desire - jackson wang - pwp

#1 late

DISCLAIMERS:

Essa é uma história com conteúdo +18. Não posso te impedir de ler, mas se o fizer leia por sua conta e risco.

Capítulo não revisado.

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Eu olhei para os dois lados, espremendo os olhos na rua escura a cada passo. O endereço já estava gravado na minha mente e meu coração se acelerava em excitação. O som dos saltos baixos da minha bota ecoavam no vazio do pavimento enquanto eu me aproximava do prédio que já me era um pouco familiar. Mais uma vez, olhei pros dois lados em busca de olhos - e câmeras - de bisbilhoteiros que pudessem colocar tudo a perder. Atravessei as portas de vidro fumê e respirei fundo, tentando me acalmar enquanto meu interior se revolvia. O caminho do elevador, envolto apenas pelo barulho baixo do maquinário moderno, me fez pensar quanto tempo mais aquilo duraria. Todas as vezes eram uma corrente elétrica nas minhas veias, e eu sabia que nas dele também, mas nós dois sabíamos que uma hora podia dar errado. Por isso trocávamos a senha - que agora eu digitava no pequeno teclado acoplado na porta, checando mais uma vez se havia alguém nas minhas redondezas - a cada mês e as vezes também mudávamos o local dos nossos encontros, mas a maldita mídia sempre achava um jeito de descobrir o que queria. Suspirei, deixando minhas preocupações do lado de fora daquele apartamento luxuoso sempre envolto em uma luz baixa.

Assim que a porta clicou se fechando, eu pude ouvir sua voz rouca, que na primeira palavra já me fazia tremer de leve.

- Você demorou hoje.

Eu abaixei os olhos. Conseguia ver sua silhueta sentada de forma relaxada apenas a alguns metros de mim. Sabia que ele não queria ouvir um pedido de desculpas, ele não gostava quando eu pedia desculpas. Eu havia levado um pouco mais de tempo me preparando para vê-lo, não que fosse adiantar alguma coisa. Sabia que, naquela pouca luz, ele não veria a pouca maquiagem que meu ego insistiu para que eu fizesse. E eu sinceramente não ligava. Sabia que o que existia entre nós era algo puramente químico. E as reações químicas que ele me causava estavam acima de qualquer ego ferido.

- Acho que podemos começar se você não vai me dizer porque se atrasou.

Eu assenti silenciosa. Tirei meus sapatos e minhas meias e dei o primeiro passo em sua direção, notando a leve negativa que ele fez com sua cabeça sempre cheia que, eu sabia, ele relaxava quando estávamos ali

- Quero que tire sua roupa para mim hoje. Se não se importar, é claro.

Eu não me importava. Só não era boa em fazer aquilo de uma forma sensual. Movimentei meus ombros, tentando aliviar a tensão que se juntava ali antes de começar a tirar o sobretudo que eu trajava. Era apenas o começo do outono, mas naquele dia fazia um frio incomum. Me virei de costas para ele, afrouxando a faixa que eu usava como cinto do casaco e tirando a peça quente, jogando-o de qualquer jeito no chão polido. Conseguíamos ouvir a respiração um do outro e o som baixo do tecido encontrando o chão.

- Quer parar? - Ele me perguntou, notando minha tensão a cada movimento. A forma como eu me mexia mecanicamente não era nada atrativa e eu sabia disso, mas era como eu sabia fazer.

- Não - Disse eu, decidida. Respirei fundo e pensei que logo nós dois estaríamos aliviando a tensão da forma que melhor funcionava para nós dois. Chacoalhei meus ombros e respirei fundo, retomando o trabalho de me despir.

Lentamente, como se estivesse me preparando para um banho quente após um dia longo e cansativo, retirei a camiseta de manga longa que eu usava por baixo do casaco de inverno. E depois, o cinto. E depois, a calça jeans. Todas as peças formavam um montinho embolado ao lado dos meus pés, e quando eu enrolava meus dedos na barra da regata que me restara junto à lingerie depois de ter soltado o cabelo, ouvi seus passos se aproximando.