IV

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O sol já estava se pondo e de certa forma Belinda estava nervosa, não entendia o porquê, mas estava.

Ela se arrumou com as roupas que Cyndi tinham separado para ela, prendeu seu cabelo em um coque que deixava seu cabelo cacheado parecendo um pompom e apenas passou um batom rosa em seus lábios.

— Querida, está pronta?— perguntou Olivia.

— Sim. — disse Belinda abrindo a porta.

— Vim avisar que o chefe talvez demore um pouco, pois o chamaram de última hora, mas ele disse para você ir jantar sem ele.— disse Olivia.

— Ok.

O jantar não estava diferente de do almoço com a mesma grandiosidade.

Belinda comeu de se empanturrar, mas era tanta comida que ela mesma não iria conseguir comer.

— Olivia, você mesma não pode me acompanhar?

— Sinto muito, mas não.

— Que isso, tem tanta comida aqui, é claro que não irei comer tudo isso sozinha.

— Sim, mas logo o senhor estará aqui.

— Vai estar mesmo?— questionou Belinda.

— Vai sim.

— Está bem, mas pelo menos eu já estou cheia e vou voltar para o meu quarto e mergulhar no tédio.— disse Belinda dando o último gole na sua taça de suco de melancia e então se levantando.

— Bom, já que a senhorita terminou, tem um lugar que o chefe pediu que eu a levasse.— disse Olivia.

— É mesmo?— disse Belinda animada.

Assim como uma criança indo ao parque de diversão, Belinda ficou muito empolgada para poder ver essa grande coleção de livros a qual o Fera havia dito.

Subindo as escadas e virando à esquerda já tinha a dimensão de outro imenso corredor, chegando no final dele se via uma grande porta dupla de madeira escura e em cima dessa porta tinha uma placa escrito Recanto da paz.

— Bom, vou dar essa chave aqui para você vir aqui a hora que quiser.— disse Olivia a entregando uma pequena chave prateada.

— Obrigada.

— Tem tempos que não abro essas portas.— disse Olivia nostálgica.

— Por quê?— perguntou Belinda curiosa.

— Des do trágico acidente, o chefe não foi mais o mesmo, até esse lugar que era um dos seus lugares favoritos de toda mansão, ficou esse tempo todo fechado.— explicou Olivia de uma forma bem vaga.

— Entendi...

— Bom, espero que se divirta, vou indo que tenho mais coisas a fazer. — disse Olivia saindo de perto de Belinda.

— Obrigada.

No momento que Belinda abriu a porta, ela se espantou com a imensidão que era o cômodo.

O lugar era três ou até mesmo quatro vezes maior que a biblioteca da cidade, ela nunca tinha visto em sua vida tantos livros reunidos em um único lugar, nem mesmo em seus sonhos, mas como Olivia havia dito esse quarto não havia sido aberto já tinha se tempo.

Tinha uns cantos com enormes teias de aranha.

Porém, como agora ela também tinha a chave daquele lugar com toda certeza de que ali não iria mais ficar assim.

Mesmo o lugar sendo maravilhoso ela não iria conseguir ficar por estar bastante empoeirado e sujo, por causa disso ela saiu a procura de vassouras e panos para poder dar uma arrumada naquele lugar, mas ela tentava pelo menos encontrar algum dos funcionários da mansão e não encontrava ninguém, nem mesmo Olivia.

Quando eu te contarOnde histórias criam vida. Descubra agora