito pelos últimos meses.

Respondi, arrependimento inundava minha voz. Eu era uma canalha.

– Não sinta, se arrume para ir até a mansão Malfoy comigo e os garotos mais tarde. Os pais de Draco estão fora para resolver questões no ministério da magia. Acho que o resto você já sabe.

Dafne disse firmemente, isso era uma boa ideia? Eu e Malfoy quase nos pegamos na porrada a algumas horas atrás.

– É....

– Não aceito não como resposta. Até.

Dafne não me deixou terminar e desligou, vadia. O que eu faria? Preciso do perdão dela e de Blaise, mas tive uma richa com o dono da mansão. Essas coisas só acontecem comigo?

E o que Fred pensaria sobre isso? Quer dizer, ele nunca gostou de nenhum deles mesmo. E ele não pareceu preocupado comigo hoje mais cedo...

A única alternativa que sobrou foi pedir desculpas para Malfoy, mas que porra Grengrass.

Andei novamente pelos corredores do castelo, o céu ficava cinza conforme a tarde caia, provavelmente uma chuva estava por vir. Andei até as masmorras decidida a bater na porta do loiro. Mas o que eu diria?

Então desculpa por você ter me magoado?
Olá Draco, será que podemos se resolver só porque quero ver minha melhor amiga na sua mansão?

Eu odeio minha vida. Sério.

Eu estava na frente da porta, tomando ar e uma pequena dose de coragem para ir em frente. Talvez uma poção de felix felicis me fizesse bem agora. Mas acho que nem sorte líquida poderia ajudar a lidar com este dragão.

Parei de enrolar e bati três vezes.

– Seja quem for, vaza.

Ouvi a voz do outro lado da madeira.

Eu não podia dizer que era eu, porque aí sim ele não abriria, bati novamente.

– Está surdo? Não quero ver ninguém. Nem mesmo Blaise.

O dragão estava ficando furioso.

Last Secret | Draco Malfoy Onde histórias criam vida. Descubra agora