Cap 43: Sempre foi você

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- Eu não consigo! Eu lembro dele! - Alícia se encontrava em uma grama verde comendo sob uma árvore na casa de Lucas, à tarde. Com as pernas junto ao peitoral.

- Lilícia! - Lucas tentou a abraçar.

- Você me chamando assim só vai dificultar, Lukinhas! - Se afastou dele.

- Alícia, sei eu não conheço um corpo de uma menina, mas no começo é normal sofrer pela relação anterior! Você já viu que o Paulo não te merece, ele não é um namorado bom para você! Não querendo me engrandecer! - Soltou um sorriso.

- Falar para você é fácil! - Ela diz com uma voz seca.

Ele tentou a beijar, mas ela desviou o rosto.

- Entenda, que eu acabei uma relação! Ainda é muito recente, nem sei se estou pronta para entrar em outra! - Ela tremia as mãos, com lágrimas em seu rosto.

- Tudo bem, Lilícia. Tudo no seu tempo!

- Assim você não facilita, me chamando de Lilícia! - Ela riu, limpando suas lágrimas.

- Amo te ver assim, brava! Você fica linda assim! - Ele se deitou, apoiando sua cabeça em sua mão.

Os pais dos alunos da escola, receberam uma mensagem inusitada da diretora Olívia, com um olhar desconfiado, abriram a mensagem, eles ficaram confusos em relação à reunião repentina de Olívia. Ao chegarem lá no dia seguinte, tiveram uma notícia surpreendente. O pátio estava repleto de cadeiras vazias com um raio de sol adentrando pelas grandes janelas, um pouco a frente havia um pequeno púlpito para discurso.

- Bom dia pais! - Ela olhou para o papel - Eu chamei vocês aqui, através de um comunicado que chegou no grupo da escola. Eu venho lhes informar que partir da semana que vem a escola estará sob uma nova direção. É uma pessoa em quem eu mais confio, meu braço direito aqui neste estabelecimento. Ela já atua como diretora substituta no período em que fui resolver uns problemas - Olhou para a multidão de pais e uma lágrima caiu no papel, molhando a área e se espalhando para o resto dele.
- Eu estou em processo de aposentadoria por condições físicas. Preciso descansar, aproveitar minha velhice. Não tenho mais condições de dirigir uma escola, na minha idade, porém fiquem tranquilos, que eu estarei dando um suporte caso ocorra alguma alteração. - Ela se emocionou novamente e limpou suas lágrimas.

(...)

A família de Jorge continuava o acompanhando no hospital. Já se passaram 6 dias, e nada de Jorge acordar. Sua mãe mexia no celular, quando ouviu um suspiro abafado, logo se levantou e foi ver o estado de seu filho.

- Mãe?? - Ele gemeu com os olhos entreabertos, e Rosana segurou em suas mãos.

- Eu estou aqui... - Ela sussurrou, quando uma lágrima solitária caiu.

Rosana então acionou o botão que chamava os médicos. Ao ouvir a sirene, todos adentraram na sala.

- Oi rapazinho... Acordou né? Você realmente foi um milagre. - Disse o médico apoiado na porta, ao lado de seu assistente.

Jorge tentou se levantar, o médico ao ver se aproximou.

- Calma, vamos devagar. Não faça muito esforço agora. - O repreendeu e impediu de levantar. - E dona Rosana, após uma série de exames, veremos o proceder do paciente. Em algumas horas volto com uma resposta.

- Tudo bem, após tudo o que passamos... - Ela olhou pro seu filho, acariciando suas mãos.

- E você, rapazinho, descansa. Os enfermeiros trarão um desjejum para você! Eu vou embora, daqui a pouco estarei com vocês novamente... - Ele saiu da sala.

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