O perfeito e o proibido

Sentimento túrbido

Hermione encontrava-se em choque com a figura apática a sua frente, tinha um corte que ia do ombro esquerdo até o antebraço e suas roupas estavam rubras com aquele sangue em cima de si.
- Será que você poderia me concertar Mione? - Disse o rapaz, a fitando por trás das armações redondas de seus óculos de lentes rachadas, mostrando um sorriso no canto da boca que lhe causou uma grande perturbação mental.
- Ha-Harry ... Eu.. Meu Merlin o que diabos aconteceu com você? - Finalmente a mulher conseguiu falar, tentando segurar o desespero que tomava conta de seu corpo e sem sucesso as lágrimas quentes que já escapavam de seus olhos marejados.
- Mione, eu estou bem, não chore por favor! - Falou Harry calmamente já adentrando o apartamento da amiga com a ajuda desta. - Foi apenas um acidente de trabalho. Você pode me concertar? Isso está realmente incomodando. Eu teria ido ao St. Mungo's mais o único lugar que veio na minha mente na hora de aparatar foi a sua porta - Completou em seguida dando mais um sorriso frouxo e meio desanimado, afetado pela dor. Ainda assim deixando a mulher que lhe ajudava a deitar no sofá com um sentimento confuso dentro de si. Agia o mais diligente possível.
- Mais que Diabos... Harry, cara, que merda foi essa no seu braço? - Rony aparecerá na sala fazendo uma careta ao constatar o ferimento do amigo.
- Como eu ia dizendo para Mione, acidente. O bruxo dessa missão deu um pouco de trabalho e AAAI - Gemeu de dor ao Hermione jogar uma substância verde, que exalava um odor forte de mato, álcool e lama.
- Desculpa, desculpa querido. Realmente estou em choque - Dizia Hermione agora se debulhando em lágrimas por cima de Harry.
- Amor, é só um corte e com essa coisa fedida que você jogou, já melhora e ele estará pronto para outra, não é Harry? - Disse o ruivo agora ao lado de Hermione dando-lhe tapinhas nas costas.
- UM CORTE? ELE PODERIA ESTÁ... MORTO... RONALD - Bradou ela enfurecida com o pouco caso de Ron o fazendo pular de susto com aquela explosão repentina. O mesmo se afundou em uma confortável poltrona completamente confuso.
- Hermione... - Tentou argumentar Harry com os olhos arregalados sem entender muito bem a reação da amiga mas foi calado com um comprimido que ela enfiou em sua boca antes que terminasse a frase. - Eu estou... - Tentou mais uma vez sem sucesso.
- E você cale a boca e descanse. - respondeu antes que ele terminasse a frase. Este permaneceu calado e confuso. Nem ela entendia direito o por que ter ficado tão abalada com a presença de Harry, ferido. Mais sentia-se aliviada e estranhamente feliz ao saber que o único lugar que ele conseguia pensar no desespero era sua casa, era nela. Saiu apressadamente para cozinha, -Harry apesar de não querer revelar, esta abatido e precisa de algo para comer e repor a energia - pensou ela. Foi para cozinha e com um movimento rápido e silencioso as panelas começavam a fazer todo o trabalho.
Com tudo já pronto ela colocou a sopa em uma grande tigela e levou até a sala, Rony estava na varanda de casa, adquirira o péssimo hábito trouxa de fumar, ela odiava quando ele fazia isso em seu apartamento, apesar de estar na varanda o odor exalava por todo os cômodos. Harry permanecia deitado, de olhos fechados, sem os óculos, tinha uma expressão cansada no rosto. Ela parou por um instante e o ficou observando, era difícil o ver sem os óculos e ela não conseguia decidir como ele ficava mais charmoso. Percebera a camisa dele entreaberta, talvez já estivesse assim mais o choque ao vê-lo sangrando foi tão grande que só pensará em fazer algo para não perder a vida do rapaz, ela não conseguia imaginar sua vida sem ele e - Meu Merlin... Como ele é lindo - Pensou ela se aproximando e sentando-se no tapete ao lado de Harry. - Pare de pensar caraminholas Hermione Granger - Sussurrou para si
- E no que você está pensando Mione? - Harry sussurrou para ela surpreendendo-a e lhe fitando com aqueles olhos de Esmeralda. Mais uma vez sua mente genial a deixou na mão, isso estava virando rotina ultimamente e não lhe agradava. O hálito de hortelã do rapaz a estava inebriando e lhe deixando hipnotizada. Sentiu suas bochechas esquentarem e corarem levante. Não entendia o porquê de mais nada, só sentia um vontade louca de lhe abraçar, de sentir seu corpo, seu cheiro e beijar seus lábios finos. Repentinamente cortou esses pensamentos de sua cabeça, sentia suas mãos geladas e falou a primeira coisa que veio a sua cabeça.
- Pensei que morro de medo de perder meu melhor amigo - Falou sentindo todos os seus músculos enrijecerem, desviando seus olhos e cortando a hipnose que ele exercia sob ela com aquele verde intenso. Lhe entregou a sopa e pediu que a bebesse.
- Não seja tola, jamais isso irá acontecer. Pelo menos espero que só na velhice - disse-lhe sorrindo e expondo aqueles dentes perfeitamente alinhados e leitosos.
Mais tarde, os três se encontravam na sala, como nas épocas de Hogwarts, na sala comunal da Grifinória relembrando os bons tempos e tudo que haviam vivido juntos até então. Algumas vezes se emocionado e entristecendo-se por lembrar de algumas pessoas que já haviam partido outras entrando em uma onde de gargalhadas em uníssono lembrando por exemplo de Malfoy sendo transfigurado em doninha. Naquele momento Hermione esquecerá totalmente de seus problemas e de seus sentimentos túrbidos em relação a seu namorado e Harry.

N/A: espero de coração que estejam gostando da fic. Desculpem-me por algum erro ou sei lá. Comentem e me digam se querem que eu vá adiante.