Porque eu gosto de você? (Giyushino)

Novo arco - A família Rengoku

Derrepente tudo ficou escuro, seu corpo doía tanto, uma dor gritante, todos seus músculos e tendões imploraram por descanso, sua mente está tão exausta, cada morte o está destruindo cada vez mais e fazendo um pedaço de seu coração morrer, sempre será um destino sofrido, parece que a vida não quer facilitar para ele.

Barulhos insistentes de um bip de fundo, já o estava incomodando, ele não sente seu corpo, mas consegue ouvir tudo ao redor, tem pessoas conversando de fundo e aquele maldito bip que não para.

Suas sombrancelhas franziram enquanto abriu os olhos, sua visão borrada foi lentamente ficando estável e clara, um local branco? Tomioka olhou pra lado e pode ver o causador do tão estressante bip, uma daquelas máquinas de hospital que indica algo de seus batimentos cardíacos, ele não sabe o nome daquilo, não é médico afinal, e também nem se importa de saber.

Olhando para o outro lado pode ver mais algumas macas, a maioria vazia somente duas ocupadas por pessoas conhecidas, Kokoshibo e Rengoku.

Tomioka foi lentamente acordando realmente, seu cérebro ainda estava processando onde estava e oque tinha acontecido anteriormente, seu coração bateu forte e sua cabeça doeu ao ter um flash de lembrança de Tanjiro morrendo em seus braços, seus olhos se fecharam com essa péssima lembrança, ele desejava que tudo isso fosse só um pesadelo mais levando em consideração seu estado, tudo foi real.

Seu corpo... Tomioka não sente a maior parte, quase tudo está coberto por ataduras, e um de seus olhos também está tampado, sua mão e pés estão dormentes e ele sente uma pequena dor na clavícula, ele olha para a luz do teto, sua cabeça está pesada, não sabe que horas são muito menos quanto tempo esteve desacordado, só sabe que está em um hospital.

Derrepente uma forte dor por todo seu corpo veio de vez.

Os analgésicos estavam perdendo o efeito.

Um grito de dor falhado de sua garganta foi a única coisa que Tomioka sentiu antes de sua vista começar a escurecer, tudo doía, de uma forma gritante, era como se seus ossos estivessem se quebrando lentamente e rasgando sua carne por dentro, não tem um único lugar que não doa.

Seus ouvidos tem um chiado forte e tudo ao redor estava rodando, ele ouviu algumas pessoas correndo e gritando algumas palavras que ele não conseguiu decifrar, estava baixo e confuso demais para sua cabeça.

Tomioka apagou novamente.

Bip, bip, bip, bip, bip, bip...

Aquele barulho estressante de novo, uma dor aguda em sua cabeça, Tomioka abriu os olhos, a mesma visão que teve quando acordou pela primeira vez, só que não estava tudo borrado, ele lentamente se sentou na cama, olhando para as próprias mãos cobertas por ataduras, o rapaz suspirou cansado, ele apenas permaneceu ali, sentado, olhando para suas próprias mãos enquanto lembrava da missão anterior, sem nem perceber lágrimas brotaram de seus olhos descendo pela sua bochecha e pingando nas ataduras de suas mãos.

Não demorou a uma enfermeira entrar na sala, ela rapidamente o examinou preocupada com o estado de Tomioka, principalmente após ver o homem chorando, com alguns exames rápidos ela pode ter certeza que estava tudo bem.

- Senhor Tomioka, sente dor em algum lugar?

- Não.. eu estou bem..- Tomioka falou e estranhou o fato de sua voz estar saindo tão rouca e baixa.

- Oh... Sua garganta ainda não está completamente bem, evite falar um pouco, ok? Eu irei me retirar agora, mas basta aperta esse botão e voltarei correndo para te checar- A enfermeira apontou para um simples botão na mesa ao lado da maca de Tomioka.

Giyuu concordou com a cabeça e a enfermeira saiu.

Voltando a se deitar na cama Tomioka apenas resolveu que deveria voltar a descansar já que não conseguia nem levantar, suas pernas estavam praticamente imóveis, ele mal as sente, seu corpo inteiro está dolorido, dormi é a melhor opção, e assim ele fez.