Capítulo 27

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POV Carolyna

- Você acha que ela vai gostar? - perguntei um pouco insegura ainda da ideia e a morena a minha frente segurou minha mão com carinho. - a Pri não é muito de surpresas, ou é?

– É sim, ela ama uma surpresa. - Malu respondeu sorrindo.

A ideia tinha sido dela, queria porque queria fazer uma festa surpresa para a melhor amiga, então eu obviamente aceitei.

- Ela só finge que não. E se formos fazer isso mesmo, vou precisar muito da sua ajuda.

- Vamos sim, precisamos de uma distração. A Priscila anda muito paranoica nesses últimos dias. - disse pensativa.

O Caio havia se tornado o centro das atenções dela e isso nos preocupava bastante, ela não perdia o garoto de vista.

Ele estava fazendo acompanhamento psicológico, que ela, como psicóloga sabia que era necessário, mas era difícil fazer com que ela aceitasse a ir em uma consulta também.

- Onde podemos fazer isso?

- Aqui no restaurante mesmo. - deu de ombros - Já falei com a minha vó. Ela não liga.

- Bom, falta duas semanas ainda para o aniversário dela, temos um tempinho para planejar tudo. - falei olhando ao redor.

Malu estava ajudando no restaurante naquele dia pois estava de folga da escola e o resto do pessoal estava todo trabalhando, eu deveria estar também, mas larguei tudo pela metade quando a Malu me chamou para conversar.

Voltei para casa a pé, o dia estava lindo e o sol nem estava tão forte. Até o vento estava agradável.

O restaurante não era longe de casa e por isso era fácil para que eu voltasse tranquilamente. Já em casa, fui passar um café novo, o que tinha ali na garrafa já estava frio e provavelmente era da noite anterior.

Maria estava dormindo no andar de cima, tinha recém chegado de um plantão e precisava muito do seu descanso.

- Bom dia, tia. - Larissa me cumprimentou entrando na cozinha - Achei que fosse visitar o escritório com o tio Couto hoje.

- Ele não chegou ainda e duvido que chegue antes das três da tarde. - suspirei - Você não deveria estar na escola?

- Não, nossa turma está preparando alguns seminários em duplas, então nossos professores nos liberaram hoje. - deu de ombros sentando-se na banqueta para me observar fazer o café - Estou esperando minha dupla chegar.

- E quem seria essa dupla? - perguntei como quem não queria nada, mas já me preparando para um possível namoradinho. Ou namoradinha. - Vou fazer um omelete para você.

- Júlia. - respondeu e eu me virei para olhá-la.

Suas bochechas estavam vermelhas e ela não conseguia olhar nos meus olhos. Todos os alarmes de tia ciumenta dispararam na minha cabeça.

- Júlia? É a sobrinha do Paulo? - eu já tinha ouvido ele comentar sobre a menina e dizer que ela era muito tímida e reservada, tinha poucos amigos e não saía para lugar nenhum. Muito me admira Larissa se interessar por alguém como ela.

- Sim, ela mesma. - concordou e a campainha tocou logo em seguida.

Larissa imediatamente pulou da banqueta e saiu correndo em direção à porta como se a casa estivesse pegando fogo. Tinha algo realmente pegando fogo, mas não era na casa.

Não demorou dez segundos para minha sobrinha voltar na cozinha com uma garota ao seu lado. Júlia era mais alta e tinha seus cabelos castanhos cacheados, não parecia nem um pouco como Paulo, mas os dois tinham os mesmos olhos.

Red Line - CapriOnde histórias criam vida. Descubra agora