Voltaremos pra casa.

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Fomos nas casas de todos eles mas ninguém Sabe de nada, e se sabem estão com medo de contar.
- Você percebeu que ele só matou apenas uma mulher!
- É, porque tantos homens?
- Será alguma vingança?
- Não sei..
- Eu vi um chuveirinho de All Star lá na casa! Será que tem algo haver?
- Acho que não! Chaveiros vendem em qualquer esquina.
- É verdade! Isso é bobagem minha.

Voltamos pro Hotel.
Fomos até a piscina e sentamos com os pés dentro d'água.
- Você gosta mesmo de mim? - Eu perguntei.
- Sim! - Kevin me respondeu.
- O que pode provar isso?
- Você adora provas!
- O que seria da gente sem elas?
- Você não pode seguir seu coração?
- O coração machuca! Se seguimos ele, podemos acabar caindo num precipício!
- Mas, esse precipício pode ser feito de marshmallows?!
- Ah, que coisa gay!
- Ok, vamos supor que sejam penas.. e então..
- Odeio penas!
- Você é difícil!
- Agora que você descobriu isso?
- Não! Desde o momento em que falei com você no avião já sabia que você era uma pessoa difícil!
- Hum..
- Então vamos usar travesseiros!
- Ai sim! Está falando minha língua!
- É sério! Olha, lá pode tá o seu amor, escondido entre tantos travesseiros..
- E esse amor seria você? - Eu disse rindo.
- Sim! - Ele respondeu.
- Você deve dizer isso pra todas!
- Todas?
- É, todas as garotas que você conhece! Você é meio lerdo em!
- Não! - Ele disse rindo. - Você é diferente, você faz com que eu tenha sentimentos inexplicáveis, eu sinto que temos um laço muito forte! Eu te amo Adie! Minha marrentinha! - Ele concluiu.
~ Eu sorri e nos beijamos.
Eu queria que aquele momento nunca acabasse.
- Eu te amo Thomas! Eu te amo!
- O que? - Ele perguntou.
- O que?
- Você me chamou de Thomas! Thomas é seu namorado?
- Ex!
- Não parece que é ex!
- Me desculpa, é que é tudo muito rescente!
- Tudo bem.. eu só fiquei surpreso na hora, mas eu te entendo...
- Eu terminei com ele um dia antes de eu vir pra cá.. e eu sinto que meus sentimentos por ele ainda são fortes! Me desculpe por dizer isso, mas sou completamente honesta com quem eu gosto. E eu não queria ser sua amiga, porque você é um cara legal, e passando tempo demais com você, eu sabia que acabaria nisso. E agora eu amo você!
- Isso é incrível! Não é?
- Sim! É.. mas... eu também amo o Thomas. Me desculpe por isso.
- Tudo bem. Mas, porque vocês terminaram? Se você ainda ama ele, o que aconteceu de tão ruim que foi mais forte que o amor de vocês?
- Só me promete que mesmo se um dia você o conhecer não fará nada com ele?
- Por que eu faria?
- Só me promete?!
- Ok, eu prometo! Mas porque eu faria algo com ele?
- Porque, ele é filho do Maurício Jenz!
- O que?
- Ele sabia desde sempre que o pai dele era um assassino, mas, não sabia que tinha sido ele que tinha matado o meu pai. Ele não vê o pai desde pequeno, quando ele soube que o pai dele era assassino ele disse ao pai que não queria saber dele. Desde então eles nunca mais se viram.
- Já que ele é inocente, porque vocês terminaram?
- Porque.. bom... porque ele poderia ter me contado que o pai dele era um assassino!
- Mas ele é inocente!
- Para um cara que gosta da mesma menina que ele você está defendendo muito o Thomas né!?
- Sim, você é linda, eu te amo, mas, se ele é inocente você está sendo injusta com ele!
~Pensei..
- Será?
~ Ele concordou e me beijou.

