Algumas semanas se passaram, era uma manhã ensolarada de domingo, Harry não conseguia mais se concentrar em nada, nem dá a atenção devida à sua noiva Ginny, ele sentia falta de Hermione e já quase não conseguia esconder isso.
- Harry, meu amor, você está bem? - Ginny perguntou com a expressão preocupada, fitando Harry e sentando-se em seu colo. - Você está meio pálido e não fala nada mais que o necessário. Me diga o que está se passando. - Insistia a moça em seu colo sem desviar a atenção.
- Ãhh... E-eu estou bem Ginny! - O rapaz respondeu sem encarar aqueles olhos curiosos a tirando delicadamente de seu colo. - Preciso resolver umas pendências do ministério para não acumular nessa semana. Com licença - Ele disse já se retirando do quarto da moça na Toca.
- E não vai me da nenhum beijo? - Ela o interrogou fazendo biquinho.
- Oh sim, desculpe Ginny. - Ele voltou, encostou os lábios rapidamente nos dela e saiu antes que ela continuasse lhe pedindo coisas do tipo. Ele se sentia mal por esta fazendo isso, era como se estivesse traindo a memória dos momentos que estivera com Hermione, mais a própria o deixaram sem opção e isso o machucava tremendamente.
Ele não sabia bem para onde ir ou o
que fazer para ocupar sua mente, resolveu caminhar por Londres para esfriar a cabeça, ficar perto de Ginny só pioraria sua situação, ele ansiava por Hermione a cada segundo, tanto pensou nela que seus pés o levaram involuntariamente para frente do prédio dela, ele entrou devagar, talvez aquilo fosse um sonho ou um surto de abstinência pesado, pegou o elevador e chegou no último andar, encarou a porta de carvalho escuta, com os números grandes em dourado, se aproximou, talvez ele ainda conseguisse sentir o cheiro dela no corredor ou se ele se aproximasse mais da porta. - Você está ficando louco Harry - Ele pensou e sentou-se no corredor olhando a porta, o olhos ardendo e já sentindo as lágrimas pesadas e quentes caírem involuntariamente de seus olhos.
- Potter? O que faz aqui? - Ele escutou uma voz conhecida a suas costas, sentiu seu corpo tremer de raiva e virou bruscamente se levantando para o homem alto e loiro no corredor.
- Eu que lhe pergunto Malfoy - Ele respondeu com o dentes cerrados e toda a sua amargura na voz.
- Eu recebi uma carta da Hermione, pedindo desculpas e me pedindo para vir por comida para o Bichento.
- Por que ela pediria isso a você? - Harry o indagou desconfiado. Por que ela teria feito isso? Ela poderia ter pedido para qualquer pessoa. Será que eles dois...
- Ah francamente Potter, ainda com ciúmes meu com a Hermione? Eu não ficaria com ela nem que ela fosse a última mulher do mundo, não que ela seja feia, é uma ou senão a mulher mais bela que já conheci, mais é minha amiga, meu coração pertence a outra mulher. - Malfoy falou revirando os olhos impaciente e passando por Harry - Você quer ver a carta? Tome ! - Ele completou, jogando o papel meio amassado em Harry e adentrando o aconchegante apartamento.
Harry desdobrou a carta cuidadosamente, sentiu as mãos suarem repentinamente e ficarem trêmulas.
"Draco
Meu querido amigo, peço perdão por não seguir seus conselhos sobre Harry e eu, isso é muito complicado. Enfim, estou bem, ando viajando muito e com o tempo muito comprometido e esse trabalho externo não me permitiu que trouxesse Bichento comigo, peço por favor que cuide dele para mim, e leve diariamente ração e água fresca para ele, não o tire do meu apartamento, você realmente não iria querer fazer isso, lhe digo que seria uma difícil tarefa.
Não sei quando poderei dar notícias, preciso ser sigilosa.
Atenciosamente
Hermione Granger"
Harry dobrou a carta, as mãos ainda trêmulas, ele se sentia envergonhado por tratar sempre Draco tão mal, ele não pudera imaginar que ele estivesse a favor deles, e que por isso teriam brigado.
