You Broken Me First

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Em um pulo me sento na cama... - Era tudo um sonho? - Encaro minha mão direita... olho para a janela com a leve brisa da noite balançando a cortina.... - Que horas são? - Encaro meu relógio do lado da cama que marcam 2:54 da manhã, suspiro pesado e me levanto da cama indo em direção a cozinha sorrateiramente, ligo a luz da mesma e caminho até a geladeira tirando uma jarra de água gelada despejando o líquido em um copo exageradamente grande.... - Claro que era.... Kacchan nunca me amaria...- Confesso deixando uma lágrima solitária escapar, dou um gole deixando mais da metade da água no copo, olho para a rua através da pequena janelinha acima da pia, decido ir para a rua caminhar um pouco, ponho um tênis que tinha ao lado da porta e saio porta a fora, sem perceber quanto tempo passei andando noto ter chegado à beira da praia, me sento encima do pequeno ferro que separa o asfalto da areia, me sento e olho para a lua.... - Ansiedade anda me sufocando sabe? Passo as noites refletindo sobre mim e acabo chorando, mais uma vez venho desabafar com você... - Sorrio fraco. – Meu sono desregulado, meu psicológico abalado, eu estou muito fraco para continuar e todos os dias eu penso em sumir daqui e esse vazio parece não ter fim, minha mente anda cansada.... Eu estou exausto.... Não faço mais nada.... Eu estou acabado. – Choro contendo o soluço.- Passo a madrugada inteira acordada.... Pensando em tudo que fiz de errado.... Me machuca demais, eu já não aguento mais.... Fico pensando sempre em desistir.... Me diz como é que faz? Eu só queria ter paz para toda noite eu conseguir dormir.... Toda essa dor que está dentro de mim, para tudo isso eu parar de sentir.... – Puxo todo o ar que cabe em meus pulmões e grito alto os esvaziando e logo agradeço por não ter uma casa perto o suficiente para me ouvir. - Estou tentando me encontrar aqui nesse lugar, eu sou uma pessoa que não consegue se encaixar e chorei muitas vezes calado para ninguém escutar... – Falo com a garganta ardendo pelo grito.- Quando perguntam se eu estou bem eu não sei o que falar... – Sorrio forçado.- Qual é o meu valor nesse mundo aqui? Alguém por favor me responde... – Peço baixo apertando minhas mãos em punho.- O que é o amor? .... Eu juro que eu não sei, eu só descobri a dor, são tantos problemas que eu não sei lidar.... Amargos e doces, são vários sabores, de um amor que eu não posso provar, eu amo, eu amo ele.... – Choro soluçando, libertando todos os meus sentimentos. – Me desculpa, eu sei que estou te atrapalhando.... Já vou indo... – Me viro de costas descendo da barra de ferro e meu corpo congela.... "Não pode.... Logo hoje.... Logo agora....Logo ele.... – Kacchan....

- Deku.... – Sua voz era a mesma.... A mesma de todas as vezes que ele se dirigia a mim, seu olhar...

- Tudo bem eu já estou indo. – Sorrio forçado enquanto seco meu rosto com a manga da minha camisa e caminho de lado para longe dele, aceno rápido não querendo que ele me batesse agora e me viro de costas andando rápido a direção contrária do Kacchan sem rumo.

- Para ai mesmo seu nerd de merda. – Escuto seus passos atrás de mim, mas não paro de andar, uns 20 minutos depois achando que ele parou de me seguir eu suspiro alto e vejo uma lojinha aberta, caminho até a mesma entrando nela.

- Ohayo. – Logo sou atendido, olho ao redor e vejo ser uma lojinha de alimentos.

- Ohayo. – Falo com a voz baixa. – Você faz dangos na hora?

- Claro, você quer? – Pergunta pegando um pequeno bloco de notas.

- Sim, por favor... – Peço gentilmente e abaixo o rosto me sentando em uma das mesas.

- Certo, e o seu amigo quer o que? – Pergunta normalmente.

- Que amigo? – Ela aponta para a entrada e vejo o Kacchan, fico sem reação não sabendo o que falar.

- Quero o mesmo. – Fala grosso como sempre e logo caminha até mim se sentando na minha frente.

- Certo... – Fala baixo e logo sai.

- O qu----

- Cala a boca merda. – Põe a mão esquerda na cabeça mexendo os cabelos.

- Hai... – Falo quase em um sussurro e abaixo a cabeça, Bakugou bufa me fazendo arrepiar, a moça nos traz um copo de água e logo volta para os fundos.

- O que você estava fazendo a essa hora na rua idiota? – Me pergunta rudemente.

- Nada que com certeza te interesse Kacchan. – Levanto o olhar e logo me arrependo de ter dito isso, Kacchan estava vermelho de raiva, logo levanto as mãos me explicando. – N-não quis ser grosso Kacchan, mas realmente você não se importaria por algo tão besta como isso, é sério! Eu nunca seria grosso com você até por que-----

- Aqui estão os dangos dos meninos. – Fala a moça sorrindo.

- Arigato.... – Agradeço gentilmente enquanto Kacchan se mantem em silêncio. – Qualquer coisa é só me chamar. – Logo ela dá as costas e sai nos deixando a sós..

- Se eu estou perguntando eu quero saber porra, fala logo seu merda, o que você estava fazendo? – Pergunta pegando um dango e comendo um pedaço.

- Eu estava conversando com a lua. – Dou de ombros. – Mas o que v-----

- Não te interessa. – Fala virando o rosto.

- Hai.... – Trato de comer um dango rápido, "não consigo ficar perto dele sem querer contar tudo..."

- Eu escutei tudo. – Fala calmo me fazendo surtar. – Calma porra, não vou contar a ninguém... De quem você gosta?

- Não quero falar sobre isso Kacchan... – Falo baixo escondendo o rosto comendo mais um pedaço.

- Fala logo d---

- Não quero falar sobre isso Kacchan... – Falo rouco olhando o Kacchan seriamente, logo reparo que os pelos dos seus braços se arrepiaram e viro o rosto pegando o prato e levantando indo em direção ao balcão onde a moça está.. – Gomen.... Acabei de lembrar que minha mãe adoraria comer um dango agora, poderia empacotar? Já aproveito e vou deixar pago o de nós dois... – Tiro o dinheiro do bolso pagando enquanto a moça empacotava. – Arigato! Está uma delícia, tenha um bom dia.... – Viro de costas e esbarro no Kacchan, o mesmo estava de pé sério.

- Empacote o meu também. – Sua voz rouca fez meu corpo se arrepiar.

- Tchau Kacchan.... – Continuo minha caminhada até chegar na minha casa, lentamente abro a porta e deixo os dangos encima da mesa, caminho até meu quarto e tomo um banho, depois de alguns poucos minutos saio do banheiro e caminho até a cama me jogando na mesma e não conseguindo dormir me lembrando do Kacchan... – Como sempre tão.... – Coro com os meus pensamentos e escondo meu rosto no travesseiro enquanto espero dar a hora de ir para o colégio...

Before You Go - BakudekuOnde histórias criam vida. Descubra agora