Warriors

II Blackmailer II

Oii gente, espero que gostem e boa leitura!

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"Because you surprise me and I like it"

Demorou um pouco para que o filho de Poseidon se levantasse.

Assim que abriu os olhos naquela manhã, Perseu Jackson lembrou-se de que iria marchar em direção aos Nórmons para enfrentá-los em uma guerra. E ele, definitivamente, não se sentia animado para aquilo.

Seu corpo pesava. E o moreno recusava-se a sair daquele quarto por saber que, quando saísse, não voltaria até lá novamente. Embora ele houvesse tido uma noite sem pesadelos na noite passada, estava repleto de exaustão.

Porém, mesmo com o cansaço, o semideus obrigou-se a levantar da cama. Ele olhou para a janela, vendo que o céu estava nublado e sem vida.

Ótimo. Até mesmo as nuvens condiziam com o seu estado de espírito.

Rapidamente, o semideus colocou a sua armadura, separou poucas porções de ambrosia e néctar – recursos divinos que possuía para curá-lo caso fosse ferido – prendeu-as em seu cinto e embainhou a espada, sentindo todos os equipamentos pesarem sobre seu corpo.

Deuses, ele iria para mais uma guerra agora. Mesmo após já ter enfrentado dezenas de conflitos como aquele, a sensação inicial ainda era a mesma.

As expectativas enigmáticas que sempre dominavam os seus pensamentos retornaram, e Perseu não se surpreendeu: será que aquelas seriam as suas últimas lutas? Ele iria vencer, ou iria morrer no campo de batalha e sua história terminaria completamente? Seu pai estaria o observando do Olimpo?

Alguém se lembraria dele caso morresse?

Eram apenas muitas questões, mas o moreno já estava habituado a isso.

Ele saiu do quarto e estremeceu ao constatar que os corredores do palácio ateniense estavam frios e vazios, como se pressentissem que algo trágico iria acontecer.

A partida de um exército, forjado por homens que tinham vidas a perder, nunca era agradável.

Ao começar o seu caminho até o terraço do palácio, o guerreiro se deparou com alguns criados que iam para o mesmo local, onde o rei havia dito que aconteceria a cerimônia, e os seguiu.

Quando percebeu que todos os andares daquele castelo haviam finalmente terminado, estava em frente a uma porta dupla de cobre, com inúmeros desenhos esculpidos. Dois servos se adiantaram e a abriram, deixando que Perseu Jackson fosse tomado pelo vento que vinha de fora dos muros reais.

Assim que o filho de Poseidon entrou no terraço do palácio, antes de notar os cavalos, alguns soldados e a grande pira que estava no centro do lugar, a primeira coisa que lhe chamou a atenção fora a vista. Todo o reino de Atenas poderia ser visto dali. As milhares de casas construídas pelos camponeses eram como pontos em meio a montanhas que se destacavam ao longe, tão altas que seus cumes estavam cobertos pelas nuvens cinzentas.

Era simplesmente... lindo. Uma paisagem que ficaria para sempre em sua memória.

- Perseu! – O guerreiro ouviu o seu nome ser chamado, e rapidamente voltou-se na direção do som. Frederick Chase, montado em um grande cavalo branco, vinha até ele.

O moreno viu uma pequena parcela do exército atrás do monarca, junto do que pareciam ser todos os criados do palácio. Ele reconheceu a morena que, segundo Annabeth Chase, importunara há dois dias. Depois, viu a rainha acompanhada de sua filha mais nova, Silena.