surpresas

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-O Não não não não por favor negativo- aos 22 anos Penelope podia se considerar ou um gênio ou uma burra, um gênio pois era adiantada 2 anos na escola, entrará pra faculdade 2 anos antes (e largou a faculdade que a mãe queria pra seguir seu sonho) e sempre tinha as melhores notas, consiguira um ótimo estágio e falava 4 línguas, saiu cedo da casa da mãe, aos 17, consiguira um bom emprego, claro que ela teve apoio de amigos, a mãe de sua melhor amiga Eloise sempre a acolheu como uma filha mas claro que Penelope não iria querer depender de ninguém, mas ela era burra também, porque, como é que uma pessoa que passou 22 anos de sua vida sendo prudente faz sexo sem camisinha e engravida em uma unica ficada, o pior podia ter sido com um cara que ela estivesse namorando ou com alguém que ela tivesse visto uma única vez mas foi com ele... justo ele? Por Deus aquilo so podia ser um castigo, se sentirá culpada depois daquela noite perfeita mas 5 semanas depois quando a menstruação atrasou e os enjoos começaram o desespero bateu- por favor- ela fechou os olhos suspirou e abriu... dois tracinhos, positivo

.......

- eu ainda estou procurando um propósito... você não ficou assim quando o Benedict largou a faculdade de direito pra estudar arte, nem todo mundo nasceu pra usar um terno igual você- argumentou colin se defedendo

- Não estou pedindo que trabalhe com oque você não quer, so que seja responsável, você tem 27 anos colin, precisa tomar um rumo na vida, o Benedict largou a faculdade de direito pra seguir os sonhos dele e você largou a de letras pra... viajar, tudo bem mas por anos? Eu te amo e quero o seu bem, eu vou te apoiar em tudo maninho- disse Anthony com a voz calma depois do sermão que tinha dado- agora eu tenho uma reunião importante

- Da empresa?- perguntou colin

- da escola, Hyacinth foi suspensa... de novo a mamãe pediu pra eu ir resolver dessa vez, pensa no que eu falei- e ele saiu fechando a porta

Colin olhou pela janela, ele realmente queria tomar um rumo na vida dele so não sabia por onde começar
-ah foda-se...

....

Penelope enxugou as lágrimas, era uma aluna esforçada, tinha um estágio incrível apesar da chefe ser uma vaca mas não ganhava tão bem assim, ela tinha que manter um apartamento que era o maximo que podia pagar como alimentaria outra pessoa? E o tempo? Ela estudava e trabalhava 24 horas por dia, por Deus ela se dedicou tanto e agora... amava aquela criança que nem tinha nascido e não via a hora de ter aquele bebê em seus braços, ela deu um sorriso pro espelho, seria uma mãe melhor do que a que ela teve, se formaria em 1 ano, com boas indicações conseguiria um bom emprego, claro que no começo eles dois podiam ter que viver sem muito luxo mas estava tudo bem amor não faltaria aquele bebê... seria mãe solo e tudo ficaria bem, teria que ficar pois ela não tinha outra opção, não contaria ao pai de seu bebê, seria egoísmo da parte dela, ele podia considerar aquilo um atraso pra vida dele e ela não queria esse peso sobre o filho dela, nem sobre ela, tocou o ventre e refletiu, realmente daria tudo certo

1 mês despois

- interditado? Como assim interditado?- gritou Penelope ao chegar de uma consulta do médico e ver seu apartamento inundado

- o prédio é velho... infiltrações como essas acontecem moça, sinto muito mas esse apartamento não pode ser habitável pelos próximos meses, terá que retirar suas coisas daqui hoje mesmo- disse o senhorio

-moço, eu eu não tenho pra onde ir, minha família mora em outra cidade, eu estou grávida e eu acabei de ser assaltada, estou sem celular, sem cartão

-sinto muito, são regras, leis

E lá estava Penelope, a noite tendo que procurar um lugar pra ir, arrumou as malas o mais rápido que pode, não tinha muita coisa

