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Paiva
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Eu coloco rapidamente a camiseta no meu corpo,pego a chave do carro e a minha carteira.

Bato a porta do quarto com força e desço as escadas desesperado.

Eu preciso me explicar pra ela

Porra,eu a magoei.

Termino de descer as escadas e caminho em direção a porta

" Pode voltando!"

Eu paro quando escuto a voz da minha mãe,jogo a cabeça para trás e me viro para ela

Paiva: sei que vai me dar um sermão mas agora não...eu preciso falar com ela

Eu estava ofegante

Cecília: você vai sentar nessa droga de sofá e ficar quieto aí,temos muito o que conversar

Ela aponta para o sofá,eu caminho lentamente até ele e praticamente me jogo nele.

Ela me encara com uma expressão brava e decepcionada enquanto cruza seus braços

Cecília: o que te deu em? não foi assim que eu te criei, não te criei sozinha pra você fazer igual ao seu pai!

Ela fala firme mas ainda com a voz calma.

Paiva: não me compara com ele!

Eu peço olhando para a mais velha que não parece se importa

Cecília: como não comparar,fez a mesma merda que ele,ele ainda deu sorte que conseguiu me ter de novo, e você? acha que vai conseguir a Bruna de volta?

Será que eu consigo ela de volta?

Porra,se eu perder essa garota por uma brincadeira idiota eu não sei o que eu vou fazer.

Ela é orgulhosa demais só que agora com toda a razão do mundo.

Paiva: eu tô fodido

Eu falo passando a mão entre os fios do meu cabelo e recebo um olhar furioso de minha mãe.

Cecília: ela já aguentou muita coisa de você Davi,e espero que ela tenha dó dela mesma dessa vez

E ela saí da sala me deixando sozinho. Ponho o rosto entre as minhas mãos escondendo ele.

Dani: pensei que você fosse diferente do pai...mas você é igualzinho a ele

Levanto a cabeça e encaro Daniela

Paiva: porra,da pra pararem de me comparar com aquele merda

"Deve ser porque você seja um"

Ela murmura me fazendo revirar os olhos

Eu levanto do sofá e saio batendo a porta de casa,passo pelo portão e ligo o carro.

Entro nele e já ligo ele dando partida

Depois de mais alguns minutos de tortura psicológica dentro daquele carro eu paro ele em frente a casa dela.

Meu coração começa a bater fortemente dentro do meu peito me causando um pouco de ansiedade.

Coloco meu boné na cabeça e saio do carro,toco a campainha e me viro de costas ansioso

Tody: tá fazendo o quê aqui?

Eu me viro e encaro o rosto dele

Paiva: o quê você tá fazendo aí?

Cruzo os braços ainda o encarando

Tody: ao contrário de você eu estou apoiando ela não a magoando

Solto uma risada nasal e me aproximo da porta

ESTILO CACHORRO Onde histórias criam vida. Descubra agora