A Vida Que Eu Não Planejei

como eu cheguei aqui?

Ela estava esperando ele chegar do trabalho e quando ele chegou trouxe um doce pra ela da padaria que ficava do lado da empresa, eles sentaram e comeram juntos

- so mais 2 semanas, calma-ele disse rindo

- Você diz isso porque não é você que está segurando carregando ela dentro de você- ela riu enquanto ajudava ele a lavar a louça

- como foi seu dia gatinha?

- tirei 10 na prova, consegui entregar a matéria no trabalho antes de entrar de licença e... achei um apartamento perto, a uns 20 minutos

- pra que você quer um apartamento?

- pra morar, obrigado por ter me ajudado nesses meses, o bom é que é perto e você vai poder trazer a bebê sempre aqui

- você não pode se mudar, não pode fazer isso

- combinamos que seria pelo tempo necessário e eu não podia despender de você, você tem responsabilidade com nossa filha e não comigo

- você não depende, olha, você tem que morar não pode afastar a bebê de mim

- Não estou fazendo isso, guarda compartilhada, você é pai dela, vai poder cuidar dela

- primeiro você não ia me contar e agora quer ir embora?

- Eu não vou atrasar mais sua vida, hoje eu sei que nossa filha não atrapalha e que você a ama e vai ser bom pai mas eu atrapalho nos últimos meses você so deu atenção pra mim, nunca mais saiu com ninguém você tem que viver, não posso ficar de predendo

- será que não entende? Eu nunca mais saí com ninguém porque é so você que eu quero, sou fiel a você, seria como te trair e eu so quero você

- nós não temos nada eu deixei isso claro

- para de se enganar, você tá apaixonada por mim, eu sei disso porque estou apaixonado por você e você sabe disso, o problema é que você não confia em mim e é medrosa, você acha que vai da tudo errado, você sabe porque acha que não vai da certo? Porque não confia em mim, não ver potencial no que você e eu podemos ser, eu quero uma família com você

- Não confio mesmo, você... ahh- a não agora não

- oque foi?

- Acho que ta na hora de ahhh

- hora de que?

- nossa filha vai nascer... agora minha bolsa estourou

- acho que ela não gosta de ver os pais brigarem, tenho certeza que ela acha que eu to certo

- para de gracinha e me leva pro hospital agoraa aii

- ta bom eu so preciso achar as chaves do carro, pronto consegue andar?

- consigo, pega as minhas coisas, a bolsa da bebê ta pronta- ele se apressou, pegou tudo, a botou no carro, ela o encarava enquanto ele dirigia, tantas coisas passavam pela cabeça dela, e se ela tivesse seguido com o plano de ocultar a gravidez dele? Ela passaria pelo parto sozinha, não teria ninguém a seu lado quando ela segurasse sua filha pela primeira vez, e onde ele estaria? Estaria em alguma festa provavelmente com uma garota legal, ou viajando que era oque ele gostava mas estava ali, dirigindo até o hospital as pressas, claro que hoje ela sabia que era errado esconder a gravidez dele mas como ela disse, ele não tinha obrigação para com ela so porque era a mãe da filha dele, foi uma noite

- Não pode ir embora- disse ele sem olhar pra ela e focado no trânsito- não pode

- Eu preciso de um canto, não posso ficar presa a um homem que não é nada meu

-sou o pai da sua filha

-você entendeu, e se eu quiser me relacionar com alguém?- claro que ela não queria, ela não desejava mas precisava falar aquilo, talvez o fizesse desistir eles pararam o carro, droga de engarrafamento, ele buzinou

- droga- disse ele tirando uma caixa do bolso e jogando no porta luvas, aquilo era??

- que isso? Ahh- disse ela com dor meu Deus ela so queria chegar no hospital e tomar uma dose pesada de anestesia

- comprei um anel de compromisso pra você, faz uns 3 meses, ia te da na hora certa, quando você parasse com seu orgulho besta

- Eu eu não aceitaria- disse ela em lágrimas mas não sabia se a lagrima era pela dor ou por está sentido aquilo, ela queria queria por aquele anel e... não podia

- Eu sei, mas que droga de engarrafamento-ela recostou a cabeça no banco, passou a mão na barriga, fechou os olhos e respirou fundo e uma forte onda de dor veio, ela não resistiu e gritou, ele segurou a mão dela e ela apertou

- por favor eu não quero brigar agora, por favor- ela chorou e ele beijou a mão dela

- ja estamos chegando calma

- Não me pede calma, eu não planejei assim, ela está 2 semanas adiantanda, mas isso é bom, chegar cedo nos lugares mas não assim ahhhh- disse ela em meio a um grito

- Penelope algo que você planejou ja deu certo alguma vez?

-nunca na verdade-ela não acreditava que estava rindo disso- incrível não é?- ele ligou o rádio

- música acalma não é?

- Você lembrou?- meia hora passava e eles seguiam presos no mesmo lugar, ela ja não aguetava mais, estava se contorcendo de dor em um banco de carro, de um carro que se ela não estivesse estado a 9 meses atrás não estaria agora- Ah não

- que foi? Ta doendo?

- Ela ta saindo, minha filha vai nascer agora ah meu Deus isso doi tanto eu não vou aguentar, tira esse bebê de mim por favor eu te imploro- como ela chegara ali? Meu Deus haviam passado 8 meses e meio desde que descobriu que não estava sozinha e que ela estava gerando uma vida, vida que cresceu e agora precisava sair, ela so queria que aquele bebê saisse logo, ela não tinha planejado ter aquela criança mas agora, agora daria a vida por ela, aquilo doia, ela fechou os olhos sabia que outra contração estaria vindo e o trânsito não andava, ela não soube se foi coisa da cabeça dela ou se ele realmente gritou "minha mulher ta parindo aqui" mas preferiu acreditar que foi coisa da cabeça dela, ela segurou o braço dele
- colin, você vai ter que fazer isso