Ele parou o beijo e perguntou:
- O que você faria se encontrasse com o Maurício Jenz?
- Eu mataria ele! Se não, ele me mataria!
- Eu não posso deixar..
- O que? Não pode deixar o que?
- Você está matando aula Adie?
- Estou!
- E sua mãe?
- Ah! Ela não estuda mais.
- Engraçadinha, estou perguntando o que ela acha disso?!
- O que ela acha, eu não sei, mas são 100% de chance da não gostar disso!
- Com certeza... Ainda não acredito que ela deixou você vir!
- Ela não deixou!
- Você fugiu?
- Sim, eu fugi e deixei uma carta pra ela, pra tranquilizar um pouco né.
- Meu Deus! A sua mãe deve estar louca atrás de você!
- Porque? Ela sabe que estou bem.
- Mas ela sabe o motivo de você vir?
- Sabe!
- Você contou pela carta?
- Sim!
- Você disse pra onde ia?
- Não!
- Isso não se faz Adie!
- O que foi?
- Você quer matar sua mãe do coração?
- Não! Por isso só deixei uma carta!
- Isso foi ainda pior!
- Ah! Não exagera também né..
- Adie, o que sua mãe disse no telefone, quando você ligou pra ela?
- Pediu pra eu voltar, disse que era muito perigoso, disse tudo isso chorando..
- Você está causando mais dor na sua mãe! Ela já perdeu o seu pai! Imagina perder você!
- Mas, e você?
- Eu? Eu o que?
- Aposto que sua mãe também não gostou nada, nada de você ter vindo pra cá!
- Mas, a gente ta falando de você!
- Na verdade você está falando de você mesmo! Escute você! Me dando toda essa bronca, mas na verdade ela é pra você!
- Ela é pra você!
- Na verdade é pra nós dois!
- O que a gente ta fazendo aqui? A gente vai acabar virando assassinos iguais a ele! - Kevin disse.
- Eu me odiária por isso! - Eu falei. - Meu pai deve estar muito chateado comigo, ele deve estar em paz, e pra ele, na verdade, tanto o meu pai quanto o seu, pra eles ficarem bem, a família deles tem que estar bem. No caso, a gente... - Eu conclui.
- Vamos pra casa? - Kevin perguntou. - A Polícia cuida disso! - Ele concluiu.
~ Levantou e estendeu a mão para eu levantar também.
~ Pensei por uns segundos.
- Ok!
~ Dei a mão pra ele e levantei.
- Eu só queria que isso, que a morte dos nossos pais não ficasse em vão!
- E não vai! A gente vai conseguir colocar esse cara na cadeia, vamos ter respostas, mas sem arriscar a vida da nossa família! E arriscar a nossa liberdade! Se um de nós matasse ele, seriamos assassinos também, e poderíamos ser presos, ou condenados a morte.
- Esse homem que vai ser condenado a morte quando pegarem ele!
- Isso! Quando pegarem ele! Deixe ele com a Polícia!
- Mas a gente tem que ajudar de alguma forma!
- E vamos, vamos ajudar eles ficando em casa com a nossa família!
~ Assenti com a cabeça.

Concordei, mas como ele não me conhece, eu não vim até Boston atoa!
- Eu vou.. vou comprar um café, você quer? - Eu perguntei.
- Sim! Quer que eu vá com você?
- Não.. nasceu grudado em mim?
- Ok, eu fico e você vai! - Ele disse rindo.

