your black jacket | noart

7

Narrador

O dia da competição regional havia chegado, e para piorar, Sina foi colocada na categoria adulta devido à sua técnica e foi avisada somente no dia da competição.

Ela sentiu um toque em seu ombro que a fez virar-se para trás.

— Noah! — ela o abraçou e ele a deu um cheiro no pescoço. — Que bom que você está aqui.

— Claro que eu estaria aqui. — ele sorriu fazendo-a sorrir.

Ela posicionou as mãos em seus ombros e ele a puxou pela cintura aproximando os corpos.

Ele selou seus lábios em um selinho rápido.

— Estamos evoluindo, só...tenha paciência. — ela disse e ele fez uma cara confusa.

— Eu nem disse nada. — ele falou enquanto ela se desvencilhou dele começando seu aquecimento.

— Mas eu sei que deve ser insuportável ter que ficar fazendo vários nadas com uma pirralha. — ela começou alongando os quadris nas laterais.

— Você não é pirralha. — ele disse. — E eu respeito o seu tempo sem problema algum, não é como se eu fosse morrer por não fazer certas coisas.

— Mas eu sei que você preferiria alguém que pode te dar o que eu não posso. — ela se abaixou alongando sua coluna, Noah a observava

Ele se posicionou bem atrás dela para que nenhum tarado a observasse.

— Você é bem flexível né? — ele disse impressionado com o jeito que ela abraçava os joelhos e ela riu ainda abraçando as pernas.

— Mais do que você imagina. — ela disse e ele jurou ter sentido uma pontada no saco.

Sina continuou seu aquecimento e Noah viu de canto de olho os pais de Sina se aproximando.

Sebastian e Noah fizeram um cumprimento com as mãos e Alex foi logo para o abraço.

— Não conseguimos ajeitar a sua categoria amor, você vai ter que competir nessa mesmo. — Alex disse enquanto prendia o cabelo da filha num rabo de cavalo enquanto ela aquecia os abraços.

— Tudo bem. — ela respirou fundo e Noah a observou.

Sina parecia nervosa e desanimada mas não tinha muito o que se fazer, ela já havia ganhado o primeiro lugar dessa competição umas dez vezes, os técnicos acharam melhor que ela tentasse outra categoria.

Sub 18 era muito fácil para ela.

O nome de Sina foi anunciado no microfone, ela respirou fundo e pegou sua prancha.

— Sereia, boa sorte. — ele falou antes dela dar um estalinho em seus lábios.

— Obrigada. — ela respondeu. — Benção mãe, benção pai.

Noah tirou a jaqueta procurando algo que havia deixado em seu bolso e o pai de Sina franziu o cenho.

— Quantas tatuagens você tem?

— Umas seis? — ele respondeu mais como uma pergunta para si mesmo, ele não sabia.

O pai de Sina ergueu as sombrancelhas e fingiu normalidade aplaudindo a entrada da filha no mar.