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- Bom, vai ser algo bom, né? - olho para o meu pai

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- Bom, vai ser algo bom, né? - olho para o meu pai.

- Eu realmente não sei... - ele me olha.

- Eu vou estar aqui para o que você precisar! - falo dando um abraço nele.

- Eu sei disso filha! - ele me abraça mais forte.

Ficamos ali por um tempo e ele me solta.

- E que dia ele vem? - pergunto

- Essa semana ainda... - ele responde.

- Bom, quando tiver a data certa me conta, quero arrumar algo para ele.

- Tá bom então.

- Pai, tem mais alguma coisa?

- E que... eu não sei, eu tô com medo... você veio, mas você é grande, ele não é só uma criança de 12 anos de idade... - ele fala.

- Pai, independente do que for acontecer quando ele chegar, eu vou estar aqui para te ajudar, tá bom?! - Falo segurando suas mãos.

- Obrigado! Obrigado mesmo! Amo muito você!

- Também te amo pai! Agora, eu vou pro meu quarto, tô morrendo de sono. - Falo saindo do quarto.

- Dorme bem, boa noite!

Vou pro meu quarto, troco de roupa, deito na minha cama, mas não consigo dormir, fico pensando no Davi.

Ele é meu único irmão (que eu saiba), eu nunca tive muito contato com ele. Não porque a mãe dele não quisesse, eu porque meu pai me proibia, ou porque eu não quis, foi só por que... eu nem sei o por que!

As únicas duas vezes que eu o vi foi uns 3 meses depois que ele nasceu, que eu fui passar férias com meu pai em Santos e ele foi visitar o Davi e eu fui junto. E outra vez no aniversário do meu pai, ele devia ter uns 7 anos e eu uns 15...

Todas as vezes que eu o vi ele foi super receptivo comigo, acho que é por termos uma ligação de irmãos, mas eu gosto de acreditar que quando ele chegar aqui teremos uma conexão igual.

É às vezes engraçado, eu já amar alguém que eu só vi duas vezes na minha vida e essas duas vezes foram tão espaçadas e a última foi a quase 4 anos atrás.

Eu tenho que nesse momento mostrar apoio pro meu pai, ele tá com medo, medo não... ele tava apavorado... e eu entendo, deve ser difícil, num mês vem uma filha, e no outro já vem outro filho. Se fosse eu já estava doida.

[ ... ]

Acordo no outro dia e faço minha rotina de sempre, escovo os dentes, tomo banho, e me arrumo para a faculdade.

Quando eu sento na mesa para tomar café da manhã meu celular é bombardeado por vários sites de fofoca citando o meu nome e várias marcações... Paro para analisar o que estavam falando, parece que alguém filmou e tirou fotos de mim e do gavira no shopping e vendeu para algum destes sites...

A última vez que eu apareci nesses sites foi quando eu fiquei com um menino na frente de uma festa e várias pessoas tiraram fotos e colocaram nas redes sociais. Depois disso a minha vida virou um inferno! Eu não podia sair sem ter pessoas tirando fotos ou gravando algum vídeo... E ali eu entendi do que tanto o meu pai e minha mãe me protegiam...

Logo disco o número de telefone do Pablo e depois de cinco toques ele atendeu.

- Alô?

- Oi Pablo é a Kiara...

- Kiara, tudo bem? Aconteceu alguma coisa? - ele pergunta confuso. Logo prevejo que ele não saiba de nada que está acontecendo.

- Tudo bem comigo sim, então, você já olhou o seu instagram hoje?

- Ainda não... O que aconteceu?

- Então, tiram fotos e vídeos de nós dois juntos no shopping ontem, a fofoca já correu por todo lugar.

- É... Não faz nada, não responde nada. Eu tenho treino agora de manhã e quando eu chegar eu passo aí. Que horas você chega da universidade?

- Ok! Lá pelas 13h eu tô em casa...

- Então eu passo aí. Até mais tarde!

- Até...

Desligo o telefone e meu pai já está na mesa. Fiquei tão imersa nesses problemas que nem notei que ele tinha chegado.

 Fiquei tão imersa nesses problemas que nem notei que ele tinha chegado

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𝗙𝗜𝗟𝗛𝗔 𝗗𝗢 𝗙𝗨𝗧𝗘𝗕𝗢𝗟 | 𝖯𝖺𝖻𝗅𝗈 𝖦𝖺𝗏𝗂 (𝙋𝘼𝙐𝙎𝘼𝘿𝘼)Onde histórias criam vida. Descubra agora