O Rompimento

4.8K 361 54
                                    

Passara-se quase um ano desde que Hermione sumira, e Harry não a tirava de seus pensamentos um dia se quer. Se aproximara mais de Draco Malfoy nesse meio tempo para obter notícias dela, era difícil ela enviar alguma carta ou cartão, por vezes Draco até deixava ele ficar com as cartas, que ele guardava cuidadosamente em uma caixa de madeira lacrada com feitiço de proteção para não correr riscos de Ginny achar, e sobre o relacionamento deles, estava cada vez pior, mal se viam, Harry pegava todas as missões possíveis para se manter ocupado e longe, Ginny passava o dia fora de casa treinando com sua equipe de quadribol, e as poucas vezes que se viam tinham discussões tenebrosas, era um tormento para Harry e com certeza para Ginny. Ele um dia escutara ela se reclamando para Lucy, que ele jamais se interessara em marcar a data do casamento, e que se ele não marcaria, ela também não iria marcar, era obrigação dele. Nesses quase um ano, foi o dia que ele sentiu-se pior, como se a usasse como válvula de escape numa tentativa desesperada e sem sucesso de esquecer Hermione.
- Harry... HARRY?? - Ele se assustou com a voz feminina lhe chamando irritada.
- O que? - Ele resmungou virando-se na poltrona para fitar quem ele imaginava que fosse. Era Ginny, ela trajava seu uniforme de quadribol, estava suada, sua testa tinha uma pequeno corte com sangue seco.
- Eu só vim saber se podemos almoçar juntos Harry, eu não lhe vejo a quase uma semana e você nem ao menos me manda uma coruja. - Ela respondeu amargurada. Harry a observou, sentia raiva de si mesmo, Ginny era uma ótima pessoa, não merecia que ele a fizesse tão infeliz, sentia-se um lixo.
- Harry? - Ela o indagou completamente irritada lhe fitando com os olhos semicerrados com a falta de resposta. - Vai continuar com seu descaso? - Ela continuou, o rosto rubro e suado, o olhos cintilando de raiva.
- Claro, vamos! - Foi só o que ele conseguiu responder, estava perdido em seus pensamentos e no sentimento de raiva própria que mal cabia dentro de si. Sua resposta não parecia o suficiente para a mulher, que ficou ainda mais vermelha, a raiva transparecia em seus olhos. Querendo evitar uma situação pior no seu ambiente de trabalho ele tornou a falar rapidamente levantando-se e indo até ela.
- O que aconteceu com sua testa? - Ele disse como se estivesse no piloto automático.
- Olha, você notou algo em mim - A mulher respondeu, era visível que a raiva dela se dissipara com uma simples pergunta de Harry, tudo o que ela queria era sua atenção. E como ele a conhecia muito bem, apostaria sua vida que ela deixara aquele ferimento com sangue seco sem cuidar só para lhe testar e chamar sua atenção. Ela o puxou e encostou seus lábios nos dele. Acariciando seus cabelos, mordiscando seus lábios finos e apertando-se contra seu corpo, as mãos dela corriam em seu peitoral. Ele interrompeu o beijo que estava ficando quente, não estava com cabeça para toda aquela cena.
- Vamos almoçar então? - Ele disse com um sorriso amarelo.
- Por que não começarmos pela sobremesa? - Ela disse com malícia nos olhos.
- Querida esse é meu ambiente de trabalho, não podemos simplesmente fazer o que bem entendermos aqui.
- Ok, então vamos. - Ela disse desapontada lhe soltando e recostando-se na parede e o encarando. - Vou me trocar então. - Ela disse caminhando até a porta do banheiro da sala de Harry.
- Ok, não demore - Disse Harry já sentando em sua poltrona e revisando as estratégias da missão que estava chefiando, imaginando a demora que seria para ela se arrumar. - Talvez dê tempo de ir ao Japão a pe e voltar.- murmurou para si mesmo.
- Você falou algo? - Ela falou do banheiro.
- To só pensando em alto, sobre uma missão no Japão que recusei. - Ele respondeu, por via das dúvidas impressionado com o capacidade auditiva da mulher.
- Ahh.. Ok - Ela respondeu do outro lado da porta.
Depois de muito tempo, ao qual ele perdeu até as contas, ela saiu do banheiro com sua calça jeans e um salto tão fino que para Harry aquilo era realmente um dom das mulheres em se equilibrar naquilo.
Eles almoçaram, Harry ficou a maioria do tempo em silêncio, escutando Ginny falar sobre quadribol, treino, sobre ela. Outrora esse assunto lhe fascinaria muito, mais ele simplesmente não conseguia, aquilo o estava matando por dentro, ele sentia cada vez sua vida se acabar com a falta que Hermione lhe fazia, era como se ele estivesse vivo mais vazio, sem alma. Como se fosse apenas um zumbi em piloto automático.
