+18| Livro Um [Em andamento].
Certa vez, me disseram que o tempo cura tudo. Bom, mentiram para mim. Ainda sinto o vazio que ele deixou em meu coração quando tentou me assassinar, a tantos anos atrás.
Seu nome é Nickolas Ross. O filho do amigo de neg...
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Eu estava imóvel, resignada de que agora teria raízes em vez de pés, e não me movimentaria dali tão cedo. Com o queixo caído, observei incrédula a traição que ocorria na minha frente.
Traidora...
Margot, como cumprimento, se jogou sobre mim, abraçando-me com força e beijando cada centímetro do meu rosto. Consequentemente, formei o maior sorriso para este dia caótico. Um sorriso que se dissolveu quando Margot, também puxou Ryan para si em um abraço rápido e o convidou para entrar em casa. Hã, Oi?
Segurando as chaves na mão esquerda, Ryan clicou no botão para se certificar de que seu carro estava fechado, tardiamente me lembrando o quão insuportável era o som da tranca daquele maldito veículo.
Ryan passou por mim com uma postura exasperadamente relaxada e convencida, aproveitando para piscar em minha direção enquanto seguia o caminho da entrada para a casa.
Fuzilei Margot, em uma falha tentativa de explicar com os olhos o que não podia dizer em palavras, mas ela apenas me observava com um enorme sorriso pendurado nos lábios. A malandra estava se divertindo com tudo isso.
— Não me olhe assim, você finalmente encontrou um orgasmo instantâneo! — Disparou, recordando-me de que ela era o tipo de pessoa que "sussurrava" gritando. Bastou uma olhada instintivamente bisbilhoteira de Ryan, por cima do ombro, para eu corar igual um morango, me tornando ciente de que ele a havia ouvido.
— Margot! O mundo não quer ser lembrado dessas conversas. — Resmunguei, me posicionando em sua frente, de costas para onde Ryan estava, em uma tentativa de deixar a nossa conversa mais privada. — Ryan é muito mais metido do que qualquer outra coisa.
— Com aquele Porsche? — "Sussurrou" Margot, enquanto olhava sobre o meu ombro. Ela provavelmente estava alisando os centímetros restantes de Ryan. — Pelo menos ele tem motivos para ser metido.
Grunhi em reprovação, Margot era pior do que um velho de bar.
Diferente de Ryan, eu não estava tão atraente. Apesar de seu aquecedor, minhas roupas ainda estavam molhadas; meu cabelo, uma bagunça desgrenhada. Margot já havia me visto em situações piores, mas isso não minimizava o fato que Ryan também estava me vendo nesse estado. Não que isso fosse relevante.
— Céus, onde diabos você o encontro? — Questionou Margot, sem esperar por uma resposta. - Ele é um pedaço de mal caminho, você viu aquela bunda? Só encrencas possuem esse tipo de bunda!
Fiquei tentada a me virar para olhar o que ela tanto admirava, mas me recusei a ceder. Agradeci mentalmente quando fui dispersa de meus pensamentos ao som do toque de um celular.
— Eu honestamente costumo adorar ouvir falarem da minha bunda... — Comentou Ryan, fazendo com que eu me virasse e prestasse atenção nele. — Mas eu realmente preciso atender essa ligação. Posso ir para o corredor ou algum lugar do tipo?