Chamei um táxi, pedi pra que ele me levasse até a delegacia, chegando lá vi uma estagiária então eu fiz:
- Pissiu.. Pissiu.. menina!
- Tá falando comigo? - Ela perguntou.
- Não, com o papa! Vem aqui! Rápido! Sem chamar atencão! - Eu disse escondida atrás da porta.
- O que foi? - Ela perguntou.
Percebi que ela colocou a mão na cintura.
- Eu só quero te entregar uma coisa. - Eu falei.
Vi ela levantando a arma e rapidamente eu levantei as mãos..
- Calma! É só um caderno com algumas anotações!
- Pensei que fosse uma bomba! - Ela disse abachando a arma.
- Pior que é!
- O que? - Ela falou e rapidamente apontou a arma pra mim novamente.
- Isso é só um modo de dizer.. ôô menina burrinha em.. - Eu comentei.
- Eu tenho uma arma, você tem um caderno, e está me desafiando! E ai, quem é burrinha? - Ela disse.
- Sou eu se eu não me explicar direito! - Eu falei.
- Exatamente! - Ela disse.
- Então, eu achei esse caderno, ele é do Maurício Jenz, o assassino!
- Como você conseguiu isso?
- Não importa! É só que a Polícia é muito lenta, vocês enrolam de mais!
- Aonde você encontrou isso? - Ela perguntou novamente.
- Não interessa! Só entregue ao delegado! É muito importante! Pode acabar ajudando vocês de alguma forma!
- Só me diz aonde você achou!
- Eu não vou dizer! Só me promete que vai entregar ao delegado!
- Não prometo nada a quem eu não conheço!
- Só, entregue isso ao seu chefe! Por favor!
~ Ela concordou com a cabeça.
- Não atire em mim quando eu virar as costas em, confio em você! - Eu disse.
~ Saí correndo.

Terei que confiar naquela garota.. Meu Deus.. será que ela vai entregar mesmo? Ela tem que entregar, ela é da Polícia e isso vai ajudar eles de alguma forma. Tenho que acreditar que tudo vai dar certo. Eu tinha que fazer isso.. eu não vim aqui pra nada..
Entrei no táxi, pedi pra que ele parasse em uma cafeteria, comprei dois cafés e fui pro hotel.
- Nossa você demorou! - Kevin disse.
- É que estava com uma fila imensa! - Eu falei.
- Ata. - Ele concordou e deu um gole no cafe.

Arrumamos as coisas. Amanhã iremos embora..

- Não acredito que estou voltando! Eu disse pra minha mãe que eu só voltaria com respostas! - Eu falei.
- Mas ela vai ficar muito mais aliviada de te ver sem respostas e viva!
- Você tem razão, isso que eu fiz foi uma loucura!
- Foi! Se você tivesse contado pra ela aonde você iria, seria mais fácil!
- Mas você também não contou pra sua mãe!
- Mas eu disse que viria a trabalho! Então eu não deixei minha mãe morrendo de preocupação! Ah, e eu ainda falei pessoalmente e não por carta!
- Para de ser dramático!
- Eu? Você que fez besteira!
- Era melhor eu nem ter te contado!
- Foi melhor você me contar sim! Agora nós dois estamos fazendo a coisa certa!
- É...
- Olha, eu fiz a coisa errada, mas ao mesmo tempo a coisa certa. Eu nunca deveria ter vindo pra Boston e ter deixado minha mãe sozinha ela e minha irmã são as pessoas mais importantes da minha vida! E o bom de eu ter vindo pra cá, foi porque eu te conheci e agora eu sinto que eu tenho que te proteger, e cuidar de você!
- Eu sinto o mesmo!
~ Nos beijamos.
- Vocês querem alguma coisa? - A aeromoça perguntou.
- Sim! Eu quero! - Eu falei.
- Pois não, o que a senhorita deseja?
~ Olhei pro Kevin, e eu disse pra aeromoça.
- Eu to querendo ir pra lua, só que sem foguete porque eu tenho claustrofobia! Que pra sua informação estou me segurando pra não ter um ataque aqui! Tem algum modo de eu ir pra lua sem foguete, mas sem eu morrer?
- Olha senhorita eu perguntei se a...
- Pode deixar que eu realizo o desejo da minha amiga aqui! Obrigado! - Kevin disse pra aeromoça.
- Porque você fez isso? Ele perguntou.
- Porque você, fez isso? Tirou ela daqui! Eu fiz uma pergunta a ela, esperava que ela me respondesse!
- Mas ela perguntou se você queria...
- Ah, eu gosto de ver pessoas em situações engraçadas!
- Mas, se fosse com você, aposto que não gostaria!
- Nunca aposte comigo! Eu levo as coisas a sério meu querido!
- Eu sou seu querido agora?
- Não.. é que..
- Gostei!
~ Corei.

DeterminedOnde histórias criam vida. Descubra agora