Negócios a parte-Malila.

34.

*POV MARÍLIA

Acordei incomodada com o frio e a claridade que invadiam o cômodo. Assim que me estiquei e abri os braços, percebi que Maraisa não se encontrava mais ali na cama.

Então me veio à cabeça toda a noite que tivemos ali, naquele mesmo local.

Não passava pela minha cabeça que ela viria me ver ontem a noite, foi uma bela surpresa, digamos assim.

Confesso que eu estava um pouco insegura com aquele jantar que ela foi. Mas como ela falou que não teve nada demais, não preciso ficar com isso na minha cabeça. Até porque eu confio nela. Ela ter vindo para cá depois de sair me deu um pouco de alívio.

A cena dela se despindo na minha frente com uma musica sensual não saia da minha cabeça, aquela mulher era extremamente gostosa. Realmente acho que não tinha como não me apaixonar por ela.
Resolvi levantar e ver onde estava Maraisa.

Assim que desci as escadas vi que a mesma não estava nos quartos, decidi então fazer minha higienização matinal, olhei no relógio e ainda estava cedo para ir para a empresa.

Uma coisa boa de dormir no meu cantinho secreto é que a parede de vidro não repele o sol e acabo acordando ao nascer do sol ou logo em seguida. Amava acordar assim, pelo menos a vista compensava o cansaço por não dormir mais um pouco.

Vesti um pijama e desci as escadas para onde ficava a sala. Logo meu olfato foi invadido por cheiro de café e ali sabia exatamente onde estava Maraisa.

Desci sem fazer barulho e fui em direção a cozinha, enquanto o cheiro de café da manha estava cada vez mais presente.

Olhei para aquela cena maravilhosa. Maraisa estava apenas com um blusão meu, terminando de desenformar o que eu tenho certeza que era cuscuz, não pude deixar de sorrir ao ver o café que ela estava preparando.

Me aproximei sem fazer barulho e a abracei por trás.

- Bom dia amor - depositei beijos em seu pescoço.

- Bom dia amor - Maraisa se vira e fica de frente para mim, me dando um selinho demorado.

- O que você está aprontando aqui na cozinha hein?

- Nosso café da manhã... iria levar na cama pra você, mas como tu já acordou, me ajuda a arrumar a mesa.

- hmm... eu iria ganhar café da manhã na cama? - Maraisa acena com a cabeça positivamente enquanto sorri - será que do tempo de voltar pra cama pra receber esse café? - dei um selinho nela.

- Deixa de ser besta, viu? - sorriu - vá amor, arrume a mesa para a gente

- Só vou se eu ganhar um beijo bem gostoso.
Ela sorriu para mim e puxou meu rosto para ir de encontro ao dela. Nossas bocas se tocavam calmamente, o beijo não exalava sensualidade ou tensão ou desejo. Era um beijo leve, cheio de ternura.

Poderia ficar assim o dia todo com ela, a cada vez que nós ficávamos assim, trocando caricias, mais intimas, em nossa bolha, só nós duas, eu tinha certeza que meu coração se entregava cada vez mais.

E eu não tenho medo nenhum de me jogar, percebia que mesmo que fosse pouquinho, sentia que ela estava se permitindo mais comigo. Pra mim é só questão de tempo até ela me deixar entrar de vez dentro de seu coração.

Não que eu me ache ou coisa assim, mas tinha certeza que eu iria conseguir ganhar o coração dela de vez e até posso me arriscar em dizer que ela no fundo também sabe disso.

Nos separamos do beijo e ficamos nos olhando sorrindo uma para a outra.

- Vá logo mulher, para de me deixar encabulada - sorriu e eu fui.