Com Amor Eterno Te Amei - ROMANCE CRISTÃO (Degustação)

Capitulo 4

O que faz uma pessoa em plenas faculdades mentais pedir uma estranha em namoro, e o que faz outra pessoa aparentemente também normal, aceitar namorar com um estranho?

Eu diria que talvez os dois não batassem tão bem, talvez!

Mas acredito ainda que as pessoas mais felizes, as vezes são as que tomam algumas decisões impulsivas, decisões essas sem ligar muito para a opinião alheia. Pensava eu.

Porém toda escolha tem uma consequência.

O amor é um sentimento meio estranho, mil pessoas passam por nossas vidas, e não despertam algo diferente, as vezes do nada você conhece alguém em um dia comum e se apaixona, simples assim.

Não é uma matemática ou
ciência exata, é só química (risos)
Pensávamos nós.

Lembra quando a Lua chegou chorando na loja aquele dia, e falou sobre a gerente horrível que tinha? Pois então, no 3° mes do nosso namoro, ela não conseguiu alcançar a meta de venda, e a gerente que já pegava no pé dela piorou, ela estava com os nervos a flor da pele, e eu continuava a oferecer ajuda, mas ela não aceitava. Eu me preocupava muito com ela, o mês estava passando e ela estava tendo muita dificuldade ainda para bater as metas. Foi quando a rainha má a chamou, e deu a sentença...

"Estamos tendo que fazer cortes de funcionários, e infelizmente você é um dos mais novos".

- Despedida, aquele emprego era uma merda, mas pelo menos pagava minhas contas. Disse Lua.

Como eu sabia que ela pagava aluguel, não tinha economias, logo ofereci, sem nem pensar direito.

- Quer vir morar comigo?
Nós estávamos tão apaixonados e essa parecia a deixa perfeita pra não precisarmos nos despedir mais.

- Acho que vou aceitar pelo menos por enquanto, não quero preocupar meus país e, vou procurar outro trabalho, é provisório tá?

- Relaxa, se quiser não precisa procurar outro lugar mais, amor. Vai dar tudo certo tá?

- Tá bom amor, obrigada!

O primeiro dia foi incrível, era assim então que os casados se sentiam?

Dormir e acordar com a pessoa é top 10 das melhores sensações. Eu não poderia imaginar que estaria tão feliz assim, a gente tinha pouca grana, mais muitos planos.

Decidimos pintar o AP de um amarelo clarinho, a pintura estava bem antiga, eu não me importava muito com isso, como disse anteriormente, eu quase nem ficava lá, passava mais tempo na loja, mas, por onde a Lua passava trazia cores novas, literalmente.

Ela também decidiu mudar os móveis de lugar, jogar algumas coisas fora, doar outras. No começo eu fui meio relutante, mas no final aceitava, porque o resultado era sempre melhor do que o antes.

De vez enquando ela fazia uns aranjos de flores para por em cima da mesa da cozinha e do quarto, eram sempre flores de cores misturadas, mas que funcionavam juntas. Era como eu a vi desde o primeiro dia.
Quando via que as flores iam murchando ficava ansioso para saber qual seria o próximo arranjo, eu sentia que ela colocava muito dela em tudo o que fazia.

Tínhamos um combinado, ela limpava e eu cozinhava. Não era minha atividade preferida, mas eu fazia para deixa-la feliz e consequentemente me sentia feliz também com isso, sempre testava receitas novas e ela dava sua opinião sincera sobre tudo. Nós divertiamos.

Aos finais de tarde passeavamos pelo bairro que não tinha nada de interessante para oferecer, mas ela olhava tudo com olhar de turista, sempre atento a cada detalhe, isso me fazia ver o outro lado das coisas, ver a beleza das entrelinhas e simplicidade.

Nunca fui muito ambicioso, mas ao lado dela me sentia o cara mais rico do mundo.

Um programa que amávamos fazer aos finais de semana era visitar outros sebos, comprar livros e CDs, alugar fitas cassetes, entrar em casa fechar as cortinas e curtir a companhia um do outro, era nosso mundo particular.

Passávamos horas, criando playlists para os nossos momentos, assistindo filmes novos, lendo livros que nunca havíamos lido antes. Esse era um programa que eu achava interessante, porque a Luana parecia uma página em branco, tudo era novidade pra ela, era visível que ela tinha uma veia artística, mas não conhecia quase nada, não gostava muito de falar do passado, eu respeitava, afinal teríamos a vida inteira para nos conhecer melhor, e como o passado não era o meu assunto preferido também, apenas aproveitava cada momento ao lado dela.

Algumas vezes me batia uma sensação de que tudo estava perfeito de mais para ser verdade.
Claro que eu não dava ouvidos a isso!