Capítulo 5

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Pov Sarah:

-oi Sarah!! - a desgraçada se aproximou toda sorridente, fazendo minha mãe olhar para trás e eu fechar minhas mãos em punhos pelo ódio daquela mulher

-que coincidência te encontrar aqui, justamente hoje. - ela não ia mesmo parar de sorrir não é? O homem ao lado dela me encarava, mas quando eu o olhei, o covarde desviou o olhar.

Ele tinha feito algo errado! Todos esses anos na polícia me ensinaram a ler as pessoas, e no caso dele, não precisava nem ser do ramo para saber. O idiota se entregava facilmente com aquele nervosismo explícito!

Eu estava séria, e voltei meu olhar aquela morena de cabelos longos a fuzilando. Ela tinha que ter muita coragem mesmo para brincar com a sorte assim!

E pelo jeito, toda a sorte que me faltava, sobrava nela. Pois a última coisa que eu faria era um escândalo por suspeitas sem provas, no meio de um shopping e ainda na frente da minha mãe. Ela já se assustava demais com a minha profissão pra eu ainda dar uma de louca e levar aquela mulher para cadeia do nada em sua frente.

-vocês se conhecem filha? - minha mãe perguntou confusa, intercalando o olhar entre ela e eu

Quando vi que ela iria abrir a boca para responder fui mais rápida.

-não nos conhecemos mãe! - disse e encarei firmemente Juliette, puxando minha mãe para trás de mim. Eu não a olhei mas tenho certeza que agora ela está mais confusa do que antes

-não nos conhecemos mas pelo visto temos pendências. - continuei ainda encarando Juliette que pareceu não me entender. Dissimulada!

-não se conhecem e ela sabe seu nome? - alguém me explica qual foi o instante em que minha mãe veio parar do meu lado? Desviei o olhar de Juliette e a encarei, ela estava com a testa franzida para mim

Dessa vez não consegui ser mais rápida do que a morena a minha frente

-é que ela me salvou. - Juliette disse ganhando a atenção da minha mãe e a minha também - não sei se ela te disse, mas ela me salvou de um abusador em um restaurante.

Tirou os olhos da minha mãe e me olhou

-não tive tempo de te agradecer direito. Você estava puro nervos... - ela me mediu daquele jeito malicioso... Céus, minha mãe é pra frente Juliette! Ela vai notar e me encher de perguntas. Principalmente depois de você ter dito a seguinte frase

-sei fazer chá de camomila, e mais alguns caso ainda esteja estressada... - e como se aquilo já não fosse o suficiente para me fazer querer cavar um buraco naquele piso e me esconder, ela ainda mordeu o lábio inferior

Porra

-escuta aqui... - comecei já raivosa, apontando o dedo para ela, mas um segurança me interrompeu e eu o encarei

-senhora, pode me acompanhar por favor?

Arqueei uma sobrancelha

-por que?

-a senhora foi vista com um revolver, preciso saber se tem porte legal para isso

Revirei os olhos com tédio, com certeza alguém dentre as pessoas que presenciou o meu estado, deve ter visto a arma que só agora lembrei que trouxe comigo na cintura por puro instinto, e ido correndo contar aos seguranças

A propósito, onde esse infeliz estava quando eu quase fui assaltada naquele estacionamento?? Incompetentes!

Mas apesar de tudo eu entendia a lei, trabalhava nela e por isso devia ser a primeira a respeita-la. Mesmo sendo uma perda de tempo, eu agi com a razão

desconhecida identidadeOnde histórias criam vida. Descubra agora