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Narrador

Sina estava numa coletiva de imprensa respondendo algumas perguntas na praia naquela manhã, era a sua primeira depois do havaii.

— Sina, agora algumas perguntas mais pessoais ok? — O assessor disse e ela assentiu.

— Você vai pra escola? — uma moça disse apontando o microfone para mim.

— Eu estudo em casa, tenho meus professores e estudo como qualquer um mas a diferença é que durante a tarde eu estou aqui surfando e treinando.

— Quem é a sua maior inspiração? — um senhor idoso perguntou.

— Meus pais e Bethany Hamilton. — ela disse.

— Quem é sua melhor amiga?

— Bem, eu tenho duas. Any Gabrielly e Nour Ardakani.

— Você tem namorado? — ela ouviu a voz familiar e sorriu com a pergunta.

Ele não tinha microfone, nem nada, apenas uma garganta disposta a gritar.

— Não, e nunca namorei. — ele sorriu vitorioso.

— Você acredita no amor? — uma criança perguntou.

— Acho que sim, não sei, nunca amei alguém.

— Sina, você pretende ter filhos?

— Com quantos anos quer casar?

— Seus pais deixam você sair muito?

Muitas perguntas começaram a aparecer inclusive algumas não muito legais, então deu assessor inventou uma desculpa deixando-as para outro dia.

Quando acabou a coletiva, ela ouviu passos na areia atrás dela.

— Parece que alguém anda me perseguindo.

Noah revirou os olhos.

— Então vou embora. — ele ameaçou sair mas ela segurou seu braço pela jaqueta preta.

— Idiota. — ela riu mordendo o lábio inferior.

Noah reparava em cada detalhe no rosto da surfista, os cabelos soltos com pequenas tranças em algumas mechas, a mecha rosa, a pele branca mas bronzeada, ela era natural.

Naturalmente perfeita.

— Você quer dar uma volta? — ele perguntou e ela riu.

— O que você quer dizer com dar uma volta? — ela entortou a cabeça.

— Não sei, você só descobre quando sobe na minha moto. — ele piscou e ela desviou o olhar envergonhada.

Ela pensou por uma fração de segundo.

Olhou para sua casa e viu sua mãe na sacada falando com o seu pai com caras não tão boas.

— Tenho que falar com meus pais primeiro. — ela disse e ele sorriu.

— O bebê da mamãe. — ele encrencou e ela revirou os olhos. — Quer que eu ajude?

your black jacket | noartOnde histórias criam vida. Descubra agora