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𝓔normes refletores em tons de laranja e roxo, esqueletos flutuantes, cabeças de abóbora talhadas com sorrisos bizarros, teias de aranha pegajosas, sombreados fantasmagóricos e gargalhadas maléficas caçoam alto da inocência alheia. Aroma de maçã cozida, torta de abóbora e ponche de frutas ácido.
Corpos exageradores de ceifadores, bruxas, demônios e serial killers flutuavam sorrateiramente a procura de suas presas. Gritos de pânico, terror. Grasnidos de puro deleite.
A rua robusta estava decorada em todos os cantos visíveis e não visíveis. Cada casebre explorava o máximo da criatividade dos seus moradores com os enfeites delicadamente grotescos. De uma extensão a outra da rua fios fantasmagóricos adornavam o céu escuro, hologramas e drones criavam o clima divino e assustador cada vez que um par de olhos vermelhos surgia das sombras e pegava um despercebido de surpresa o fazendo correr como o diabo fugia da cruz.
A névoa massiva engolia o asfalto acinzentado, junto as pedras de lápide que flutuavam nos jardins das casas.
Charlotte abraçou o corpo atordoada com a decoração impecável, havia se esquecido o quanto todos de esforçavam para entrar no espírito de Halloween, ali na ponta de entrada da rua, parecia mesmo estar no meio de um cemitério, frio e mórbido. O realismo era resultado da histórica habilidade que os moradores detinham em realizar as melhores festas já vistas, os feriados nacionais sempre regados a feira de ruas e celebrações categóricas, mas quando se tratava do dia das bruxas, faziam questão de deixar seus demônios sem coleira.
Não seria uma grande surpresa ver fotos do evento no jornal local ou em colunas de blogs famosos no dia seguinte, estava tudo impecável e real. Tão real que a garota que enrolava um cacho no dedo indicador olvidou-se disto e se distraiu com a visão do espantalho de 1,80, um corvo bicava a cabeça feita de saco da pano. Embasbacou-se com o quão autêntico parecia, esticou o braço a fim de saber do que mais era constituído o boneco, só não contava com o membro alongado sendo capturado bruscamente pela criatura. Os olhos vermelhos acenderam-se a fitando e o monstro avançou sobre si como se a fosse devorar.
Por um instante imaginou-se sendo engolida pelo espantalho e mastigada com seus dentes falsos.
Apavorada, a cacheada retraiu o corpo rapidamente se jogando para trás chocando-se com o peito liso do rapaz que a vislumbrava de olhos cerrados, divertindo-se com o desespero da menor. Agarrou o corpo impedindo que fosse ao chão cravando os dois em um mesmo espaço, desafiando a Lei Newton.
— Isso foi bizarro. — reclamou vendo a criatura voltar ao estado de estátua.
— Bem vinda a Hope Street. — sibilou na altura do seu ouvido, Lottie agarrou a mão que ainda segurava sua cintura escapando do toque que fez arder sua epiderme, nutrindo a breve troca de olhares antes de romper névoa a frente.
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HOPE STREET x JHS
Historia Corta✘ É finalmente noite de Halloween e Charlotte não pode esperar para ter o silêncio e o conforto de sua casa para si e os seus valiosos estudos. Do outro lado da rua, seu vizinho não parece estar tão interessado em cooperar, Hobi ensaia na garagem d...