- Você está escutando o que eu estou falando? - Ginny interrompeu seus pensamentos.
- Desculpe, err... Estou preocupado com algumas coisas do trabalho.
- Harry... Sinceramente, eu estou de saco cheio, você não é o mesmo, você só vive pelo cantos pensativo. com cara de poucos amigos, estou farta de está nesse relacionamento sozinha.
- O que você quer dizer com isso - Harry respondeu com a voz baixa, fitando-a por deixado das lentes redondas. Ela que até então estava com os olhos marejados, agora faiscavam com raiva.
- Você não me ama Harry -Ela disse com dor na voz
- Isso é uma pergunta retórica Ginny?- Ele disse calmamente. Estava se odiando por fazer aquilo com ela, era um covarde, deveria ter terminado com ela a muito tempo, e não esperar que ela terminasse com ele.
- Você é quem me diz - Ela disse com tanta raiva que as palavras pareciam navalhas saindo de sua boca. - Você me pede em casamento e depois parece que esqueceu disso, nunca se interessou em marcar, você não me abraça, não cuida mais de mim como antes, me trata como uma irmã mais nova e sinto muito, eu não sou sua irmã Harry, sou irmã do seu melhor amigo. Preciso de um homem de verdade ao meu lado, que me ame e me diga isso, ou pelo menos demonstre, coisa que você nunca foi tão bom assim, e agora tem sido péssimo. E se tivéssemos filhos? Você também os trataria como estranhos? - Ela disse já alterando a voz, vomitando aquelas palavras que pareciam está presas a muito tempo, chegando ao limite aquela tarde. Harry ouvia tudo atentamente, cada palavra dela o fazia sentir-se pior, se sentir a pior raça de homem existente. Estava na hora de dar um fim naquele tormento, de deixar ela ser feliz, ela merecia.
- Ginny, vamos sair daqui, vamos conversar isso em casa.
- Eu não quero conversar depois, estou farta de deixar tudo pra depois e fazer só o que você quer.
- Ginny me perdoa, eu não te mereço, você é maravilhosa, linda, divertida, mais minha cabeça anda a mil. E-eu... - Ele disse segurando suas mãos, o olhos marejados, ele não queria magoá-lá. Ela puxou as mãos das dele, os olhos faiscando intensamente, o rosto rubro.
- Seu canalha, é outra não é?' - Ela disse abrindo a boca exageradamente.
- Não coloque palavras na minha boca Ginny - Harry disse sério.
- PARA HARRY, ACABOU! ME ESQUECE IDIOTA. - Ela bradou, levantando-se furiosa, chamando a atenção de quem estava no restaurante.
- Ginny, deixe de escândalos - Harry falou já irritado segurando seu pulso firme.
- ME LARGA E ME ESQUECE PRA SEMPRE, EU NÃO QUERO MAIS NADA COM VOCÊ, ACABOU. - Ela berrou decidida, puxando o braço, e jogando aliança de noivado em cima dele, virando-lhe as costas, seus cabelos de fogo ricochetearam no rosto do rapaz que ficou ali parado, vendo a ruiva partir em passos decididos, sentia-se triste pelo fim não ter sido amigável, mais vindo de Ginny, não tinha como esperar menos que aquilo. Ele desabou na cadeira, passou as mãos pelos cabelos negros e desarrumados, o bruxos que ali estavam murmuravam o observando, aquilo estava o irritando, foi quando ele explodiu.
- O QUE É QUE VOCÊS ESTÃO ME OLHANDO? VÃO, CORRAM AO PROFETA DIARIO E ANUNCIEM QUE GINNY WEASLEY E HARRY POTTER NÃO ESTÃO MAIS JUNTOS. - Ele explodiu jogando uma porção de galeões na mesa e dando as costas ao restaurando. Todos o observavam perplexos. Ele tinha um sentimento de grande alívio no peito, não iria mais enganar a Ginny, nem ser injusto usando-a. Iria tirar um tempo só para si, se dedicar ainda mais ao seu trabalho e as suas missões para manter a mente ocupada, e não se depreciar pelo vazio que Hermione fazia em sua vida. Era tão angustiante não saber se ela estava bem, se estava feliz, até se estava se alimentando direito. Se ele ao menos pudesse vê-la, nem q fosse de longe.
Ele caminhou até o London Eye, sentou em uma das cabines da gigantesca roda gigante, e observou todo o centro de Londres do alto, lembrou que sua amada era apaixonada por essa visão esplendida, sentiu um aperto no peito, as lágrimas quentes já caindo dos olhos.
Não importava o que ele fizesse ou pensasse, no fim tudo que o rodeava lembrava ela, Hermione Granger.



************************************
N/A: Desculpem minha ausência, sei que perdi alguns leitores, mais precisava me recuperar 100% das queimaduras para pode continuar a escrever. Me perdoem e não me matem, Esse eu dedico a todos vocês amores. Então votem e comente para eu saber se querem realmente que eu continue amanhã. GO GO GO GO!!!!!!

O perfeito e o proibidoOnde histórias criam vida. Descubra agora