-os livros, são o mais importante, junto com você é claro- falou com o bebê, ela tinha adquirido essa mania, de conversar com o filho que nem tinha nascido ainda- posso por em caixas e...- ela parou quando sentiu o estômago roncar- estamos com fome não é? Muito bem, vamos até o mercado ver oque achamos- a geladeira estava vazia, e ela não podia pedir uma pizza ja que estava sem celular, tinha um pouco de dinheiro na bolsa- acho que é o suficiente pra fazer sanduíches para nós- disse ela acariciando o próprio ventre, no caminho do mercado Penelope pensou se podia pedir ajuda pra alguém em seu atual estado apesar de adorar a família da melhor amiga não podia pedir nada a eles agora pois estava esperando um filho do irmão de sua melhor amiga, fechou os olhos e lembrou como aconteceu aquela única noite, conhecia colin desde criança mas ele sempre fora apenas o irmão de sua melhor amiga, estudaram na mesma escola e tudo, ela vivia enfurnada na casa dele e ele foi o crush dela, naquela noite a 2 meses atrás depois de ser liberada mais cedo do trabalho ela passou na frente de um bar... estava cheia da insuportável crescida que era a editora chefe da revista que Penelope estagiava, ela so conseguira aquela cargo por ser filha do dono e humilhava a todos, Penelope resolveu que precisava beber muito, talvez flertar com alguém e quem sabe...

- olha só, até outro dia você estava brincando de boneca com minha irmã e agora te encontro em um bar se embebedando- disse aquela voz doce que ela conhecia muito bem

- Não sabia que tinha voltado, achei que estava viajando

-voltei hoje

-e veio em um bar ao invés de ficar com sua família?

- no bar eu não ouço sermão por ter trancado a faculdade

- letras, você gostava mesmo daquilo?

- sim mas sei lá... Não quero falar disso, oque te trás aqui pen... posso te chamar assim? Nunca fomos amigos exatamente mas sempre gostei de você

-me paga uma bebida ai eu te conto- a noite desensrolou, eles falaram e falaram, se conheciam a anos mas pela primeira vez eles conversaram de verdade

- então um brinde a nossa nova amizade- disse ele depois de 2 horas de conversa

- isso foi bom, agora eu tenho que ir, tenho que acordar cedo amanhã e... eu é...- então aconteu, um beijo que despertou cada centímetro da alma dela, quando ela se deu conta estava no carro dele, sem roupa e aquilo tinha sido incrível os beijos, o jeito que ele a olhava e q fazia se sentir no paraíso e tudo... ele caira no sono, aquilo tinha sido bom, revigorante, um sexo bem feito tinha dado a energia necessária que ela precisava pra fazer a prova que tinha no dia seguinte, ela saiu antes dele acordar, ela não o viu depois disso mas ele havia ligado pra ela e ela não atendeu, não sabia oque falar e quando os sintomas começaram ela se desesperou, ela se perdeu nos devaneios quando notou que começará a chover, ah droga a chuva estava ficando forte, ela ja estava quase chegando e seu estômago roncou de novo e ela se lembrou que sentia fome por dois -Espero que não puxe o apetite de seu pai- ela suspirou,
Oque ela era agora? Uma grávida vagando de noite na rua, sem dinheiro, sem nada, e estava com fome ainda, ela tinha planejado ir a um hotel mas não tinha um centavo tinha sido assaltada naquele dia e levaram a bolsa com cartão e celular, ela iria sacar dinheiro no dia seguinte mas em casa so tinha o sufiente pra jantar, estava tão distraída e estava começando a ficar tonta, isso vinha se tornado frequente desde que ficou grávida, ela desmaira uma vez na faculdade, sua visão estava escurecendo, ela so precisava atravessar a rua e... tudo escureceu ela ouviu um barulho e de repente não tinha mais nada...

A Vida Que Eu Não Planejei Onde histórias criam vida. Descubra agora