- Draco... Eu... - Harry falou, entrando envergonhado no apartamento de Hermione.
- Tudo bem Potter, nós temos é sempre tivemos nossas diferenças. - Ele falou simpático. O que Harry nunca mais vira depois da tentativa falha de Draco no primeiro ano em Hogwarts, de fazer amizade com ele.
- Sabe, eu.. Eu estou mal, sinto falta dela - Harry falou se afundando no sofá, tendo alguns flashs de momentos com Hermione ali. Draco apenas o olhava de canto de olho servindo uma boa porção de água e ração para bichento que o rondava inquieto. - Eu sinto falta do cheiro, do gosto, da pele dela. Sinto falta do sorriso e de cada expressão que ela esboçava. É como se ela fosse uma droga, uma droga ao qual sou viciado e necessito para viver. - Harry falou abaixando a cabeça derrotado.
- Então vá atrás dela - Draco falou de supetão, coçando a cabeça de Bichento que agora se acomodara em seus braços. - E por que continuar com Ginny? Você não a ama. - Ele falou lhe fitando com aqueles olhos acizentados e semicerrados.
- Nem mesmo o ministro sabe onde ela está e nem quando ela volta. Eu posso ser o melhor auror, mas essa missão é algo impossível. E eu não posso simplesmente largar Ginny, não sem Hermione ao meu lado.
- Você vai usar ela? É isso Potter? - Malfoy perguntou sério, os dentes serrados.
- NAO! Você é louco? Só irei esperar a hora certa - Harry respondeu passando as mãos no cabelo preocupado como conseguiria contornar Ginny e adiar essa casamento que um dia fora seu sonho e que agora não passava de um pesadelo.
- Eu preciso ir - Malfoy falou bruscamente, parecia irritado com algo que Harry não soube identificar.
- Tudo bem se eu ficar um pouco mais? Lhe entrego as chaves amanhã - Harry perguntou cabisbaixo. Fazendo Malfoy parar e o fitar da cabeça aos pés lhe causando um desconforto descomunal.
- Ok - Ele respondeu jogando as chaves em Harry e saindo apressadamente.
- Obrigada cara e desculpa por lhe julgar mal. - Harry falou e Malfoy apenas fez um sinal afirmativo com a mão.
Harry então se levantou, seu corpo pedia que fosse até ao quarto de Hermione, ele o fez se encaminhou até lá, o cheiro dela invadiu seu nariz, talvez fosse alucinação dele, ele foi até o guarda roupa dela, só tinha um suéter rosa dar de iogurte de morango, é uma caixa, ele abriu, haviam alguns livros e algumas fotos do trio na época de escola, haviam alguns cadernos, pareciam ser diários, ele os pegou e sentou-se na cama, folheou e viu seu nome grafado dentro de alguns corações em muitas páginas, ele riu emocionado, leu atenciosamente cada palavra que lá tinha escrito, leu o quanto ela o amava desde sempre, como ela sofrera quando ele estava idiotamente "apaixonando" por Cho e depois por Ginny. E como ela resolvera dar uma chance a Rony, e como achava que estava apaixonada e depois quando percebeu que estava tentando esconder o que de fato sentia por Harry.
- Você sofreu tanto por mim meu amor - Ele sussurrou - E tudo por que fui idiota e não tive coragem de dizer que eu também sempre te amei e como me iludi com Ginny pensando que você amava Rony. Ele falou, deitando na cama da amada e aspirando profusamente o cheiro que ela deixara e que ainda era possível sentir.
Ele sentia-se doente com a abstinência que estava tendo, com a falta que aquela mulher fazia, sentia seu coração comprimir dentro do peito e aquilo doía e o enlouquecia.********************************
N/A: Desculpem a demora amores, estava bem ocupado. Espero que gostem. Cap dedicado a kessianeN2
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O perfeito e o proibido
FanfictionEu ainda me lembro quando o vi pela primeira vez, aqueles olhos verdes por trás das armações redondas, com uma fita no meio que prendiam um lado ao outro de seus óculos e aquela cicatriz em formato de raio, aonde mesmo ela tinha visto a menção daque...