II Poison II

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Oi gente, voltei com mais um capítulo! Espero que gostem e boa leitura!

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"Stop making me feel things I do not understand"


Após ter andado de volta ao acampamento - com uma pontada de irritação por ter sido literalmente derrubado no chão por uma princesa - Perseu, juntamente com o resto do exército e o rei, acompanhado de suas filhas, recolheram o acampamento e apagaram os vestígios de sua parada naquele local.

No fim, Frederick Chase decidira que a princesa Silena ficaria. Era muito perigoso enviá-la para Atenas de volta, mesmo que com uma escolta particular. A jovem fora a primeira a montar em um cavalo - o mesmo de seu pai - e ficara observando atentamente todo o processo de arrumação.

Uma vez ou outra, Perseu lançava um olhar a ela, apenas para verificar se a princesa mais nova estava em segurança. Mas logo notou que a sua preocupação não faria diferença, pois Silena já contava com uma vigia: Annabeth Chase, que não desviara os olhos da irmã por nenhum segundo sequer.

O guerreiro bufou enquanto olhava de soslaio para a filha de Atena. Ele ainda sentia algumas dores nos ombros e nas costas pelo baque contra o chão em sua queda, alguns instantes atrás. E ainda possuía os dois cortes na pele feitos por ela.

O filho de Poseidon apenas esperava que a loira o deixasse ficar inteiro, pelo menos até o final da guerra.


Uma semana depois...


Novamente, o exército ateniense voltou a marchar, e Perseu Jackson sentia que perdera completamente a noção do tempo.

O tempo era o seu pior inimigo naquela caminhada: ao longo do dia, o exército enfrentava calores escaldantes, e à noite, algumas chuvas e rajadas de vento.

Os homens não podiam dar-se ao luxo de gastar água, pois não avistaram nenhum lago ou rio para reabastecer o que consumissem. Não podiam parar para descansar, pois ainda havia quilômetros para chegarem ao paradeiro dos Nórmons e, quanto antes chegassem, poderiam evitar mais destruição.

Contudo, apesar de também estar sofrendo as consequências daquela marcha, Perseu ainda podia continuar o percurso. Ele estava à cavalo, afinal. Mesmo assim, não podia deixar de se compadecer pelo exército que seguia atrás de si.

Todos os soldados carregavam o peso de suas armas e armaduras, algo que definitivamente não era algo fácil de fazer enquanto marchavam. E, ocasionalmente, o semideus olhava por cima dos ombros apenas para verificar rapidamente como Annabeth Chase estava se saindo naquela tarefa.

O moreno mentiria se dissesse que não se impressionava cada vez mais com aquela filha de Atena.

Ela estava com os lábios rachados e o cabelo, mesmo preso, grudando em seu pescoço pelo suor excessivo. Seus passos por ora se transformavam em cambaleios. Porém, seu olhar continuava com a mesma determinação desafiadora de sempre.

Dias haviam se passado desde a situação com o punhal, a discussão e a rasteira. E, até então eles não haviam trocado nenhuma palavra. Somente olhares furtivos, com pitadas de mais ameaças e provocações.

Quando a loira notou que o moreno a observava mais uma vez, lançou para ele um sorriso implicante. Rapidamente, o filho de Poseidon desviou o olhar e voltou a prestar atenção no caminho à frente enquanto sentia seu rosto arder.

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