"Eu sou o monstro das histórias que os pais contam para seus filhos à noite."
"Uma aberração... é assim que as pessoas me retratam em reportagens. Elas têm medo de todo esse caos que habita dentro de mim."
"Mas quem disse que os monstros não merecem...
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(Boa leitura❤)
Ano de 2011. Sérvia, Antiga e última base da Hydra.
— SENHORITA WANDA...VOCÊ JÁ PODE ENTRAR PARA PODERMOS INICIAR O EXPERIMENTO . — a voz nem um pouco convidativa e afável do suposto cientista ecoou pelo pequeno cubículo escuro que Wanda estava, a fazendo estremecer e seus olhos verdes transitarem ao redor, procurando saber de onde vinha o chamado assustador. Aquela caixa apertada, denominada elevador, lhe causava um sentimento horrível de claustrofobia e um frio em sua espinha. Com mínimo espaço para se locomover e principalmente ar para respirar de maneira adequada. E também o frio denso que fazia no local, para a pobre garota vestindo apenas panos maltrapilhos que não esquentavam seu corpo e mal cobriam sua pele. Ela envolveu os braços no próprio tronco, como resposta. Buscando amenizar o frio, buscando interromper os dentes rangendo e tremulando pelo clima estarrecedor.
Quando as portas do elevador abriram e apresentaram um ambiente vazio, escuro e sem ninguém, ela arregalou os olhos temorosa a respeito do que viria em seguida e involuntariamente deu passos contrários, não querendo entrar. Estava em um lugar desconhecido, com pessoas esquisistas e Pietro não estava ao seu lado, o que piorava todo o seu nervosismo e tensão nos ossos. Ela não queria entrar alí, não tinha um pressentimento bom. Algo não estava certo. Algo iria acontecer. Aquela decisão acarretaria sérias consequências no futuro. Só que a garota não tinha ideia, até então. A curiosidade de Wanda só fora despertada quando uma luz azul brilhou de forma ofuscante no local antes iluminado apenas por uma lâmpada falhando e vazio. Uma luz que banhou o lugar e o tornou brilhante, vivo. Uma pedra azul era a causa. Uma pedra azul envolvida em um suporte dourado, um cetro. Era inevitável não soltar suspiros de admiração com aquele objeto novo que parecia chamar por ela no momento que arriscou colocar os pés para fora do elevador e entrar na sala.
— Para iniciarmos o experimento, precisamos que toque a amostra, senhorita Maximoff...— Escutou novamente o cientista lhe dando instruções com rastros de impaciência no tom da voz e insinuando a suposta joia cintilante— ela continuava sem saber de onde a voz vinha já que estava sozinha naquela câmara, ou melhor com um belo artefato alí também, lhe fazendo companhia — Primeiramente ficou estagnada e com os pensamentos emaranhados em uma linha confusa de raciocínio, simplesmente tinha que tocar a joia? Apenas isso? — Senhor, tenho que recorda-lo que nenhuma cobaia sobrevivera ao contato com a joia e...— Repentinamente a voz do homem foi mutada antes que ele continuasse seus argumentos. De fato, aquele detalhe era algo para ser mantido no sigilo para não espantar as cobaias, o que obviamente não funcionou. Wanda sentiu o coração galopar no peito, o pânico corroer suas entranhas e contorcer seu estômago vazio.
